Os pets são bons companheiros e ajudam a tornar a rotina mais leve e divertida. Porém, alguns bichinhos podem apresentar comportamentos agressivos, ansiedade ou medo extremo, o que traz dor de cabeça para os tutores. Para acalmar os pets, alguns produtos foram criados, como os feromônios sintéticos, substâncias que ajudam na sensação de conforto do bichinho.
Esses poderosos compostos são naturalmente liberados no ambiente por cães e gatos em determinadas situações. De acordo com a médica veterinária Marina Arrizabalaga, as fêmeas produzem durante a amamentação, fazendo que os filhotes se sintam seguros e tranquilos. "Os gatos também liberam os feromônios faciais ao se esfregarem em objetos", completa a doutora.
Os produtos com feromônios disponíveis no mercado pet imitam esses aromas naturais. "Isso proporciona aos animais sensação de bem-estar, sendo assim indicados para tratamento de distúrbios comportamentais", explica Marina. Segundo a médica, o feromônio é percebido pelo cão ou gato — mas não por humanos — por meio de um órgão olfatório que leva a informação de calma diretamente para o cérebro do animal.
Saiba Mais
-
Revista do Correio Dormência constante nas mãos pode indicar lesão do esforço repetitivo
-
Revista do Correio Cidade mais alemã do Brasil celebra a chegada da Páscoa
-
Revista do Correio Alimentação otimizada: como utilizar os suplementos na dieta dos pets
-
Revista do Correio Veja como transformar um apartamento alugado em um lar
-
Revista do Correio Conheça quatro características do gato da raça himalaio
-
Revista do Correio Confira sete dicas para pintar o cabelo em casa
De acordo com o professor e médico veterinário Ciro José, esse método é estudado há cerca de 20 anos e é muito utilizado para gatos, pelas suas características individuais, mas pode ser usado em cães também. Além disso, o produto não tem contraindicação, e os efeitos adversos são raros, ocorrendo somente se o animal possui alguma alergia aos componentes da fórmula.
Como utilizar
Existem várias formas de liberar os feromônios no ambiente, a depender do modelo do produto. Um dos mais comuns são os de spray, que podem ser borrifados nos objetos dos pets, como caminhas e cobertores. "O produto deve ser aplicado com algum tempo de antecedência, por exemplo, o pet vai usar caixa de transporte, borrifa-se o item na caixa de transporte 15 minutinhos antes", explica Ciro.
Outro alternativa é por meio de difusor, que promove um ambiente acolhedor e familiar de forma suave. O uso do difusor é contínuo, funcionando de forma parecida com modelos de essências usadas para perfumar a casa, basta plugar na tomada e aguardar. É necessário apenas tomar cuidado para não colocar o objeto muito perto dos animais, pois possui álcool na composição, o que pode causar irritação nos pets.
De acordo com a médica veterinária Marina Arrizabalaga, tanto os sprays ambientes quanto os difusores podem ser utilizados em situações desafiadoras, que possam causar estresse nos animais. "Viagens, idas ao veterinário, adaptação de filhotes, brigas com outros animais da casa, medo de barulhos, marcação territorial com urina e fezes em locais inadequados e comportamentos compulsivos são alguns exemplos", afirma Marina. Porém, cada caso deve ser avaliado por um médico veterinário, que indicará qual opção é mais adequada para o pet.
Além desses tipos de feromônios, existem também os de via oral e opções em pasta. Para o tratamento via oral é recomendado consultar um profissional da área para indicar dosagens e cuidados do uso. No caso do feromônio em pasta, o suplemento pode ser misturado na comida para acalmar os bichinhos.
Utilizando na prática
Comumente usados na adaptação de pets, os feromônios sintéticos ajudaram Maíra Muniz no processo de adoção de Amora e Pandora, duas gatas filhotes. A cat sitter, cuidadora profissional de gatos, utilizou por indicação de três veterinárias, tanto no modelo de difusor quanto em spray.
Além de ter usado na própria casa, a profissional também utiliza na casa dos seus clientes. "Na adaptação, uso no ambiente mais próximo do local da divisão de ambientes, como um corredor. Já para mudança de casa, é colocado dentro do espaço do gato, mudando depois para o maior ambiente", destaca.
A cat sitter utiliza majoritariamente na adaptação de um novo gato e na chegada de bebê. "Os resultados todos foram positivos, em muitos casos a adaptação progrediu muito mais rápido e o estresse da chegada do bebê foi amenizada", finaliza Maíra.
*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira