No dia 19 de fevereiro de 2020, o Banco Central anunciou o PIX como sistema de pagamento instantâneo. A expectativa é que a solução entre em vigor em novembro do mesmo ano. O que sabemos até agora é que ele vai possibilitar pagamentos, transferências e transações instantâneas entre pessoas e instituições, via QR Code. Mas, como isso vai funcionar na prática?
O Pix é uma nova ferramenta para fazer transferências e pagar contas de forma rápida, sem esperar dias para que o pagamento “caia”.
O novo meio de pagamentos do Banco Central do Brasil, tem como objetivo baratear o custo das operações de pagamentos e transferências.
Como assim?
Hoje, transferências entre contas bancárias de diferentes instituições são feitas através de TEDs (Transferência Eletrônica de Documentos) e DOCs. Pagamentos de contas são feitos por boletos, transações físicas, por cartões e com dinheiro vivo.
Essas operações eletrônicas podem levar dias, e muitas delas acabam custando caro, em alguns casos, instituições bancárias chegam a cobrar mais de R$20 por TED, por exemplo.
A novidade é que essas modalidades de pagamento deixarão de ser as únicas possibilidades: o Pix passa a ser uma alternativa para transferir e fazer pagamentos.
A solução começa a funcionar oficialmente no dia 3 de novembro e todos os bancos e fintechs com mais de 500 mil contas ativas deverão se adequar, até esta data, para oferecer e receber o serviço. O objetivo é ter o sistema funcionando completamente até o dia 16 de novembro.
A grande diferença da solução é a rapidez e a disponibilidade que o meio de pagamento permite: enquanto hoje existem restrições de dias e horários para enviar quantias através de TED e DOC e realizar pagamentos de contas, o Pix permitirá que elas sejam realizadas a qualquer dia e horário.
Com o Pix, isso deixa de acontecer. O meio de pagamentos funcionará 24 horas por dia, 7 dias da semana, em todos os dias do ano. Além disso, as transações serão realizadas em segundos.
Com o novo meio, as transações serão realizadas em tempo real. Elas acontecerão sem intermediação de terceiro: o dinheiro sai de uma conta e vai diretamente para o conta de quem receberá os valores.
Essas transações, segundo o BC, podem ser feitas:
- Entre pessoas;
- Entre pessoas e estabelecimentos comerciais;
- Entre estabelecimentos;
- Para entes governamentais, no caso de impostos e taxas;
Para usar o Pix, será necessário que tanto o pagador (quem envia o dinheiro) quanto o recebedor (quem receberá os valores) tenham uma conta em banco, instituição de pagamento ou fintech. Não necessariamente essa conta precisa ser corrente.
Porém, os detalhes de como cada cliente poderá gerar os QR Codes para realizar as transações ainda não foram definidos e dependem do prazo de implementação.
O Banco Central deverá se manifestar dentro dos próximos dias, ainda mais agora que o Facebook divulgou que os usuários do WhatsApp poderão fazer pagamentos e transferência entre seus contatos.