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3 cuidados importantes com animais de estimação diabéticos

rinária explica como manter a saúde de cães e gatos que convivem com a doença

Diabetes também pode afetar os pets e, se não tratada, causa complicações graves (Imagem: Yaya Photos | Shutterstock)  -  (crédito: EdiCase)
Diabetes também pode afetar os pets e, se não tratada, causa complicações graves (Imagem: Yaya Photos | Shutterstock) - (crédito: EdiCase)

Assim como os humanos, os animais de estimação também podem ter diabetes. De acordo com dados do Programa de Cuidados ao Paciente Crônico da Petlove, 11% dos pets participantes, que possuem doenças crônicas, vivem com diabetes, uma enfermidade perigosa capaz de, em níveis avançados, acarretar cegueira súbita em cães e perda de peso lenta em felinos.

Assim, o acompanhamento médico é essencial para a saúde dos animais. Isso porque a diabetes é considerada uma doença crônica, que não tem cura. A médica-veterinária da Petlove Joana Portin explica que as causas da condição são multifatoriais. “Existem vários fatores que resultam na diabetes canina e felina. As mais comuns são obesidade e sedentarismo, mas não podemos ignorar a predisposição genética e o uso de corticoides, que podem acarretar a doença”, diz a especialista.

Sintomas da diabetes em animais

Para identificar os sintomas da doença, é preciso que os tutores estejam atentos aos animais, pois alguns sinais podem passar despercebidos. Entre eles, estão:

  • Sede excessiva;
  • Aumento da produção de urina;
  • Aumento do apetite;
  • Perda de peso;
  • Aumento da urina pela casa;
  • Acúmulo de formigas ao redor do xixi (podem passar facilmente despercebidos pelos tutores, ainda mais em casos em que não há acompanhamento veterinário).
Cachorro em uma sala de estar comendo
Manter uma rotina regular de alimentação é crucial para evitar oscilações nos níveis de açúcar no sangue do animal (Imagem: Tatyana Vyc | Shutterstock)

Cuidados com animais diabéticos

A prevenção é importante, mas aprender sobre o cuidado da diabetes em animais para que a condição não se agrave se torna ainda mais necessário. “O principal objetivo do tratamento é a diminuição da sintomatologia clínica por meio de um controle diário e contínuo da doença”, pontua a veterinária.

Para cuidar de pets diabéticos, deve-se manter uma rotina com dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, além de outras recomendações veterinárias. Joana Portin oferece algumas dicas que podem ajudar no cotidiano:

1. Alimentação adequada

Existem rações específicas no mercado para animais diabéticos, ricas em fibras e ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue. Além disso, uma dieta alimentar deve ser indicada por um médico-veterinário, como o endocrinologista e o nutrólogo, e normalmente inclui alimentos com até 30% de carboidratos ricos em fibras.

“O especialista deve determinar a frequência das refeições, ajustadas aos horários das injeções de insulina. Manter uma rotina regular de alimentação é crucial para evitar oscilações nos níveis de açúcar no sangue. A comida deve ser sempre servida na mesma quantidade e nos mesmos horários”, explica Joana Portin.

Segundo ela, também é essencial não oferecer alimentos humanos aos bichinhos diabéticos. “É sempre importante lembrar que animais diabéticos não devem consumir de maneira alguma doces, chocolates, petiscos não dietéticos e outros alimentos como pães, arroz e frutas com alto teor de açúcar natural”, alerta.

2. Atividade física e rotina

A atividade física deve estar alinhada com a dieta e a rotina de um animal diabético. “Essa prática é essencial para o controle da glicemia e é importante que o tutor mantenha o animal hidratado, para evitar desidratação e oscilações nos níveis de açúcar no sangue e garantir o bem-estar geral do pet“, complementa a médica-veterinária.

3. Seringas de insulina e castração

As doses de insulina no tratamento de pets diabéticos são diárias, assim como com os seres humanos. Porém, é importante ressaltar que a quantidade precisa ser prescrita exclusivamente por médicos-veterinários, que vão avaliar individualmente o caso. “No caso das fêmeas, a castração é altamente recomendada. Isso porque ela pode evitar que os hormônios interfiram na ação da insulina”, finaliza Joana Portin.

Por Gustavo Mattos

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Redação EdiCase
postado em 25/07/2024 08:08
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