Carinho, afeto e paixão são sensações prazerosas que também melhoram a saúde mental. Para o Dr. Silas Soares, especialista em saúde integrativa e funcional, a ocitocina, popularmente conhecida como o hormônio do amor, está ligada ao bem-estar do paciente, principalmente porque, ao ser liberada, os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, são diminuídos.
Por conta disso, o seu efeito no organismo se mostra benéfico à saúde mental, sendo responsável pelo sentimento de felicidade, amor, prazer e de relaxamento. “O termo ‘hormônio do amor’ está atribuído ao fato de que a liberação da ocitocina acontece quando estamos perto de nossos parceiros, de amigos e parentes, ou seja, de pessoas com quem temos uma grande afinidade”, explica o especialista
A seguir, o profissional lista algumas curiosidades sobre o hormônio do amor!
1. A ocitocina está presente em ambos os gêneros
Segundo o Dr. Silas Soares, o hormônio é mais elevado no organismo feminino. “A produção costuma atingir um pico durante a gestação, no trabalho de parto e na amamentação, principalmente porque uma de suas funções é estreitar o vínculo afetivo entre a mãe o seu bebê. Porém, muitas mulheres podem passar por uma queda da ocitocina, causada principalmente pelo uso contínuo de pílulas anticoncepcionais”, pontua.
O especialista ainda explica que o nível da ocitocina em um organismo masculino é menor, já que a sua produção tende a ser bloqueada pela testosterona, um dos principais e mais fortes hormônios presentes no corpo. Caso esse efeito comum não seja realizado, o hormônio tende a deixar homens mais amáveis e empáticos, evitando atritos e assim sendo menos agressivos.
2. Seu nível é dobrado ao se apaixonar
Ser conhecida como o “hormônio do amor” não é uma simples colocação. Isso porque a sua produção pode ser dobrada quando pessoas se apaixonam, podendo se manter estável ao firmar o relacionamento. “Mas ela também tem o seu efeito negativo, principalmente quando relacionamentos esfriam ou quando há a separação, marcando o seu declínio e assim apresentando sintomas diversos, como o sentimento de tristeza, depressão ou até mesmo o de abandono”, afirma o profissional.
3. O hormônio está ligado aos hábitos
Conforme explica o Dr. Silas Soares, as pessoas estão vivendo cada vez mais uma rotina corrida, tendo que conciliar, muitas vezes, o trabalho com as tarefas da casa. “Esse comportamento tende a esfriar uma relação, acaba o carinho, os programas para casais tirarem um tempo para ficarem juntos começam a ficar mais escassos, o sexo também diminui. São diversos fatores que podem deteriorar um namoro ou um casamento, assim diminuindo os níveis de ocitocina no organismo”, pontua.
Com isso, casais com um maior contato físico, por meio de abraços, beijos, cafunés, que também provocam o sentimento de gratidão, tendem a possuir os níveis de ocitocina no organismo mais elevados. Para os solteiros, praticar exercícios ou outras atividades que provocam o relaxamento físico e mental, acarretando a diminuição do estresse e da ansiedade, influencia também a redução do cortisol, o hormônio que inibe a produção da ocitocina.
4. Níveis baixos de ocitocina
Assim como os níveis elevados da ocitocina provocam a felicidade e o prazer, em contrapartida, os principais sinais de que o hormônio do amor se encontra em declínio estão ligados à apatia. Na lista de sinais que apontam a carência do nível de ocitocina no organismo, estão:
- Falta de expressões emocionais;
- Frieza ao demonstrar sentimentos;
- Diminuição de libido;
- Falta de lubrificação durante as relações sexuais;
- Diminuição da capacidade de chegar ao orgasmo nas mulheres e diminuição da capacidade de ejacular nos homens.
5. O hormônio pode ser suplementado
Há diferentes formas de elevar o hormônio. Entre elas, o especialista destaca os medicamentos. “Há a ocitocina sublingual, sua ação é mais rápida, possibilitando o aumento da biodisponibilidade dela no organismo. Também existe a ocitocina em comprimido; essa versão possui uma ação mais lenta, porém auxilia na melhora da ansiedade e do humor, pode também aumentar a sensação de bem-estar e a vitalidade”, finaliza o Dr. Silas Soares.
Por Beatriz de Mello