Especial

Filmes ou livros? Conheça os mais diversos clubinhos de Brasília

Reunir-se com amigos é sempre um momento marcante. Mais ainda quando param para falar sobre música, livros ou até mesmo degustar um bom vinho. Em Brasília, os mais diferentes clubes da cidade proporcionam memórias inesquecíveis

O Clube do Vinho é a grande paixão dos amigos e vizinhos do Jardim Botânico -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
O Clube do Vinho é a grande paixão dos amigos e vizinhos do Jardim Botânico - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Ler um bom livro, beber um delicioso vinho ou assistir aquele filme que inspira e faz refletir. De fato, momentos únicos que fazem a vida valer a pena. Mas, quando compartilhados com outras pessoas, podem ser ainda melhores. Muitos acreditam que, após o período pandêmico, conexões e vínculos afetivos foram ainda mais valorizados. Nos tantos clubes que existem em Brasília, a crença na companhia do outro também é pensada assim. 

Além das memórias que são construídas, preservam um carinho que possuem por algo que sempre foram apaixonados. Dos livros clássicos aos contemporâneos, a faísca que mantém essa chama acesa também é o motivo que une tantas pessoas e propósitos. O interesse pelas artes em geral ou pela gastronomia é considerado um elo. Mas, claro, nem todos chegam aos clubes totalmente imersos dentro de suas realidades. 

Porém, não há com o que se preocupar: há espaço para todo mundo. Baseado nesse pensamento, Rubino Gustavo de Brito Ramos, 43 anos, decidiu criar o Club do Vinil, em 2009. A partir de um encontro entre amigos e fãs de discos, teve a ajuda nesse processo do colega de profissão e parceiro musical DJ Alan DEF. "No ano de 2010, nos tornamos um coletivo cultural, que surgiu com o intuito de valorizar a cultura do disco de vinil, mostrar a importância dele para a cultura DJ e a arte urbana", conta.

Com o passar do tempo, a proposta dos amigos se reinventou. O Club virou um evento para o público, tanto daqueles que são amantes de discos quanto dos que nunca chegaram a ter um contato concreto com o vinil. "Independentemente de sua idade, cor, credo, classe social ou sexo. Os DJs também passam a tocar (discotecar) juntos como uma banda em algumas apresentações", explica Rubino. 

Nos primeiros anos, de acordo com o DJ, ocorriam encontros anuais entre o Natal e o ano-novo, na casa de um dos produtores, em Sobradinho II. Com os anos, passou a ser realizado na rua, em formato de Rua de Lazer, e depois foi para alguns bares da cidade, devido ao crescimento do público. 

Os eventos, muitas vezes, eram gratuitos e, em algumas edições, passaram a ser com entrada a preço popular apenas para cobrir os gastos relacionados à produção. "Em 2019, recebemos moção de louvor da Câmara Legislativa do DF devido às ações socioculturais realizadas. Em 2020 e 2021, o Club do Vinil recebeu prêmio da Lei Aldir Blanc também pelas ações realizadas", ressalta o DJ.

Legado musical

Nesses quase 15 anos, o Club tem feito um belíssimo trabalho cultural. Durante os encontros, Rubino conta que a média de público varia de 100 a 200 pessoas. Em algumas edições, foram arrecadados mais de 200kg de alimentos não perecíveis, doados para instituições de caridade da região de Sobradinho, principalmente para o Centro de Recuperação Mar Vermelho, que trabalha com a ressocialização de dependentes químicos.

Até aqui, a gratidão pelo trabalho e o privilégio de alcançar tanta gente é imenso. Para participar do Club, não precisa pagar nenhuma mensalidade, já que a ideia é justamente não ser um grupo fechado. "É gratuito, sendo um encontro de amigos e fãs de disco de vinil. Podem nos encontrar por meio das redes sociais do projeto @clubdovinilbsb no Facebook, Instagram ou YouTube", destaca. 

