As cobras são bichos fascinantes e podem ser opções interessantes como animais de estimação. Desde 1997, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) permite a criação de espécies não-peçonhentas, ou seja, aquelas que não possuem veneno ou cujo veneno não é potente o suficiente para causar danos significativos aos seres humanos.
Todavia, é importante que o animal seja comprado de um criadouro certificado pelo órgão federal. Além disso, ele deve ter um microchip, usado tanto pelo Ibama quanto pelo tutor para o monitoramento do animal. Ademais, é importante verificar as leis locais sobre a criação de cobras como animal de estimação. Isso porque algumas regiões podem ter restrições específicas ou exigir licenças.
Abaixo, confira 7 espécies de cobra que podem ser criadas legalmente!
1. Cobra-do-milho (Pantherophis guttatus)
A cobra-do-milho, originária da América do Norte, chama atenção por suas cores vibrantes e padrões distintos. Mede de 1,2 a 1,8 metros. Ela é uma escolha popular devido à sua natureza dócil e facilidade de manejo. Sua dieta consiste principalmente em pequenos roedores, como ratos e camundongos, tornando-a simples de alimentar.
2. Falsa coral (Lampropeltis triangulum)
A falsa coral se destaca pelas cores vibrantes e padrões de anéis vermelhos, pretos e brancos ou amarelos, que frequentemente a fazem ser confundida com cobras venenosas, como a coral-verdadeira. Essa semelhança serve como um mecanismo de defesa natural. Sua dieta é baseada em pequenos roedores, lagartos, aves e, ocasionalmente, outras cobras. Para mantê-la saudável, é necessário um terrário bem equipado com temperatura controlada, substrato adequado e esconderijos.
3. Gopher (Pituophis catenifer)
A cobra gopher, originária da América do Norte, é conhecida por imitar o comportamento de cobras venenosas, embora não seja uma delas. Sua coloração varia entre tons marrons, amarelos e cinza. Dócil e resistente, é uma excelente escolha para iniciantes em criação de répteis.
Para manter a saúde dessa espécie, o terrário deve ser espaçoso e manter uma temperatura controlada entre 26°C e 30°C. Além disso, é essencial proporcionar locais para ela se esconder, pois é uma escaladora habilidosa. Para garantir segurança, o terrário deve ser equipado com uma tampa segura para evitar fugas.
4. Píton (Python regius)
A píton, conhecida também como píton-real ou píton-bola, é nativa da África Ocidental. Ela apresenta cores variadas, incluindo tons de marrom, preto e creme, e tem o hábito de enrolar-se em formato de bola quando se sente ameaçada. Essa serpente se alimenta de pequenos mamíferos, como ratos e coelhos, e necessita de um terrário espaçoso com temperatura controlada para garantir seu bem-estar.
5. Boa rosada (Lichanura trivirgata)
A boa rosada é conhecida por sua aparência robusta e pela coloração que varia entre tons de marrom, cinza, vermelho e rosa. Encontrada principalmente no sudoeste dos Estados Unidos e no noroeste do México, ela é famosa pelo hábito de se enrolar em espiral quando se sente ameaçada. Essa cobra se alimenta de uma variedade de presas pequenas, incluindo roedores e, ocasionalmente, aves.
6. Jiboia (Boa constrictor)
A Jiboia é uma das cobras mais conhecidas no Brasil e pode ser criada em casa, desde que com os cuidados adequados. Por ser grande, podendo atingir até 4 metros de comprimento e pesar até 40 kg, precisa de um terrário espaçoso que permita movimentação adequada. Além disso, é essencial que o terrário tenha uma tampa segura, pois as jiboias são excelentes escaladoras, e a temperatura controlada.
7. Caninana (Spilotes pullatus)
A caninana pode ser encontrada em várias partes da América Central e do Sul, incluindo o Brasil. É reconhecida por suas cores vibrantes, com listras pretas, brancas e amarelas que a tornam facilmente reconhecível. É uma serpente ágil e excelente escaladora, adaptando-se bem a diferentes habitats, como florestas tropicais e áreas arborizadas. Sua alimentação geralmente inclui presas vivas.
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