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7 escritores brasileiros que marcaram o nome na literatura

como esses autores se destacaram com obras que retratam aspectos importantes do Brasil

Renomados escritores brasileiros desempenharam um papel fundamental na construção da identidade cultural  do país e são lembrados por isso até hoje (Imagem: pixelheadphoto digitalskillet | ShutterStock) -  (crédito: EdiCase)
Renomados escritores brasileiros desempenharam um papel fundamental na construção da identidade cultural do país e são lembrados por isso até hoje (Imagem: pixelheadphoto digitalskillet | ShutterStock) - (crédito: EdiCase)

Ao longo dos tempos, talentosos escritores brasileiros têm desempenhado um papel fundamental na construção da identidade cultural do Brasil, retratando diversas realidades, tradições e desafios. A literatura brasileira é um espelho multifacetado da sociedade, oferecendo uma rica visão da história, da política, das questões sociais e das experiências humanas que moldam o país.

Cada autor tem seu estilo único e contribuições significativas. A seguir, veja 7 nomes que marcaram a literatura e se tornaram fontes de conhecimento!

1. Carolina Maria de Jesus (1914-1977)

Autodidata, ela foi uma escritora brasileira notável. Nascida em Sacramento, Minas Gerais, Carolina teve uma vida difícil, marcada pela pobreza e por inúmeras dificuldades. Ela é considerada uma das escritoras negras mais importantes do Brasil.

Com escrita simples e comovente, ela leva o leitor a mergulhar nas vivências e nos sentimentos das pessoas que moram em comunidades carentes, como a do Canindé, em São Paulo, para promover um olhar mais sensível e empático.

A escritora é conhecida principalmente pelo livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, publicado em 1960. Depois, Carolina publicou outros livros, incluindo “Casa de Alvenaria” (1961) e “Pedaços de Fome” (1963). Essas obras continuaram a abordar temas relacionados à vida das pessoas marginalizadas e excluídas socialmente.

2. Graciliano Ramos (1892-1953)

Graciliano inovou a produção de romances regionais no Brasil durante a década de 1930. Ao mesclar a narração e a descrição do espaço geográfico regional com a construção de personagens profundamente psicológicos, ele conferiu à sua obra um caráter universal. Com uma linguagem próxima à oralidade, caracterizada pela objetividade e economia no uso de adjetivos, ele revelou um Brasil em crise, em que os mais pobres são as principais vítimas.

A consagração de Graciliano Ramos como escritor veio com a publicação de “São Bernardo” (1934), considerada uma obra-prima. Este romance é narrado em primeira pessoa pelo protagonista Paulo Honório, um fazendeiro ambicioso e de caráter duvidoso. O livro apresenta uma narrativa seca, realista e densa, retratando a vida no sertão nordestino e as complexidades das relações humanas.

Outra obra importante de Graciliano Ramos é “Vidas Secas” (1938), um dos mais célebres romances da literatura brasileira. Este livro é um retrato contundente e emocionante da seca e da miséria vivenciadas por uma família de retirantes nordestinos.

3. Rachel de Queiroz (1910-2003)

Desde jovem, Rachel demonstrou interesse pela literatura e pela escrita. Em 1930, aos 19 anos, publicou seu primeiro romance, “O Quinze”, que a colocou em destaque no cenário literário brasileiro. A obra retrata a seca no nordeste do Brasil e as dificuldades enfrentadas pelo povo nordestino em meio a um dos períodos mais críticos da história da região.

Ela se tornou a primeira mulher a escrever crônicas para o jornal O Estado de S. Paulo e a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1977. Contudo, sua atuação iniciou ainda na adolescência, quando colaborou com o jornal O Ceará, em sua cidade natal, Fortaleza. Ela também se destacou pela militância política e social, com ênfase na defesa das causas feministas.