Os encontros eram mensais em um bar da Asa Norte, o Radiola, que fechou no mês passado, mas continuam a todo vapor, realizados sempre que possível ou quando são convidados para comparecer a qualquer lugar que goste de música em vinil. Uma oportunidade de confraternização entre amigos, de troca de informações sobre discos raros e de informações sobre música, que, muitas vezes, não são encontradas no formato digital, mas apenas nos encartes dos discos. "Longa vida ao disco de vinil", diz Rubino.

  • Nesses quase 15 anos, o Club tem feito um belíssimo trabalho cultural
    Nesses quase 15 anos, o Club tem feito um belíssimo trabalho cultural Material Cedido ao Correio
  • Durante os encontros, Rubino conta que a média de público varia de 100 a 200 pessoas
    Durante os encontros, Rubino conta que a média de público varia de 100 a 200 pessoas Material Cedido ao Correio
  • Rubino Gustavo de Brito Ramos, 43 anos, decidiu criar o Club do Vinil, em 2009
    Rubino Gustavo de Brito Ramos, 43 anos, decidiu criar o Club do Vinil, em 2009 Material Cedido ao Correio

Mais informações

Próximo Club do Vinil BSB

Data: 21 de dezembro, da 18h à 0h

Loca: Restaurante Pança Cheia, em Sobradinho-DF

Entrada: mediante couvert artístico 

Censura: livre

Obs: local conta com brinquedoteca

Imersão cinematográfica

O Clube do Filme DF (CFDF) (@clubedofilmedf) surgiu em 2019, em parcerias com distribuidoras por meio do site Wanna be Nerd, que é o organizador da iniciativa. Criado com o objetivo de levar as pessoas ao cinema e a consumir mais obras audiovisuais, o clube, desde então, coleciona 50 filmes assistidos e debatidos. 

A ideia surgiu a partir de um convite dos membros do Clube do Livro — Leitura de Clássicos (@clubedolivroclassicos), que, em suas discussões sobre temas recorrentes, sugeriram a criação de um espaço dedicado aos dois temas, livros e filmes, para aprofundar ainda mais as trocas de ideias.

A proposta seguiu a mesma ideia do primeiro clube: discutir uma obra mensalmente. Todos aqueles que acompanham os grupos e participam das ações têm acesso gratuito ao cinema, por meio de ações coordenadas com as distribuidoras. Os membros também recebem informativos exclusivos e podem interagir diariamente sobre filmes em um grupo do WhatsApp.

Bárbara Kruczynski, responsável pela curadoria, explica que, no início, o Clube do Filme indicava cinco temáticas e os membros votavam quais longas queriam ver. Depois, criaram uma lista para que todos sugerissem um filme, que era encerrada quando chegava a sete produções. Logo depois, eles recebiam informações dos filmes e se iniciava a votação para decidir qual seria o da vez. 

"Desde o início, os critérios para escolha levavam em conta que as obras abordassem temáticas relevantes para a conversa dos integrantes, além da diversidade na direção das obras. O primeiro filme escolhido, pela curadoria, foi A 13ª Emenda, de Ava DuVernay (2016). A organização percebeu, porém, que o grupo quase sempre votava em filmes dirigidos por homens. Por isso, este ano, foi iniciada uma curadoria para que diretoras mulheres ganhassem espaço, além de mais filmes brasileiros", conta Bárbara. A escolha final é sempre o mais votado.

A proposta é incentivar os participantes a assistirem filmes "fora da caixinha", ampliando seus horizontes cinematográficos. "Embora, como um gesto de carinho, oferecemos também sessões semanais de filmes 'comerciais' em nossas ações, buscamos, acima de tudo, estimular conversas e debates que abordem temas relevantes, como o papel da mulher na sociedade, as oportunidades para pessoas negras e a classe trabalhadora do país", expõe. 

