Pesquisadores japoneses desenvolveram um sensor de pressão ultrafino que é aplicado diretamente na pele, como um adesivo, e ajuda a coletar dados relativos a movimentos das mãos e dos dedos do usuário. A tecnologia, que foi apresentada na última edição da revista americana Science, pode ajudar os cientistas a entender melhor as habilidades manuais de artesãos e costureiros.
Os criadores da ferramenta explicam que entender melhor os movimentos e outros detalhes físicos associados a mãos e dedos humanos é um desejo antigo de cientistas. “As mãos são nossas principais ferramentas para interagir diretamente com materiais. Registrar a maneira como elas realizam várias tarefas pode ajudar pesquisadores de áreas do esporte e das ciências médicas, como a neuroengenharia. O único problema é que capturar esses dados não é uma tarefa fácil”, detalhou, em comunicado, Sunghoon Lee, pesquisador da Universidade de Tóquio, no Japão, e um dos criadores do sensor.
O aparelho é composto por duas camadas. A primeira tem material chamado poliuretano, que apresenta propriedades elétricas mesmo em tamanho reduzido (cerca de 400 nanômetros de espessura). A segunda camada é uma rede, também elétrica, feita de ouro, com uma espécie de capa de álcool polivinílico, frequentemente usado em lentes de contato. As duas camadas se combinam e formam um sensor funcional de pressão e movimento.
O sensor é colocado na ponta dos dedos, como um pequeno adesivo, e coleta dados de velocidade e movimento que são enviados a computadores. A solução foi submetida a testes com 18 voluntários. “Eles confirmaram que os sensores eram eficazes na captação de movimentos, imperceptíveis e não afetavam a capacidade de agarrar objetos por meio de fricção. Esse é exatamente o resultado que esperávamos”, comemorou Sunghoon Lee. A intenção é, na próxima etapa, acompanhar pessoas que realizam atividades mais complexas com as mãos, como artesãos e cirurgiões.
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