Revista do Correio

Veja a importância das consultas de rotina para os animais

O check-up ajuda a identificar problemas de saúde no início e tratá-los de maneira adequada

Fim de ano é tempo de reflexão, resoluções e desejos; entre os mais frequentes, pode-se mencionar paz, dinheiro e saúde para toda família, sendo este último, válido aos integrantes de quatro patas. Nesse sentido, Viviane Tamos, médica-veterinária da Petlove, destaca que os check-ups de fim de ano não devem ficar restritos apenas aos tutores e traz algumas informações sobre a importância de consultas de rotina para que hábitos mais saudáveis sejam incluídos também na vida dos animais de estimação.

Saúde preventiva e longevidade

Segundo a médica-veterinária da Petlove, por meio de uma consulta de rotina, o veterinário pode examinar as condições físicas do pet e verificar a necessidade de algum exame, seja laboratorial ou de imagem, além de orientar o tutor e recomendar medicamentos se necessário.

Os animais, por vezes, podem apresentar problemas silenciosos, que mesmo com um olhar atento de um tutor preocupado, podem passar despercebidos, já que por instinto os animais podem esconder estas fragilidades. Entre elas, podem figurar desde problemas como câncer, doenças renais, alergias, diabetes, até deficiências como surdez e cegueira, entre outras situações. O diagnóstico e a antecipação dos cuidados podem proporcionar uma melhor qualidade de vida ao pet.

Vacinas, vermifugação e antipulgas

Em uma consulta de rotina, o tutor pode se informar sobre o esquema vacinal, bem como realizar a imunização de seu pet, se necessário. Viviane Tamos ressalta que a vacinação protege o animal de diversas doenças, incluindo zoonoses, que também são transmitidas aos humanos. Ela ainda recomenda que eles sejam vermifugados e que estejam com o antipulgas em dia.

“Em 2023, apenas nos Planos de saúde Petlove, quase 300 mil animais foram vacinados, desde doenças como leucemia, rinotraqueíte, parvovírus, parainfluenza, cinomose até zoonoses como gripe, leptospirose e raiva, impedindo a circulação dessas enfermidades. O alto número expõe a relevância da imunização”, reforça.

Qualidade de vida

Viviane Tamos indica que a consulta de rotina é benéfica não apenas à saúde física do animal, mas também funciona como um momento de aprendizado para os tutores. “Dúvidas do tutor quanto ao cotidiano, criação, hábitos do pet podem ser esclarecidas por um médico-veterinário e, com isso, promover melhores condições de vida ao animal. Isso acontece especialmente na fase de anamnese, etapa em que ocorre maior troca entre tutor e o veterinário acerca do comportamento e estado de saúde do pet“, aponta.

A frequência das consultas muda conforme a idade do animal (Imagem: Stock-Asso | Shutterstock)

Frequência

Viviane Tamos explica que cada caso possui suas especificidades, mas que, em geral, os pets adultos devem passar por consultas ao menos uma vez ao ano, enquanto os filhotes precisam realizar visitas mensais e idosos, semestrais. Com o atendimento periódico, o médico-veterinário conseguirá obter um histórico do animal, conhecer suas individualidades e monitorar sua saúde com mais exatidão. 

Exames

Viviane Tamos cita que o veterinário deve realizar uma avaliação para certificar a necessidade de exames. “De maneira abrangente, dentre os exames mais comuns e recomendados para cães filhotes, se destacam hemograma, avaliação da função renal (uréia e creatinina), avaliação da função hepática (LT, FA, proteína, AST, GGT, triglicérides e colesterol) e glicemia”, lista.

E cachorros na fase adulta e idosos devem ter outros exames incluídos no check-up. “Cachorros com cinco anos devem realizar os processos citados com inclusão de raio-X, ultrassom abdominal e ecocardiograma. A partir dos oito anos, quando mais velhos, a avaliação da função renal deve ser feita com maior frequência, a cada seis meses”, revela.

A veterinária da Petlove reforça que os exames devem ser sempre indicados pelo médico-veterinário, mas que, no geral, gatos filhotes devem realizar exames de FIV e FeLV, hemograma, avaliação da função renal (uréia e creatinina), avaliação da função hepática (LT, FA, proteína, AST, GGT, triglicérides e colesterol) e glicemia. 

“Quando o felino completa cinco anos, a lista de procedimentos é acrescida da avaliação renal e hepática, além do raio-X de tórax, ultrassom abdominal e ecocardiograma. Com oito anos, a avaliação da função renal e hepática deve ser realizada a cada seis meses”, explica. 

Por Gustavo Mattos

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