Estímulo 

As produções nacionais também fazem parte desse conjunto. "Os encontros relacionados ao cinema nacional têm sido especialmente enriquecedores, com todos os membros contribuindo com comentários profundos sobre os filmes", fala. Muitos expressam que isso proporcionou uma visão mais ampla e diversas perspectivas sobre o cinema brasileiro. "Sempre incentivamos a assistir aos filmes nacionais na primeira semana e a compartilhar suas impressões, além de sugerir filmes e séries para que todos possam trocar recomendações e continuar ampliando suas experiências cinematográficas."

Os encontros do Clube acontecem uma vez por mês, geralmente na segunda ou terceira semana, aos sábados ou domingos à tarde. O encontro presencial acontece em uma sala de cinema localizada em um condomínio fechado no Guará II. Durante o evento, os membros combinam confraternizações, nas quais cada um leva algo para beber ou comer e compartilhar. 

A duração do encontro varia de quatro a sete horas, oferecendo tempo suficiente para assistir ao filme e debater sobre ele. A participação presencial costuma variar de 10 a 20 pessoas. Além disso, há um evento virtual que ocorre na semana seguinte ou até no dia seguinte, dependendo das circunstâncias. Esse encontro virtual acontece no Google Meet, com duração de até quatro horas, e também conta com a presença de 10 a 20 participantes.

Para Bárbara, todos têm a chance de compartilhar suas perspectivas sobre as obras assistidas, com o intuito de enriquecer a troca de experiências. "O objetivo é que cada um se sinta à vontade para expressar sua vivência cinematográfica e contribuir para o aprofundamento da conversa, tornando-a ainda mais significativa", reflete.

A curadora acrescenta que o clube tem um poder de conexão extraordinário. "Muitas pessoas ingressaram por meio de indicações de amigos, que, por algum motivo, acabaram saindo, mas esses participantes permaneceram e transformaram o clube em um hobby constante. Com o tempo, muitos se tornaram amigos e começaram a se reunir para ir a festivais de cinema ou participar de outros eventos aleatórios.

A dinâmica do clube sempre foi pautada pela parceria e pelo respeito, criando um ambiente onde todos encontraram acolhimento e novas amizades", observa. Qualquer pessoa pode participar do grupo. Basta seguir a página no Instagram, @clubedofilmedf, e pedir para ir aos encontros. Para 2025, os organizadores do Clube do Filme pretendem criar um novo grupo, Clubinho do Filme DF, dessa vez voltado para pais e filhos.  

  • Criado em 2019, o Clube do Filme já analisou mais de 45 filmes
    Criado em 2019, o Clube do Filme já analisou mais de 45 filmes Mariana Campos/ CB/ DA PRESS
  • Para eles, um dos bate papos mais legais que o clube já fez foi sobre o filme
    Para eles, um dos bate papos mais legais que o clube já fez foi sobre o filme "O Segredo dos Seus Olhos" Mariana Campos/ CB/ DA PRESS
  • Os encontros do Clube acontecem uma vez por mês, geralmente na segunda ou terceira semana, aos sábados ou domingos à tarde
    Os encontros do Clube acontecem uma vez por mês, geralmente na segunda ou terceira semana, aos sábados ou domingos à tarde Mariana Campos/ CB/ DA PRESS
  • A conversa sobre
    A conversa sobre "Mãe Só Há Uma" também rendeu diversas discussões Mariana Campos/ CB/ DA PRESS

Sabores e memórias

Depois de um dia de trabalho, para relaxar ou apenas apreciar, uma boa taça de vinho sempre cai bem. Em nível mundial, o Brasil se encontra na 14ª posição no ranking de mercados de vinhos mais atraentes do mundo, segundo dados da consultoria Wine Intelligence, coletados em 2021. De acordo com a Associação Brasileira de Sommeliers, o país aumentou consideravelmente o consumo da bebida durante a pandemia, chegando em 2,78 litros per capita. 

