Com as provas do Enem se aproximando, já que o primeiro dia do exame será em 3 de novembro, é hora de começar a pensar em como estar fisicamente preparado. Por se tratar de um tempo de duração de prova extenso, especialistas da área da saúde alertam sobre os cuidados com a alimentação.
A coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, professora Bruna Ramos, orienta que, para um melhor desempenho na avaliação, os participantes devem se alimentar bem antes de sair de casa e levar um pequeno lanche para comer durante o exame.??
Alimentação influencia no desempenho da prova do Enem
Segundo a especialista, ficar com fome, por exemplo, pode ser prejudicial para o raciocínio. “Não é recomendável para o estudante prolongar a ausência de refeições por longos períodos, uma vez que isso pode influenciar de modo direto o pensamento e o desempenho cognitivo. O cérebro é um órgão que demanda uma quantidade substancial de energia para operar de forma eficaz, e a escassez de alimento pode prejudicar suas funções”, ressalta.?
A docente explica que, “quando você está com fome, pode ser desafiador concentrar-se em tarefas complexas ou manter a atenção prolongada. Essa situação compromete a habilidade de pensar de maneira nítida e lógica, reduzindo também a capacidade de retenção de informações e provocando uma diminuição na velocidade do raciocínio. Além disso, a fome pode desencadear em irritabilidade e ansiedade, uma queda na energia, levando à fadiga e desânimo devido à diminuição dos níveis de glicose no sangue”, alerta Bruna Ramos.??
Sugestão de cardápio para o dia da prova
A nutricionista lista algumas sugestões de alimentações para os momentos que antecedem a prova e, também, opções de lanches simples para que os estudantes levem para comer durante o exame. Veja abaixo! ?
1. Jantar no dia anterior à prova
No jantar que antecede ao dia da prova, priorize fazer tudo mais cedo, a fim de que se tenha uma boa digestão e uma noite de sono tranquila. O ideal é que essa refeição seja leve para garantir o bem-estar no dia seguinte.??
Priorize nutrientes como ferro, ácido fólico e vitaminas antioxidantes (A, C, E), pois elas possuem efeitos neuroprotetores e melhoram o desempenho intelectual. Exemplo: arroz, feijão, ervilha, lentilha ou grão-de-bico. Vegetais verde-escuros como a couve, brócolis e espinafre são muito indicados, assim como a cenoura, tomate e abobrinha.??
2. Café da manhã??
Lembre-se que as substâncias presentes no café podem causar efeitos colaterais, como a dor de cabeça. Pense sempre em alimentos que ajudam a manter a concentração e o intestino em funcionamento regular. Exemplo: frutas e alimentos integrais como granola ou aveia e suco natural. Pão integral também é recomendável.???
3. Almoço??
Essa refeição deve ser leve. O indicado é almoçar em casa, tanto para evitar comer coisas diferentes do costume quanto para ter um momento mais tranquilo antes da prova. Carboidratos de baixo índice glicêmico são boas opções. Isso porque eles levam mais tempo para serem digeridos e ajudam manter energia até a hora da prova, além de auxiliar na concentração e memória.
Cenoura, brócolis, alface, tomate, batata-doce e arroz integral são exemplos de bons alimentos para consumir no almoço antes da prova.??
4. Durante a prova??
É importante destacar que as regras do MEC exigem que os alimentos sejam colocados em um recipiente transparente e sem rótulo a fim de facilitar a fiscalização no local. O ideal, nesse caso, é priorizar os alimentos fáceis de levar e que não resultam em muita sujeira. Exemplos: maçã, banana, sanduíche natural e biscoitos integrais.
É importante se manter hidratado
Por fim, a docente Bruna Ramos recomenda a hidratação constante. “Tenha a sua garrafa de água em mãos, pois a água desempenha um papel crucial no transporte de nutrientes, minerais e oxigênio às células do organismo. Além disso, desempenha uma função vital para o cérebro, visto que a desidratação pode prejudicar de forma adversa a função cognitiva, incluindo a capacidade de concentração e raciocínio. Beber água suficiente ajuda a manter a clareza mental”, conclui.
Por Camila Crepaldi
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