A porta é o primeiro contato que temos com uma casa ou apartamento, funcionando como um cartão de visita. É por meio dela que visitantes e moradores têm a primeira percepção do ambiente interno, influenciando expectativas e sentimentos sobre o espaço. Por isso, a escolha deste item deve ser feita com cuidado, levando em consideração aspectos estéticos, de segurança e de funcionalidade.
“A escolha da porta já diz muito sobre o nosso estilo e das referências que mais gostamos. Há quem prefira uma versão mais discreta, enquanto outros clientes compartilham o desejo de ter um modelo impactante. O importante é que podemos trazer opções para atender todos os gostos”, explica a designer de interiores Giseli Koraicho, que lidera o escritório Infinity Spaces Arquitetura e Interiores.
A seguir, a profissional dá algumas dicas para escolher a porta ideal para o seu lar. Confira!
1. Estilo do morador
Compreender o estilo da casa e a sua arquitetura é o primeiro passo, e a designer ressalta a importância de prestar atenção aos componentes que integram o décor. “Em um estilo mais clássico, podemos trabalhar com portas adornadas com desenhos”, exemplifica. Ela cita também os projetos de casas de campo, que costumam seguir pelo viés de uma arquitetura mais rústica. “Nesse caso, gosto de constituir uma porta de madeira com os veios e nós aparentes”, detalha.
2. Materiais para a porta
De acordo com Giseli Koraicho, a grande variedade de modelos e materiais disponíveis no mercado facilita esse processo. De modo geral, a madeira é a matéria-prima mais empregada e perfeita para combinar com outros itens como o vidro e a serralheria. “Essas mesclas ficam muito chiques”, enfatiza.
Outra aposta de sucesso é o ACM, sigla que vem do inglês Aluminium Composite Material (material de alumínio composto, em tradução livre). Leve e de longa durabilidade, ele pode alcançar a textura da madeira, com a vantagem de nunca dilatar ou sofrer com intercorrências como o ataque de cupins.
E se o vidro é bem-vindo como efeito interessante ao lado dos insumos já mencionados, esse é o único que a profissional entende que não deve ser considerado como material principal. “Logo na entrada, não é significativo expor o interior da casa para quem está do lado de fora”, avalia. E no que diz respeito ao puxador, além do fato de dialogar com o contexto do projeto, ela adverte sobre o cuidado de respeitar a proporcionalidade com relação às dimensões da porta.
3. Tipos de abertura
Em geral, as formas mais empregadas são as portas de giro e a pivotante:
Porta de giro
A mais convencional das portas é sustentada com o uso de dobradiças, pode ser lisa ou trabalhada com molduras. Com relação à cor, tanto fica bem em uma paleta neutra ou ser incumbida do protagonismo ao assumir uma tonalidade mais forte.
Porta pivotante
Sonho de consumo de muitas pessoas, a porta pivotante fica sustentada por um pivô nas partes superior e inferior, permitindo a movimentação em torno do seu eixo. Usado em projetos de viés contemporâneo, de acordo com a profissional, esse tipo é o ideal para quem quer uma fachada luxuosa – desde que haja uma largura mais ampla, haja vista que demanda espaço. “Em um imóvel pequeno, ela impossibilita a circulação“, esclarece Giseli Koraicho.
4. Medidas para a porta
Na arquitetura, as portas apresentam a altura padrão de 2,10 m, entretanto a designer de interiores afirma que nada impede de atuar com outras referências quando a arquitetura da residência conta com uma altura de pé-direito mais elevado ou dupla. Sobre a largura, o costumeiro é considerar a referência de 80 cm para modelos tradicionais e, no caso da pivotante, que necessita uma área mais ampla de circulação devido ao seu eixo, essa definição é vista caso a caso.
“Gosto sempre de explicar para os nossos clientes que a versão pivotante não é factível em larguras de 80 cm, pois, desse total, 20 cm serão perdidos em função do sistema de movimentação”, explica Giseli Koraicho. Para considerar esse modelo, ela indica um espaço mínimo de 1,20 m.
5. Troca de porta em condomínio
Em cada condomínio, suas regras. E dessa máxima não há como fugir. Diante da impossibilidade de substituir a porta – uma vez que a decisão de cada morador implica uma despadronização –, a designer afirma que o papel do seu escritório é encontrar o caminho do meio.
Alguns permitem a troca, mas determinam o padrão de cor e outros são determinantes quanto à manutenção do mesmo estilo. Dentro da segunda opção, a alternativa é mudar a cor na parte interna, tornando a porta mais conectada com o décor planejado.
Por Alexandre Agassi
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