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7 ervas e plantas que devem ser usadas com cautela em chás

os perigos que algumas delas podem oferecer à saúde se não usadas com cuidado

O uso de ervas e plantas medicinais é uma prática milenar em muitas culturas ao redor do mundo, com potencial para aliviar sintomas de desconfortos intestinais e até mesmo melhorar a saúde mental. No entanto, algumas dessas plantas exigem cautela quanto ao consumo, pois podem causar interações medicamentosas ou colocar a saúde em risco em casos de condições preexistentes.

“É importante ter em mente que cada pessoa é única e que as reações individuais podem variar. O recomendado é o consumo moderado para a maioria das ervas. É preciso não exagerar na quantidade, pois algumas substâncias presentes nas plantas podem ter efeitos colaterais em grandes quantidades”, afirma Ariane Braz A. C. Brasil, nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos.

Abaixo, confira 7 ervas e plantas que devem ser usadas com cautela em chás!

1. Carqueja 

O chá de carqueja não é recomendado para mulheres grávidas e amamentando, devido à falta de estudos que comprovem sua segurança nesses períodos. Além disso, pode causar riscos para pessoas com doenças hepáticas, e o uso prolongado, provocar náuseas e vômitos.

2. Boldo 

Muito utilizado para tratar sintomas digestivos e hepáticos, o boldo deve ser evitado por pessoas com doenças hepáticas graves e por aqueles que fazem uso de medicamentos anticoagulantes ou outros remédios metabolizados pelo fígado.

“Existem vários chás que podem ajudar a aliviar a dor de estômago devido às suas propriedades calmantes e anti-inflamatórias. No entanto, é importante ressaltar que cada pessoa pode reagir de maneira diferente aos remédios naturais e, se a dor persistir ou piorar, é aconselhável procurar orientação médica”, explica Ariane Braz A. C. Brasil.

3. Erva-de-são-joão

Utilizada para aliviar sintomas de depressão leve, essa erva pode interagir com antidepressivos, anticoncepcionais e anticoagulantes, diminuindo sua eficácia. Além disso, pode causar fotossensibilidade, tornando a pele mais suscetível a queimaduras solares.

O excesso do chá de cavalinha pode causar deficiência de vitamina B1 (Imagem: Madeleine Steinbach | Shutterstock)

4. Cavalinha 

O consumo excessivo do chá de cavalinha pode provocar deficiências de vitamina B1 e problemas renais. Além disso, é possível interagir com medicamentos diuréticos e anticoagulantes. A planta contém sílica, um mineral que, em grandes quantidades, é nocivo e prejudicial, especialmente durante a gravidez.

5. Guaco 

O guaco é utilizado para auxiliar no tratamento de sintomas de doenças respiratórias, mas seu uso excessivo se mostra prejudicial para pessoas com problemas hepáticos graves devido ao risco de intoxicação. Além disso, a planta pode interagir com medicamentos anticoagulantes e antidiabéticos, diminuindo sua eficácia.

6. Chá verde 

O consumo excessivo de chá verde é capaz de representar riscos para a saúde, pois pode interagir com medicamentos anticoagulantes e antidepressivos. Além disso, devido ao seu alto teor de cafeína e aos compostos que interferem na absorção de ácido fólico, deve ser consumido com moderação por mulheres grávidas e que estão amamentando.

7. Camomila 

O chá de camomila é geralmente seguro, mas em excesso causa possíveis contrações uterinas, devendo ser consumido com cautela por mulheres grávidas e lactantes. Além disso, pode interagir com medicamentos anticoagulantes, intensificando seus efeitos.

Consumo de chás com segurança

Mesmo ervas mais comuns, como o boldo, podem levar a complicações de saúde quando consumidas em excesso. Portanto, é importante que o uso dessas plantas seja feito sob orientação de um profissional de saúde, especialmente para gestantes ou lactantes e para pessoas com condições de saúde preexistentes ou que estejam tomando outros medicamentos.

Outro fator importante é a quantidade de planta utilizada em um chá: “O maior cuidado é em relação à quantidade de planta que será utilizada, para que não se consuma em excesso ou em quantidade menor do que é recomendado. O ideal é uma colher de sobremesa, ou a quantidade prescrita e/ou indicada da(s) erva(s)”, alerta a nutricionista Viviane Pereira. 

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