Tudo em Dubai é superlativo. Por lá, fica o prédio mais alto já construído pelo homem, o Burj Khalifa, com 828 metros; o maior shopping do planeta, o Dubai Mall, com mais de 1.200 lojas; a piscina com borda infinita mais alta do mundo, no 77º andar do Address Beach Resort; e tantos outros marcos que, nos últimos anos, têm voltado as atenções para a cidade. O mais impressionante, porém, nem são os números exagerados, mas o fato de que, até a década de 1960, Dubai não passava de um vilarejo com pouco mais de 40 mil habitantes, a maioria beduínos e pescadores.
Com a descoberta de petróleo no território, a consolidação do comércio, com a abertura de portos, e o incentivo fiscal para a instalação de grandes empresas globais, Dubai se tornou um dos maiores polos turísticos do mundo e sonho de consumo para muita gente em busca de um destino de luxo. Mas nem só de ostentação vive a cidade banhada pelo Golfo Pérsico (ou Arábico, como os moradores preferem chamar) e encravada no Deserto da Arábia.
Com cerca de 3,5 milhões de habitantes, sendo 90% estrangeiros oriundos de mais de 200 nacionalidades, Dubai é uma das sete cidades-estados que formam os Emirados Árabes Unidos. Fervilhante e extremamente cosmopolita, oferece gastronomia diversificada e atrações para todas as idades e todos os gostos. Apesar de ser uma monarquia absoluta, comandada pela família Al Maktoum desde 1833, os turistas e os moradores estrangeiros têm liberdade para se vestir como quiserem e andarem com segurança pelas ruas — aliás, segurança é uma das sensações que mais se tem por lá.
Durante uma semana, um grupo de jornalistas brasileiros, a convite do Departamento de Economia e Turismo de Dubai, participou de um tour cujo foco principal era a gastronomia, mas que se estendeu por visitas a museus, ao deserto, a mercados e a hotéis de luxo, que são uma atração à parte.
A bordo do maior avião do mundo
A aventura já começa no traslado até a cidade a bordo da maior aeronave do mundo de transporte de passageiros, o imponente A380. A Emirates, companhia aérea de Dubai, oferece voos diários saindo de Guarulhos (SP). O avião em que embarquei transportava, naquele dia, 545 pessoas. Isso porque haviam 76 assentos na executiva e 14 na primeira classe, mas o modelo pode levar até 853 indivíduos, caso tenha apenas a opção econômica.
Na primeira classe, há até chuveiro para os sortudos passageiros e poltronas que se transformam em cama. Na área econômica, onde viajei, as cadeiras são mais confortáveis e espaçosas que as de aeronaves convencionais e há vários atrativos com filmes, séries, jogos e músicas para aguentar as 14 horas e 20 minutos de voo. Como o fuso horário de Dubai está sete horas à frente de Brasília, nós embarcamos à noite em São Paulo e chegamos à noite ao nosso destino.
As muitas horas de voo e o jet lag são um convite ao cansaço, mas nada de desânimo, pois, apesar de relativamente pequena, Dubai tem muito a se ver.
De olho daqui a 50 anos
Os prédios altos, as rodovias largas, o metrô automatizado e o espetáculo de luzes dão um ar futurista a Dubai, que parece estar sempre com um olhar à frente. Um dos mais recentes cartões postais da cidade é, justamente, o Museu do Futuro, que projeta a humanidade daqui a 50 anos. Inaugurado em fevereiro do ano passado, o imponente prédio, revestido em aço, destaca-se pelo uso artístico da caligrafia árabe, que também funciona como janelas de vidro.
Nos escritos, estão trechos de poesias do sheik Mohammed bin Rashid Al Maktoum, vice-presidente e primeiro-ministro dos Emirados Árabes e governador do Dubai, cuja imagem está presente a cada dois arranha-céus e que é dono da maior parte da cidade. O interior do prédio também impressiona. Logo somos agraciados pela presença de um simpático robô em forma de pinguim que sobrevoa todo o pátio de entrada.
Ao entrar no elevador que leva à primeira parte da aventura, somos saudados por uma jovem árabe, Aya, criada por inteligência artificial, que nos guia na visita. A subida simula uma viagem espacial, com o elevador fazendo as vezes de foguete.
Cada andar do museu foi projetado como um cenário de filme interativo, e os tópicos em foco incluem o futuro das viagens espaciais, as mudanças climáticas e o meio ambiente, a saúde, o bem-estar e a espiritualidade. Um dos espaços mais impressionantes é o que exibe amostras de DNA de 2,4 mil animais, plantas e sementes armazenados em iluminados tubos de vidro.
Serviço
O ingresso para o Museu do Futuro custa cerca de R$ 190 e o ideal é que seja comprado com a antecedência no site oficial https://museumofthefuture.ae/en.
