Saúde & Bem-estar

5 perguntas e respostas sobre o leite materno

A amamentação é essencial para ajudar no desenvolvimento do bebê e na prevenção de doenças

A amamentação oferece benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe (Imagem: fizkes | Shutterstock)  -  (crédito: EdiCase)
A amamentação oferece benefícios tanto para o bebê quanto para a mãe (Imagem: fizkes | Shutterstock) - (crédito: EdiCase)

“Agosto Dourado” é um mês dedicado para chamar a atenção sobre a importância da amamentação, estimulando o aumento das taxas de aleitamento materno. A cor dourada, que remete ao ouro, simboliza o valor desse alimento, devido aos amplos benefícios proporcionados por ele tanto para o bebê quanto para mãe.

“O leite materno é o alimento mais completo para o bebê. Supre todas as necessidades da criança, pois promove a boa nutrição, e está associado à imunidade e proteção geral da saúde. É capaz de reduzir 13% das mortes por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos por protegê-las de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de reduzir riscos na vida adulta, como hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes e excesso de peso”, alerta a Dra. Karla Cristina Malta Vilanova, especialista em Nutrologia Pediátrica e docente dos cursos de pós-graduação da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).

O ato de amamentar também dá continuidade ao vínculo criado durante a gestação. O contato com a mãe é essencial para o bebê nos primeiros dias, pois é o seu elo com o mundo externo fora do aconchego do útero. Ainda assim, há muitas dúvidas sobre o assunto. A seguir, a especialista esclarece as cinco principais. Confira!

1. Até quando amamentar?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.

“Neste período, o leite materno é preconizado para aquela criança que nasceu a termo. É a partir de então que é indicado o início da alimentação complementar, podendo o leite materno ser estendido até dois anos ou mais, segundo a necessidade e vontade da criança ou do binômio mãe e filho”, explica a pediatra.

2. Por que o incentivo à amamentação é tão importante?

As razões para não querer amamentar são várias, entre mães saudáveis e com tempo disponível. Mas é uma decisão pessoal. Por isso, o incentivo à amamentação é essencial e uma rede de apoio para esta mãe pode fazer a diferença.

“O início da amamentação não é fácil. Nos primeiros dias, há o reconhecimento do bebê numa nova situação. É também a chegada de um novo membro na família e essa mulher irá se tornando mãe a partir desse contato na amamentação. É uma mudança total na sua vida”, diz a Dra. Karla Vilanova.

Por isso, contar com a ajuda de um especialista pode ser fundamental. “A consulta com o pediatra, na primeira semana de vida do bebê, ajuda nesta jornada e é possível avaliar a saúde, a ‘pega’ dos seios e toda dificuldade dessa fase. Além disso, é uma oportunidade para auxiliar e facilitar a amamentação. São ações que ajudam a manter a exclusividade do leite materno até os seis meses com a possibilidade de se prolongar até dois anos ou mais”, explica.

Mãe dando segurando mamadeira para bebê com roupa rosa
As fórmulas buscam se aproximar dos benefícios do leite materno para atender às necessidades do bebê (Imagem: O_Lypa | Shutterstock)

3. Quando optar pelas fórmulas em substituição ao leite materno?

Quando a mãe não consegue amamentar o seu filho por algum motivo pessoal (como o retorno ao trabalho ou doença), a recomendação envolve os substitutos do leite materno até o primeiro ano de vida. “As fórmulas buscam se aproximar, em qualidade e quantidade, dos benefícios que o leite materno oferece, e há boas alternativas no mercado para cada necessidade do bebê, mas não há nenhum alimento 100% igual ao leite materno em sua complexidade nutritiva”, detalha a especialista.

4. Como deve ser a introdução dos alimentos?

É preciso organizar a alimentação complementar a partir de 6 meses de vida, pois dessa forma a criança consegue entender os momentos em que ela está com fome, saciedade e até criar uma rotina. Assim, nesse processo, a mãe pode reconhecer melhor a quantidade e quais alimentos de que o bebê precisa.

5. O leite materno perde seu valor nutricional com o tempo?

Segundo a especialista, após os seis meses, o leite materno exclusivo não consegue uma reposição completa em macro, micronutrientes e calorias na quantidade que a criança precisa. Daí é preciso ofertar uma alimentação complementar, que deve ser iniciada com frutas e todos os outros grupos alimentares essenciais para poder suprir esta lacuna do leite materno.

Por Andréa Simões 

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Redação EdiCase
postado em 07/08/2024 18:16
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