E assim, despretensiosamente, Lívia Frazão, 49 anos, queria algo a mais para a própria vida. Quando voltou ao trabalho presencial, após o longo hiato de isolamento social, decidiu mudar de carreira. Na companhia da mãe, Virginia Frazão, criaram a empresa CanWine, inicialmente com foco em vinhos e espumantes em lata e eventos ao ar livre. Mas foi pelos rótulos brasileiros que o olho brilhou. Em seguida, o nome e o foco do negócio mudaram.

“Colocamos Na Vizinha: Ao seu lado um bom vinho (@navizinha_vinhos). Pensamos em uma curadoria de vinhos brasileiros de pequenos e qualificados produtores. O showroom começou dentro de casa, nas extensas prateleiras da entrada principal, de onde desalojei as centenas de livros”, recorda. Em janeiro de 2023, o primeiro encontro harmonizado aconteceu. No Condomínio Verde, localizado no Jardim Botânico, as reuniões perduram por horas e as conversas se estendem com uma boa taça.

Um círculo social unido, que virou uma rede de apoio para os moradores, sobretudo na época da pandemia. “É uma comunidade no sentido mais profundo que essa palavra pode expressar. E de alguma forma, queria poder abrir a casa e as garrafas para que pudéssemos fazer pequenos encontros, socializar depois de tanta reclusão, degustar castas e rótulos de produtores brasileiros que, com quase toda certeza, ninguém por aqui tinha sequer conhecimento que existia”, revela Lívia.

Tempo de festejar

Vinhos, comidas e risadas. Os encontros ganharam um nome: Festa de Babete. Permanecendo, assim, até os dias atuais. Aos poucos, as confraternizações ganham adeptos fiéis. A cada mês, amigos e vizinhos harmonizam risos, novas amizades e vinho brasileiro de muita qualidade. “Fico sem palavras ao observar como o mundo do vinho pode proporcionar encontros e bonitas amizades. E fico ainda mais sem palavras quando clientes me retornam com: 'Boa tarde, obrigado pela noite de degustação. Me reconciliou com os vinhos brasileiros'.” 

A Festa de Babete está hoje mais para um encontro harmonizado do que um clube de vinhos propriamente dito. Segundo Lívia, é uma reunião de pessoas, geralmente clientes, amigos e seus colegas, que chegam para um momento descontraído de experiência de degustação de vinhos brasileiros. Durante as conversas, não abrem mão de falar sobre as vinícolas brasileiras, pratos deliciosos e, claro, momentos de descontração. Esses são os temperos principais das muitas lembranças que têm construído. 

“Logo após a pandemia, tínhamos sede de encontros. E propus, então, encontros harmonizados, em que a ideia era apresentar vinícolas brasileiras e seus rótulos, harmonizados com quitutes”, relembra. A Festa de Babete acontece pelo menos uma vez ao mês. Às vezes, até duas. Com uma limitação de 15 pessoas, na maioria das vezes, alguns não se conhecem. De certa forma, a beleza da reunião está aí, pois traz um clima mais divertido e descontraído entre os visitantes. Mas as edições também podem ser fechadas para grupos de amigos ou para funcionários de uma mesma empresa, em uma ação institucional de confraternização. 

A ideia é realizar os encontros harmonizados com algum tema específico. “Geralmente, fazemos a apresentação de uma vinícola e de seus vinhos e aproveitamos para dar uma contextualizada sobre o terroir e as uvas. Na última edição, foi um pouco diferente: tivemos a presença do próprio enólogo Pedro Tasca, da Adega Giovanni Tasca, de Bento Gonçalves, que apresentou os lançamentos da vinícola e também alguns rótulos que não foram nem lançados. Foi uma experiência única”, comenta.

No grupo de WhatsApp são mais de 130 participantes. Divulgação das próximas reuniões, debates sobre os rótulos que serão degustados e os quitutes que serão levados. Além disso, tentam encontrar mais adeptos desse universo para fazer parte da comunidade. “Tudo o que fazemos para harmonizar com os vinhos é com muito zelo, sempre com ingredientes frescos e de qualidade. No grupo, também damos espaço para pessoas alérgicas falarem sobre suas limitações quanto ao menu para que possibilitem uma noite agradável para todos”, finaliza.

