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10 filmes para ampliar o repertório sociocultural para o Enem

Veja obras que podem se tornar referências valiosas para o seu texto e aumentar a sua nota

Alguns filmes podem ajudar no momento de escrever a redação do Enem (Imagem: Prostock-studio | Shutterstock) -  (crédito: EdiCase)
Alguns filmes podem ajudar no momento de escrever a redação do Enem (Imagem: Prostock-studio | Shutterstock) - (crédito: EdiCase)

A menos de um mês do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a preocupação com a redação é uma realidade para a maioria dos estudantes. Para garantir uma boa nota no texto, é fundamental que o aluno não apenas compreenda quais temas costumam ser exigidos nessa etapa da prova, mas também enriqueça o repertório para além dos livros e materiais didáticos. 

Para isso, assistir a filmes e séries pode ser uma alternativa mais leve e igualmente eficiente na preparação para a parte escrita do exame. “A redação exige que os candidatos demonstrem conhecimentos socioculturais, normalmente relacionando temas da atualidade a questões sociais. Por isso, as obras audiovisuais se tornam aliadas valiosas na rotina de estudos”, pontua Anna Cabral, professora de redação do Estratégia Vestibulares.

Pensando em ajudar os alunos com a bagagem sociocultural e preparação para o Enem, a professora lista 10 filmes que abordam questões que podem ser cobradas na redação. Confira!

1. Que Horas Ela Volta? (2015)

Cena do filme
“Que Horas Ela Volta?” trata os conflitos sociais entre uma empregada doméstica e os seus patrões (Imagem: Reprodução digital | Gullane Films)

Com direção de Anna Muylaert, a obra brasileira conta a vida de Val, uma empregada doméstica que trabalha para uma família de classe alta em São Paulo. Após a chegada de sua filha, a dinâmica estabelecida entre empregados e patrões é afetada, revelando as tensões sociais entre classes no Brasil. “O filme é uma ótima escolha para discutir temas como mobilidade social e as desigualdades que persistem na sociedade”, explica Anna Cabral.

2. Bacurau (2019)

Personagens de Bacurau
“Bacurau” retrata a vida de uma comunidade fictícia isolada no sertão brasileiro (Imagem: Reprodução digital | Vitrine Filmes)

Bacurau, com direção de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é um clássico que retrata a vida de uma comunidade fictícia, isolada no sertão brasileiro, que descobre que não está mais nos mapas. Além disso, a história se complica quando os moradores começam a ser atacados por estrangeiros. 

“A obra oferece uma reflexão sobre a história de resistência das comunidades tradicionais, sendo uma referência rica para discutir o colonialismo e os contrastes entre o Brasil profundo e as influências externas”, pontua.

3. Cidade de Deus (2002)

Mais de 20 jovens e crianças lado a lado segurando uma arma
“Cidade de Deus” retrata a história de jovens que cresceram em uma comunidade carente cercada pelo crime organizado (Imagem: Reprodução digital | Imagem Filmes)

Com direção de Fernando Meirelles, o clássico do cinema nacional, baseado no livro de Paulo Lins, retrata a história de jovens que cresceram na favela carioca que dá nome ao filme, desde os anos 1960 até 1980. Segundo a professora, a produção pode ser citada em redações que discutem a violência nas periferias, a exclusão social e as desigualdades urbanas, temas recorrentemente abordados no Enem.

4. O Dilema das Redes (2020)   

Capa do documentário 'O Dilema das Redes'
“O Dilema das Redes” revela como as plataformas de mídias sociais estão reprogramando a sociedade (Imagem: Reprodução digital | Netflix)

Com direção de Jeff Orlowski, é um documentário que explora os impactos das redes sociais na sociedade moderna, abordando questões como a manipulação de informações, a privacidade dos usuários e as consequências do vício digital. “Essa obra pode ser utilizada de exemplo para discutir a influência das redes sociais na formação de opiniões e comportamentos, além de questionar os limites éticos da tecnologia”, pontua a professora.