4. Mário de Andrade (1893-1945)

Ilustração do rosto do escritor Mário de Andrade em nota de dinheiro
Mário de Andrade desempenhou um papel fundamental na transformação da forma de fazer arte e literatura no Brasil (Imagem: Prachaya Roekdeethaweesab | Shutterstock)

Mário de Andrade, em vida, obteve mais de 30 obras publicadas, abrangendo poesia, contos e romances, entre as quais se destacam “Há uma Gota de Sangue em Cada Poema”, “A Escrava que não é Isaura”, “Amar, Verbo Intransitivo” e “Macunaíma”, este último é um dos grandes clássicos da literatura modernista – da qual o escritor foi um dos idealizadores e estendeu à criação da Semana de Arte Moderna.

Ele desempenhou um papel fundamental na transformação da forma de fazer arte e literatura no Brasil. Em suas primeiras obras, é possível perceber a influência dos movimentos europeus, como o futurismo, o dadaísmo e o expressionismo.

Além de suas habilidades como escritor, Mário também foi músico, crítico literário e poeta. Ele trocava correspondências com Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Mais tarde, essas cartas foram compiladas e transformadas em coletâneas.

5. Lygia Fagundes Telles (1918-2022)

Também conhecida como “a dama da literatura brasileira” e “a maior escritora brasileira”, Lygia recebeu reconhecimento internacional ao ser a primeira mulher brasileira indicada ao Prêmio Nobel de Literatura, em 2016, evidenciando sua importância e influência como uma das grandes vozes do país. Ela é considerada por acadêmicos, críticos e leitores uma das mais importantes e notáveis escritoras do século XX.

Ainda como advogada, Lygia se destacou como romancista e contista, tendo uma presença significativa no movimento pós-modernista. Em suas obras, abordava temas clássicos e universais, como a morte, o amor, o medo e a loucura, além de explorar elementos de fantasia.

Entre os principais livros escritos por ela, destacam-se “Ciranda de Pedra” (1954), que aborda as complexidades do amor e dos relacionamentos familiares; “As Meninas” (1973), uma obra que mergulha na intimidade e dilemas de três jovens estudantes universitárias; “Antes do Baile Verde” (1970), uma coletânea de contos que exploram a natureza humana e seus conflitos.

Suas obras deram voz às experiências e dilemas femininos, que muitas vezes eram relegadas a papéis secundários ou estereotipados. Ela retratou as mulheres em toda a sua complexidade.

6. Machado de Assis (1839-1908)

Ilustração de Machado de Asssis em um fundo amarelo com gotas de tinta verde e preta
Machado de Assis destacou-se por sua habilidade em explorar a complexidade da alma humana (Imagem: mark designers | Shutterstock)

Machado de Assis, um dos maiores escritores da literatura brasileira, destacou-se por sua habilidade em explorar a complexidade da alma humana e as nuances da sociedade de sua época. Nascido em 1839 no Rio de Janeiro, ele se tornou um mestre da prosa e da poesia.

Seus romances realistas, como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, são considerados obras-primas que revelam sua capacidade de combinar crítica social com uma profunda análise psicológica.

Além dos romances, o autor também deixou um legado significativo com suas crônicas, contos e poesias. “O Alienista” e “A Cartomante” são exemplos de sua habilidade em criar narrativas curtas e envolventes. Como cofundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis não só consolidou sua posição como um ícone literário, mas também influenciou gerações de escritores brasileiros.

7. Cecília Meireles (1901-1964)

Cecília Meireles foi uma das mais importantes poetisas brasileiras do século XX, cujas obras se destacam pela sensibilidade com que aborda temas universais. Nascida em 1901, no Rio de Janeiro, começou a escrever desde cedo e desenvolveu uma carreira literária notável.

Sua poesia é marcada por uma combinação de delicadeza e introspecção, características evidentes em obras como “Viagem” (1939), que lhe rendeu o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Além disso, seu livro “Mar Absoluto” (1945) é um exemplo da sua habilidade em explorar o sentimento de infinitude e o mistério da existência humana.

A escritora também se destacou como educadora e jornalista e deixou um legado literário que continua a inspirar gerações, com uma obra que transcende o tempo e permanece viva na memória da literatura brasileira.

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Redação EdiCase
postado em 25/07/2024 12:36
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