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Alerta contra o frio: veja quais medidas tomar para proteger os pets

Com a chegada do outono, os cuidados para garantir o bem-estar do pet precisam redobrar, já que os peludos também sofrem com as alterações climáticas. Doenças respiratórias, oftálmicas e dermatológicas podem surgir

Quando o frio chega, é normal que o cobertor ou o agasalho faça parte da rotina de muita gente. No entanto, essas atenções não servem apenas para os humanos. Tutores de pets precisam estar atentos a períodos com temperaturas mais amenas, já que os peludos também sofrem com as alterações climáticas. 

De acordo com a veterinária Iamylle Carmo, as temperaturas diárias tendem a diminuir nesta época do ano, pois o outono, que começou em 20 de março e vai até 21 de junho, prepara a chegada do inverno. Com isso, é natural que os animais sintam mais frio ou possam, até mesmo, desenvolver algumas doenças em razão da mudança.

Fotos: Arquivo pessoal - Elo é a pet da tutora Luiza Dantas, que afirma tomar todos os cuidados nesta época de outono para que a cadela não desenvolva nenhuma doença

"As doenças mais comuns do outono são a gripe e a tosse dos canis para os cães. E, para os gatos, a rinotraqueíte", detalha a profissional. Segundo Iamylle, o ideal é que os tutores mantenham o animal o mais agasalhado possível. Além disso, ela ressalta a importância de garantir que o pet não saia tanto de casa. "Mantenha seus animais dentro de casa, cuide para que não fiquem expostos ao frio ou ao vento e, se possível, coloque um umidificador nos ambientes onde eles mais ficam, para evitar alterações relacionadas à seca de Brasília", acrescenta.

Cuidado 

Seguindo à risca todas as recomendações, Luiza Dantas, 22 anos, é tutora da pet Elo. A jovem afirma que os cuidados em casa são redobrados para garantir o bem-estar da cadela. "Tentamos, ao máximo, não deixar que ela pegue vento e, como ela tem o pelo mais longo, evitamos deixá-la molhada após beber água, para que não fique gripada ou tenha alguma doença na pele", completa.

A temperatura da água, seja para hidratação, seja para banho, é sempre fresca. A alimentação saudável e as vacinas em dia mantêm a lista de orientações para cumprir com a pequena Elo. De acordo com Luiza, é fácil saber quando a pet está com frio, já que costuma se encolher e procurar espaços mais fechados para se aquecer.

Reprodução/Unsplash/Matthew Henry - Shih-tzu, lhasa apso, yorkshire, pug e buldogue francês estão mais suscetíveis a alterações oftálmicas nesta época

"Ela tem roupa para todas as ocasiões, e temperaturas mais baixas é uma delas. Geralmente quando está mais frio, colocamos pijamas felpudos para que ela possa ficar mais quente. A Elo tem uma casinha com cobertores, mas prefere mesmo dormir com a gente, fica só de vez em quando nessa área destinada a ela", afirma.

Até agora, pelo menos, os avisos dados pela veterinária estão sendo bem cumpridos, uma vez que a pet não sofreu com nenhuma doença séria. No máximo, uma gripe, segundo a tutora, mas nada que tenha preocupado a família, que é muito apaixonada pela cadela.

Recomendações

O aumento da incidência de alterações respiratórias, oftálmicas e dermatológicas nos animais de pequeno porte destacam a atenção necessária para o outono, conforme explica Bruno Alvarenga, professor de medicina veterinária do Ceub.
"Com baixa na produção lacrimal, raças como shih-tzu, lhasa apso, yorkshire, pug e buldogue francês estão mais suscetíveis a alterações oftálmicas nesta época. No entanto, independentemente da raça, deve-se ficar atento a olhos avermelhados, coçando, com aumento de secreção ou dificuldade para se manter abertos, pois são sinais de algo errado", orienta.

Já as alterações respiratórias, na avaliação do especialista, são mais comuns em animais mais velhos e em raças braquicefálicas, devido às baixas temperaturas, ao ressecamento do ar e ao aumento de partículas suspensas no ar. "Quando presentes, costumam se manifestar em alterações nos ruídos respiratórios, dificuldade para respirar, secreção nasal, perda de apetite e redução da atividade do pet", completa.

Para amenizar essas alterações, o veterinário recomenda o uso de umidificadores de ambiente e estimular a ingestão de água do animal, seja aumentando o número de potes, oferecendo-a gelada ou com gelo, seja disponibilizando picolés de frutas ou outros meios.

Quanto às alterações dermatológicas, expressas muitas vezes por perda de pelo, coceira e vermelhidão da pele, em muitos animais, pode ser evitada aumentando o intervalo entre os banhos e utilizando produtos veterinários de qualidade. Caso seja observada alguma dessas alterações, é recomendado buscar atendimento médico veterinário para obter um diagnóstico e iniciar o tratamento da alteração, a fim de evitar uma evolução desfavorável do quadro.

 

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