  • A Festa de Babete nasceu logo após a pandemia
    A Festa de Babete nasceu logo após a pandemia Ed Alves/CB/DA.Press
  • Hoje, os amigos se reúnem sempre que podem para encontros harmonizados
    Hoje, os amigos se reúnem sempre que podem para encontros harmonizados Ed Alves/CB/DA.Press
  • O Clube do Vinho é a grande paixão dos amigos e vizinhos do Jardim Botânico
    O Clube do Vinho é a grande paixão dos amigos e vizinhos do Jardim Botânico Ed Alves/CB/DA.Press

Cultivando a leitura

Criado em 2017, o Clube de Leitura Brasília (@clubedeleitura_brasilia) passou por diversas mudanças. O que começou no departamento do trabalho de Claiperon Fernandes, organizador do grupo, com trocas de livros e indicações entre os colegas, se transformou em algo muito maior. “Um dia, a chefe do meu setor, Simone Marinho, teve a ideia de criar um grupo do livro e solicitou que fosse desenvolvido um projeto. Assim nasceu o clube. Com o passar dos anos, o que era restrito a funcionários da empresa, ganhou novos adeptos, não apenas de Brasília, mas de outros estados e países”, relata.

O Clube do Leitura reúne pessoas interessadas em discutir e compartilhar experiências sobre obras literárias. Funciona por meio de encontros periódicos, nos quais os participantes escolhem um livro para ler em conjunto e, em seguida, se encontram para debater suas impressões, sentimentos e interpretações. Além do simples ato de ler, essa interação promove desenvolvimento crítico, aprendizado coletivo, enriquecimento cultural e troca de pontos de vista.

Claiperon explica que todo ano organiza uma pré-seleção dos membros do clube para, assim, formarem as curadorias do ano seguinte. Em cada mês, uma nova curadoria escolhe uma obra para ser debatida. “Não há limitação de temas, a curadoria estuda a obra de acordo com o que gostaria de ser lido pelo grupo, abrindo espaço para as mais diversas obras, escritores, escritoras e temas.”

O objetivo do clube é trocar ideias, experiências e opiniões sobre os livros lidos
O objetivo do clube é trocar ideias, experiências e opiniões sobre os livros lidos (foto: Arquivo Pessoal )

Diversidade

O perfil dos participantes é diverso. “As características são das mais variadas, desde os ávidos leitores e leitoras, até aqueles que participam dos debates sem terem lido as obras. Porém, em comum, todos têm uma curiosidade pela história escrita ou pelos relatos de quem leu.”

Os encontros acontecem uma vez ao mês e, desde a pandemia, são virtuais, o que facilita a reunião acontecer. “Acredito que o clube cria essa sensação de pertencimento, em que a cada mês uma porta é aberta, um novo convite é feito e todas as opiniões são bem-vindas”, diz.

Os debates sobre os livros são sempre marcantes e memoráveis. “O debate da obra Maria Altamira, por exemplo, foi muito significativo, pois além de ser uma história recente do nosso país, contamos com a participação da autora, Maria José Silveira. Uma troca incrível sobre o processo criativo e a história por trás da história, algo que apenas a escritora seria capaz de compartilhar com seu público”, relembra.

Claiperon destaca que qualquer ponto de vista a respeito de uma obra é acolhida e respeitada. “O livro é o mesmo, mas a bagagem de quem lê pode não ser. E isso muda tudo. Um debate rico possui divergências. Quão raso seria um encontro literário em que todos concordassem com tudo. Deixaria de ser um debate”, acredita.

Para mais informações sobre como participar, basta entrar em contato via Instagram @clubedeleitura_brasilia.

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

postado em 08/12/2024 06:00
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