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5 dicas para acertar na compra do apartamento dos sonhos

Arquiteta elenca pontos que devem ser analisados durante o processo de definição e escolha do novo lar

Alguns cuidados são importantes antes de fechar a compra do apartamento (Imagem: Evelyn Müller | Projeto: Escritório Marina Carvalho)
 -  (crédito: EdiCase)
Alguns cuidados são importantes antes de fechar a compra do apartamento (Imagem: Evelyn Müller | Projeto: Escritório Marina Carvalho) - (crédito: EdiCase)

A decisão de compra de um apartamento vem acompanhada por um pacote de avaliações a ser considerado antes de fechar o negócio. Além da parte financeira, a aquisição chega com a organização do universo de planos e ideias que definirão o presente e o futuro dos moradores.

Por isso, o processo requer uma boa dose de calma e parcimônia para encontrar um local que reúna as características desejadas, bem como a localização e as condições físicas – principalmente quando se trata de um imóvel usado.

Acostumada a prestar suporte aos seus clientes ainda no processo de definição e escolha da nova casa, a arquiteta Marina Carvalho, à frente do escritório que leva seu nome, enfatiza que essa fase, antes do fechamento do negócio, é primordial.

“Na lista de desejos que cada um de nós espera encontrar no novo imóvel, vale elencar quais são os principais a serem alcançados. Além disso, estipular uma verba que comporte tanto a obtenção quanto as benfeitorias, que serão realizadas na reforma, é muito importante para não haver dificuldades mais adiante. A visão precisa ser o mais realista possível”, relata.

Considerando isso, a arquiteta elenca 5 dicas para você não errar na escolha do seu imóvel dos sonhos. Confira!

1. Observe a localização do imóvel

Para a arquiteta Marina Carvalho, a localização é um dos critérios empregados como ponto de partida. Principalmente em grandes cidades como São Paulo, isso interfere diretamente no bem-estar e em uma rotina mais tranquila para os moradores. 

Observar o volume diário de trânsito bem como a proximidade de escolas, farmácias, padarias, supermercados e hortifrutis é uma maneira de avaliar como será a rotina diária após uma possível compra do imóvel. Estar mais perto do trabalho e ter os estabelecimentos comerciais mais próximos otimiza e facilita a vida das pessoas.

“Quando sou contratada pelos clientes com antecedência, costumo não recomendar a compra de imóveis situados em grandes avenidas, uma vez que o trânsito pesado, o alto índice de ruídos e a poluição podem acabar desvalorizando o edifício e interferem na satisfação e felicidade”, relata. 

Ainda segundo ela, a vista também deve ser ponderada. “Pensando no mercado imobiliário de São Paulo, é muito comum um prédio bem próximo ao outro. Esse urbanismo implica na falta de privacidade, uma vez que as janelas ficam alinhadas umas às outras”, adverte.

2. Fique atento à documentação

É preciso estar atento à documentação existente antes de adquirir o imóvel. Para tanto, o número de matrícula permite que o possível comprador possa buscar pela certidão do registro em um cartório e, assim, consultar todo o histórico da construção. 

Em paralelo, uma consulta na prefeitura evita a surpresa de receber, posteriormente, débitos atrasados de IPTU e outras taxas que não foram quitadas pelo antigo proprietário. “A visita ao cartório também ajuda no sentido de averiguar pendências físicas ou financeiras para a transferência de nome”, orienta Marina Carvalho.

Varanda de um apartamento com sofás e plantas
Andares elevados proporcionam uma bela vista e evita ruídos externos (Imagem: Evelyn Müller | Projeto: Escritório Marina Carvalho)

3. Opte pelos andares superiores do edifício

Uma dúvida bastante recorrente diz respeito ao andar do apartamento. É melhor ficar nos andares mais próximos ao térreo ou nas alturas? A profissional é enfática em aconselhar a compra em andares superiores como forma de evitar os barulhos que fazem parte do cotidiano externo, como o trânsito e a área de lazer do condomínio – quadras, piscina e salões de festa –, principalmente aos finais de semana.

E o conselho vem acompanhado por outra observação que não pode ser esquecida: a impermeabilização. “É muito frequente que apartamentos próximos à cobertura sofram com problemas derivados da baixa pressão de água do edifício. Por isso, essa pergunta não pode ser deixada de lado”, ressalta Marina Carvalho.

4. Conheça a vizinhança

Na compra de um imóvel na planta fica mais complicado saber, mas quando o edifício já está habitado, não abra mão de conhecer o comportamento dos futuros vizinhos. Uma conversa informal com os condôminos pode indicar a satisfação (ou não) com os residentes e as regras do prédio.

“Uma leitura prévia da ata constituída na assembleia geral evita muitos dissabores”, enfatiza a arquiteta, que já presenciou inúmeras ocasiões em que vizinhos passaram por desentendimentos por conta de uma convivência conflituosa. “Para a realização da obra, nossa equipe é extremamente meticulosa para evitar reclamações por conta de barulhos e poeira. Não abro mão de fecharmos o dia de trabalho com uma limpeza”, destaca.

5. Cuidado ao comprar um apartamento novo ou usado

Comprar um apartamento novo ou usado implica em diferenças a serem analisadas pelo comprador. De acordo com Marina Carvalho, a aquisição de imóveis na planta ou em construção demanda a busca pelo histórico da construtora no mercado e a visita em outros empreendimentos realizados pela empresa. “Esse cuidado é valioso para conhecer a qualidade construtiva, a integridade e o compromisso com a entrega da obra no prazo prometido”, adverte.

Já no caso de apartamentos usados, o olhar é voltado para questões relacionadas à estrutura (como hidráulica e elétrica) e a possibilidade de benfeitorias, como a instalação de ar-condicionado, que deixou de ser um luxo para se tornar um pedido recorrente dos clientes. 

Ainda sobre o equipamento, Marina Carvalho explica que, quando o imóvel é bastante antigo, invariavelmente, as instalações elétricas não comportam o uso, gerando a necessidade da substituição da fiação e do quadro de energia – sem contar a readequação do número de tomadas dispostas nos ambientes e o cabeamento.

Por Leonardo Sandoval

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EdiCase
postado em 12/07/2024 14:06
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