5. Estrelas Além do Tempo (2016)   

imagem com três mulher negras andando e foguete subindo ao fundo
“Estrelas além do tempo” acompanha um grupo de funcionárias negras da Nasa que enfrentam preconceitos no trabalho (Imagem: Reprodução digital | Disney+)

Baseada em fatos, a obra, com direção de Theodore Melfi, conta a história de três mulheres negras que trabalharam na NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) durante a corrida espacial dos anos 1960, destacando a luta das cientistas contra o racismo e o machismo no ambiente de trabalho. “O filme serve como referência em discussões sobre o racismo, à valorização das mulheres na ciência e à superação de barreiras sociais”, destaca.

6. Parasita (2019)

Três homens e uma mulher sentados no chão olhando para uma caixa
“Parasita” faz críticas à desigualdade social (Imagem: Reprodução digital | CJ Entertainment)

O filme sul-coreano, com direção de Bong Joon-ho, faz críticas à desigualdade social, mostrando a relação entre uma família pobre que se infiltra na vida de uma família rica de Seul. “É uma obra versátil para explorar as dinâmicas de classe e os impactos da desigualdade em diversas esferas da sociedade, uma vez que aborda como a estrutura social muitas vezes impede a mobilidade das classes mais baixas, questionando a ideia de meritocracia”, afirma Anna Cabral.

7. Doze Anos de Escravidão (2013)   

Homens e crianças um ao lado do outro em cena do filme
“Doze Anos de Escravidão” retrata a vida de Solomon Northup, um homem negro livre que é sequestrado e vendido como escravo (Imagem: Reprodução digital | 20th Century Studios, Lions Gate Entertainment, Walt Disney Studios Motion Pictures, Mars Films, Filmcompagniet e SF Film)

Outra obra baseada em fatos reais, com direção de Steve McQueen, narra a vida, de forma brutal, de Solomon Northup, um homem negro livre que é sequestrado e vendido como escravo nos Estados Unidos antes da Guerra Civil. “O filme busca retratar as condições de vida dos escravizados e das práticas racistas da época, podendo ser usado para discutir o legado da escravidão e os impactos do racismo na sociedade contemporânea”, explica a professora.

8. A Onda (2008)   

Homem em um palco e alunos em baixo o imitando no filme
“A Onda” retrata os perigos do extremismo (Imagem: Reprodução digital | Constantin Film e Highlight Film)

O filme, com direção de Dennis Gansel, mostra como um professor cria um experimento para explicar os mecanismos do autoritarismo a seus alunos, mas acaba vendo o grupo se transformar em um movimento autocrático, exibindo os perigos do extremismo. “É uma referência relevante para temas sobre política, poder e a construção de regimes autoritários”, reforça.

9. Eu, Daniel Blake (2016)   

Homem em frente a uma parede com grafite com um dos braços levantados para o alto em cena do filme
“Eu, Daniel Blake” faz um retrato sensível das dificuldades enfrentadas pelas pessoas mais vulneráveis em acessar os direitos básicos (Imagem: Reprodução digital | Le Pacte, Scanbox Entertainment e Entertainment One Films)

A obra britânica, com direção de Ken Loach, conta a história de um trabalhador que, após sofrer um problema de saúde, enfrenta a burocracia do sistema de assistência social, fazendo um retrato sensível das dificuldades enfrentadas pelas pessoas mais vulneráveis em acessar os direitos básicos. “O filme é ideal para discutir temas como a eficiência do Estado, a dignidade humana e as falhas do sistema de proteção social”, ressalta Anna Cabral.

10. O Jogo da Imitação (2014)   

Homem usando terno e gravata em pé com as mãos cruzadas atrás do corpo na capa do filme
“O Jogo da Imitação” narra a vida de um matemático britânico que decifrou códigos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (Imagem: Reprodução digital | The Weinstein e Company e StudioCanal)

O filme, com direção de Morten Tyldum, narra a vida de Alan Turing, um matemático britânico que decifrou códigos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e foi perseguido por ser homossexual. “A obra traz à tona a importância do reconhecimento dos direitos LGBTQ+ e o impacto de grandes mentes no avanço da ciência e tecnologia”, finaliza.

Por Juliana Oliveira

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Redação EdiCase
postado em 21/10/2024 15:04
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