Um garoto de apenas 4 anos tem viralizado nas redes sociais com vídeos nos quais aparece falando sobre assuntos ligados à área da saúde. Davi Milhomem aprendeu a ler aos 2 anos e alcança quase 800 mil seguidores no Instagram. No perfil administrado pela mãe, a autônoma Erica Pereira da Silva, é possível acompanhar a paixão do pequeno pelos estudos e o carinho dos seguidores, por meio dos comentários. "Muito gente boa, fiz meu pré-natal com ele", brincou uma internauta. "Ele deveria ter sido meu professor de anatomia, teria aprendido muito mais", comentou outro. A família mora em Goiânia, em Goiás.
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Érica revela que, desde a introdução alimentar, Davi assiste a desenhos educativos. "O tempo de tela dele é pouco, e sempre comigo junto. Ele não passa de 30 minutos por dia, 20 minutos pela manhã e depois mais 10 minutos. A gente tenta fazê-lo ter uma rotina normal de criança, tem que brincar, e ainda tem as sonecas da tarde."
Nesses poucos minutos de tela, Davi aprendeu o alfabeto com 1 ano de idade e a ler com apenas 2. "No início, a gente achava que ele tinha aprendido a ler porque era estimulado. Começamos a perceber que era mais do que isso quando
ele começou a falar os nomes das bandeiras de diversos países. Fiquei chocada! Ele assistia a um canal que falava sobre todo tipo de assunto e encontrou as bandeiras. Como era Copa do Mundo, estávamos assistindo à televisão enquanto ele almoçava, apareceu a bandeira da Argentina, e e ele reconheceu. Fiquei surpresa e comecei a perguntar os nomes das outras que iam surgindo, e ele acertou todas. Fiquei sem reação!", explica.
Paixão por assuntos relacionados à saúde
A paixão de Davi pelo corpo humano e seu funcionamento surgiu após o garoto ver um esqueleto em um livro infantil de biologia. "A partir daí, ele começou a falar que iria ser cardiologista. Quando se interessa por determinado assunto, ele me pede para pesquisar", relata.
Davi é prematuro extremo, nasceu com 29 semanas e 735 gramas, após sua mãe sofrer pré-eclâmpsia. Foram quase dois meses na UTI até receber alta. Desde recém-nascido, o garoto se mostrava "calmo" e impressionava os profissionais de saúde. "As médicas falavam que ele não participava do plantão, que estava só hospedado. Apesar de ter nascido muito pequeno, não precisou da máquina de oxigênio."
Davi ainda não frequenta escola ou creche, tudo o que sabe é por meio de livros, vídeos e perfis de médicos na internet. O casal está dando início ao acompanhamento psicológico particular do filho, devido a dificuldades com o plano de saúde, que tenta direcionar a consulta para o formato on-line, mas os pais preferem o atendimento presencial. "Os psicólogos marcaram três consultas, cada vez que íamos era um profissional diferente. O último nos informou que os psicólogos do plano não fazem esse tipo de acompanhamento com crianças e que só atendem a adultos com depressão. Desde esse dia, não marcamos mais", lamenta.
Recentemente, Davi tem se interessado por outros idiomas. Aprende ouvindo músicas infantis e já consegue formar pequenas frases. "Aprende ouvindo músicas infantis em inglês, com legenda em inglês. Ele vai perguntando o significado das palavras que não conhece", relata a mãe.
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*Estagiária sob supervisão de Samuel Calado