Festa, brincadeira e música podem ser sinônimos de estresse para os animais de estimação. Porém, isso não significa que você e seu pet não possam curtir a folia juntos. De acordo com o médico veterinário Eliosmar Ribeiro, tomando os cuidados necessários, o carnaval pode ser proveitoso tanto pelos tutores quanto pelos animais. "É possível aproveitar bastante esta época e curtir os bons momentos juntos, sempre observando o que o pet está demonstrando", afirma.
Para os tutores de gatos, porém, a recomendação do adestrador e apresentador Alexandre Rossi é de que os felinos fiquem em casa durante a folia, pois os bloquinhos de carnaval são lugares que podem deixá-los muito assustados. "Os gatos, de uma maneira geral, já são estressados, ainda mais num bloquinho", diz o profissional.
No caso de levar o cachorro para a folia, Alexandre alerta que identificar o pet, seja com um microchip, seja com uma coleira, é de grande ajuda em possíveis momentos de medo, em que o pet pode acabar fugindo ou se perdendo. "Numa situação que você não imaginava, o cachorro pode escapar, e aí tem mais chance de alguém encontrar e devolver", justifica.
O carnaval concentra muitas pessoas, barulho e tumulto, então, se você deseja levar o cachorro, é importante escolher um bloquinho mais calmo e com menos foliões, para que se tenha a melhor experiência possível. "Procure sempre deixá-lo em local tranquilo, mais fresco e longe do sol, e não submetê-lo a muito tempo nesse evento, pois o barulho, o calor e toda a agitação podem estressá-lo", aconselha o veterinário Eliosmar Ribeiro.
Além disso, a temperatura alta desta época do ano deve ser motivo de atenção com os animais. Segundo o adestrador Alexandre Rossi, é importante mantê-los hidratados e estar atento aos sinais de que o cachorro possa estar passando calor. "Se ele está com a boca muito aberta e a língua para fora, respirando bastante, é um sinal de que ele está com muito calor", alerta.
Levar uma garrafinha de água é essencial para que o pet se hidrate durante a brincadeira e também para que você possa molhá-lo de tempos em tempos, ajudando a mantê-lo refrescado e confortável. Além disso, é importante estar atento com a temperatura do chão, pois o asfalto muito quente pode acabar queimando as patinhas do animal. "Eu sei que não é muito higiênico, mas eu ponho a mão no chão para ver se tá muito quente. Se está queimando a minha mão, eu levanto o cachorro e pego no colo", explica Alexandre.
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Alguns itens indicados pelo adestrador, como um brinquedo ou um petisco que o bichinho goste, funcionam como uma forma de identificar quando o passeio está deixando de ser divertido para o pet. "Se ele gosta de brincar e não quer mais brincar, ou se ele é guloso por um petisco e está rejeitando, significa que não está mais legal", indica.
Segundo Alexandre Rossi, para curtir a programação carnavalesca com o pet, é imprescindível estar preparado para colocar o bem-estar do animal em primeiro lugar. "Tem que estar em condições de estar observando e até abortar o programa se acontecer algo inesperado", afirma. Depois de todas essas dicas, você já está pronto para pular o carnaval com segurança e alegria junto com o seu animal de estimação.
Fantasiar ou não o pet?
Com o kit pronto para manter o conforto e a diversão do animalzinho, há ainda quem queira fantasiá-lo para entrar ainda mais no clima da festa. Afinal, quem nunca se derreteu de fofura ao ver um cachorro ou um gato com uma roupinha? No carnaval, isso acontece com ainda mais frequência. As opções vão de tule e roupas até uma variedade imensa de acessórios.
Se você deseja deixar o seu bichinho com um ar carnavalesco utilizando roupas e acessórios, é importante estar atento para o conforto do pet. Segundo o veterinário Eliosmar Ribeiro, as roupinhas são recomendadas para aqueles animais que já são acostumados, sempre respeitando o limite deles. “Não colocando roupinhas quentes que o incomodem e/ou limitem sua movimentação”, exemplifica o profissional.
Caso o pet não esteja habituado com peças maiores, o segredo é apostar em pequenos acessórios que não o incomodam e ainda garantem um ar divertido, como bandanas, fitas, gravatas e chapéus. Tintas e glitter só são indicados se forem produtos próprios para animais, pois, caso contrário, podem ser prejudiciais. “Produtos como estes na linha humana, além de espumas e confetes, podem causar prejuízos à saúde do animal se ingeridos, ocasionando em vômitos, diarreia e alergias”, diz Eliosmar.
Portanto, quando você estiver se preparando para a folia, é importante ficar atento para não derrubar ou deixar esses materiais em locais de fácil acesso para o bicho. Além disso, no bloquinho, é essencial prestar atenção no que o animal está curioso e no que ele pode acabar ingerindo, evitando espumas, teias de aranha e confetes.