O intestino funciona como um verdadeiro termômetro da saúde, impactando não apenas a digestão, mas também o sistema imunológico e o equilíbrio emocional. Seu funcionamento pode fornecer importantes informações sobre o estado geral do organismo, e ignorar sinais de que algo não está normal, como alterações nas fezes, pode aumentar o risco de desenvolver doenças mais sérias.
Conforme o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, do corpo clínico dos hospitais Sírio Libanês e Nove de Julho, em São Paulo, entender a frequência, a forma e a consistência das evacuações é essencial para reconhecer possíveis problemas.
Quantos dias sem evacuar é considerado normal?
Segundo o Dr. Rodrigo Barbosa, evacuar diariamente é o ideal. No entanto, também é possível ir ao banheiro a cada dois dias e não ter desconforto ou outro sintoma que indique algum problema de saúde. Para ele, é essencial prestar atenção quando há alteração no padrão regular de evacuação.
“Se o período sem evacuar ultrapassar três dias, pode ser um sinal de alerta e indicar constipação que, se não tratada, pode causar complicações como fissuras anais, hemorroidas e até impactação fecal”, alerta o médico.
Sinais de que o cocô não está normal
O médico ensina que fezes saudáveis devem ter uma consistência macia, semelhante a uma banana, e serem eliminadas sem esforço. Para ficar de olho, o Dr. Rodrigo Barbosa ensina algumas alterações comuns que podem indicar problemas:
- Fezes muito duras ou em forma de bolinhas: sinal clássico de constipação, quando o intestino está retendo fezes por muito tempo;
- Fezes líquidas ou pastosas: podem indicar infecções ou má absorção de nutrientes;
- Fezes muito escuras ou avermelhadas: podem apontar a presença de sangue que deve ser investigado imediatamente;
- Fezes esbranquiçadas ou amareladas: podem indicar problemas no fígado ou na vesícula biliar.
Além desses sinais, o Dr. Rodrigo Barbosa explica que os sintomas como dor abdominal, inchaço ou desconforto generalizado são indicações que pode haver alterações no hábito intestinal e, ainda, podem sinalizar condições mais graves, como doenças inflamatórias intestinais ou até câncer colorretal; por isso, a importância de ficar atento.
Por Mayra Barreto Cinel
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