Taguatinga é uma cidade construída com sonho e trabalho. Desde a chegada das primeiras famílias até hoje. É uma das regiões mais auto-suficientes do Distrito Federal, seus moradores não precisam sair da cidade para nada. De boas universidades a um comércio vigoroso, tem de tudo um pouco para os cerca de 230 mil moradores, além das milhares de pessoas que circulam e trabalham na cidade.
O Correio Braziliense, que sempre acompanhou de perto esse desenvolvimento, traz, hoje, reportagens que destacam o lado humano de uma região que se preza pela boa vizinhança, cultura, qualidade de vida e gente de grande coração, como é o caso de Roberto Martins, proprietário da mais antiga papelaria da cidade, a Escolar. Fundada em 1960, o local até hoje inspira boas saudades. "Hoje mantenho a tradição, justamente porque as pessoas reconhecem a papelaria da própria infância delas", ressalta.
O Taguaparque é ponto de encontro dos taguatinguenses, que usam os cerca de 89 hectares do espaço para praticar esporte, lazer e participar de eventos culturais e religiosos. Por lá, passam 20 mil pessoas a cada fim de semana. A professora aposentada Josiete Barbosa integra o projeto Eu Amo Dançar, que reúne cerca de 60 mulheres em aulas gratuitas de dança, principalmente a zumba. "Depois que você passa por uma doença, repensa toda a sua vida. O Taguaparque é minha segunda vida", destaca ela.
Espaços de várias tribos, a Galeria Olho de Águia é um dos pontos culturais mais vibrantes da cidade. Capitaneado pelo fotojornalista Ivaldo Cavalcante, o espaço oferece exposições, pequenos shows e uma gastronomia rápida e gostosa. "Antigamente, tinha o Botiquim Blues e o Rolla Pedra. O sentimento, quando inaugurei a galeria, foi como se eu tivesse recebido o 'bastão' deles para ter um local bem potente como eles foram", destaca.
Muitos guardam lembranças da antiga caixa d'água no centro da cidade, uma referência afetiva que hoje se destaca justamente na Cervejaria Caixa D'Água, fundada por Jaile Ricardo, que tem a vida entrelaçada com a história taguatinguense, cujo compromisso é com a cultura local, onde recebe saraus, músicos da cidade e é espaço de confraternização de gerações. São corações taguatinguenses que batem no compasso da Praça do Relógio. Salve, Taguatinga!
José Carlos Vieira, editor