As hepatites virais são infecções que atingem o fígado causando alterações leves, moderadas ou graves e podem levar à morte. Só no Brasil, estima-se que uma em cada 33 mortes é causada por alguma doença no fígado, segundo um levantamento minucioso realizado por pesquisadores mineiros e publicado no periódico científico britânico The Lancet Regional Health. O grande problema é que as doenças no órgão nem sempre apresentam sintomas claros, sendo, portanto, muitas vezes, silenciosas.
Tendo isso em mente, a Dra. Sandra Chagas, cirurgiã-dentista especialista em saúde integrativa, explica a seguir quais são as causas da hepatite, os sintomas e os alimentos que ajudam a desintoxicar o fígado. Confira!
Quais são as causas da hepatite?
A especialista explica que, quando o vírus da hepatite entra no corpo, ele se dirige ao fígado, infectando suas células. Cada tipo de vírus tem um modo de transmissão e uma maneira específica de infectar as células hepáticas. A hepatite A, por exemplo, é transmitida por água ou alimentos contaminados; a hepatite B, por sangue infectado ou relações sexuais; a hepatite C, por sangue infectado; enquanto a D acomete apenas em pessoas já infectadas com a hepatite B. Por fim, a E é transmitida por água contaminada.
Quais são os sintomas de fígado inflamado?
De acordo com a cirurgiã-dentista, os principais sinais de um fígado inflamado são:
- Fadiga;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Dor abdominal;
- Distensão abdominal;
- Icterícia.
“A maioria dos sintomas nem sempre tem uma causa aparente, mas, se você sente algum desses com frequência, seu fígado pode estar dando sinais de inflamação ou toxificação. Por isso, é importante fazer a limpeza do fígado com frequência”, diz a especialista.
Aprenda a desintoxicar o fígado
De acordo com a especialista Sandra Chagas, como a hepatite acomete o fígado, é de extrema importância fazer uma limpeza do órgão para prevenir e tratar as doenças hepáticas. Para isso, ela sugere:
1. Chá de boldo
O chá de boldo é conhecido por suas propriedades desintoxicantes, que ajudam a eliminar toxinas acumuladas no fígado, promovendo a sua limpeza. “A boldina, um dos compostos ativos presentes no boldo, estimula a produção de bile. A bile é essencial para a digestão e absorção de gorduras, além de ajudar na eliminação de substâncias tóxicas”, diz a especialista.
2. Alcachofra
A alcachofra é uma planta conhecida por seus diversos benefícios à saúde, especialmente em relação ao fígado. Ela tem sido usada tradicionalmente na medicina natural para tratar problemas hepáticos e digestivos.
“A alcachofra contém cinarina, um composto que estimula a produção de bile e ajuda a reduzir os níveis de colesterol do sangue. Além disso, é uma planta rica em antioxidantes, como a silimarina e os flavonoides, que ajudam a proteger as células hepáticas contra os danos causados pelos radicais livres”, diz a cirurgiã-dentista.
3. Silimarina
A silimarina se trata de um composto extraído das sementes do cardo-mariano, que inclui silibina, silicristina e silidianina. A silimarina atua como uma barreira contra várias toxinas capazes de danificar o fígado, incluindo álcool, medicamentos e substâncias químicas tóxicas. Outro benefício da silimarina é que ela ajuda a prevenir a formação de fibrose, uma condição em que o tecido hepático normal é substituído por tecido cicatricial, o que pode levar à cirrose.
4. Alecrim
O alecrim é uma erva aromática amplamente utilizada tanto na culinária quanto na medicina tradicional. “Ele é rico em compostos antioxidantes, possui propriedades anti-inflamatórias, facilita a digestão e estimula a produção de bile. Além disso, pode ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue e seu consumo regular reduz o estresse oxidativo no fígado”, diz a Dra. Sandra Chagas.
5. Cúrcuma
Por fim, a cúrcuma é uma especiaria que faz muito bem para a saúde do fígado. Seu principal componente ativo é a curcumina, um poderoso antioxidante que ajudar a desintoxicar o fígado. Ela ajuda a aumentar a produção de enzimas e estimular a regeneração das células hepáticas. Seu consumo regular pode reduzir o risco de desenvolver doenças hepáticas crônicas, como a hepatite e o fígado gorduroso não alcoólico.
Por Yasmin Santos
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