Conhecer o passado para entender o presente
Ter um prédio que se destaca em meio a tantas torres suntuosas em Dubai não é exatamente uma tarefa fácil. Mas é impossível o Museu Frame passar despercebido, sobretudo por seu formato único — como o próprio nome sugere, a construção é em formato de uma moldura de quadro.
São duas torres com 150 metros de altura ligadas por uma ponte de 93 metros de largura. Do alto, é possível ver o bairro histórico de Dubai, ao norte, e a paisagem urbana moderna, ao sul. Um dos pontos marcantes da visita é atravessar os 50 metros de comprimento da ponte de vidro opaco. Para quem tem medo de altura, fica o desafio: conseguir olhar para baixo enquanto caminha como se estivesse andando no ar, a 150 metros do solo. Assustador, confesso, mas fascinante.
O museu faz um elo entre o passado e o futuro. Antes de subir a torre à esquerda, é possível conhecer um pouco da história de Dubai, contada com tecnologia de ponta, combinando animações e efeitos holográficos com música tradicional e sensações aromáticas para transportar os visitantes no tempo.
Ao descer da torre mais à direita, chega-se ao futuro. Um túnel do tempo imersivo mostra como Dubai deverá ser daqui a 50 anos, com táxis voadores, vida subaquática e missões ao espaço. Atração imperdível!
Serviço
O ingresso para o Museu Frame custa cerca de R$ 65 e o ideal é que seja comprado com a antecedência no site oficial https://www.dubaiframe.ae/.
Dica importante
O melhor período para visitar Dubai é entre os meses de outubro a maio, quando as temperaturas ficam mais amenas — leia-se acima dos 30ºC. De junho a setembro, os termômetros podem atingir aos 50ºC, um calor que muitos afirmam beirar o insuportável. Mas, para quem acha que consegue encarar o clima inóspito, nessa época, os preços de hotéis e restaurantes caem consideravelmente e ainda há outra vantagem: as lojas entram em liquidação. Lembrando que, em praticamente todos os ambientes da
cidade, o ar condicionado está sempre ligado com baixas temperaturas.
Passado e futuro de mãos dadas
Quando se fala de Dubai logo vem à mente o imponente Burj Khalifa, o icônico hotel em forma de vela de barco ou a ilha das Palmeiras, construída magistralmente pelo homem. Esses e outros cartões-postais, de fato, impressionam, mas há muito a se desbravar na parte antiga da cidade, onde, inclusive, fiquei hospedada.
O Al Seef Heritage, um hotel da rede Hilton, fica no tradicional bairro de Al Seef, em meio aos souks e às margens do Dubai Creek, antigo porto onde os comerciantes traziam mercadorias. Os quartos ficam em bayts (casas árabes típicas), mas com todo o conforto que a modernidade oferece. As tradicionais torres de vento construídas em pedra, gesso, madeira de palmeira e sândalo permanecem preservadas.
A poucos metros dali, fica o histórico bairro de Al Fahidi e o souk do ouro e das especiarias na outra margem do lago, parada obrigatória para quem quer vivenciar uma autêntica cidade árabe. A infinidade de temperos e frutas fica exposta em barracas coloridas e aromáticas. Mais adiante, as lojas oferecem peças em ouro e pedras preciosas, como diamantes e pérolas. Todas as mercadorias são cuidadosamente regulamentadas pelo governo do Dubai para garantir a autenticidade das joias. De deixar o queixo caído!
Pegue uma das abras, antigas embarcações, para atravessar o Creek e ir ao souk de tecidos, onde é possível encontrar artigos de decoração, roupas e acessórios árabes típicos. O tráfego de barcos é intenso e a passagem custa pouco mais de R$ 1. Não importa se você esteja comprando joias, temperos ou roupas, uma coisa é certa: a pechincha é obrigatória e os comerciantes esperam por isso. Barganhe, finja desinteresse e, mesmo que queira muito o objeto, afirme que não levará por aquele valor. Garanto que os preços vão despencar.
A beleza dos arranha-céus
Já em Downtown ficam algumas das principais atrações da cidade, como a Burj Khalifa e o complexo do Dubai Mall, com sua fonte de água e luz. No shopping, com mais de 1.200 lojas, é possível visitar ainda o gigante aquário da cidade. Para os amantes da moda de luxo, mais de 70 butiques de grife chamam a atenção, incluindo a Bloomingdale's e a Galeries Lafayette, a primeira no Oriente Médio.
Do ladinho, fica o cartão postal mais conhecido da cidade, o Burj Khalifa e os seus monumentais 828 metros de altura. Inaugurado em 2010, parte do prédio é ocupado pelo Hotel Armani e outra por residências e escritórios. A vista inigualável pode ser apreciada de duas plataformas de observação — a At the Top, nos 124º e 125º, e em outra a 555 metros de altura, no 148º andar. Os bilhetes custam a partir de R$ 225. Uma dica: compre com antecedência, no site oficial (https://www.burjkhalifa.ae/en/index.aspx), pois, provavelmente, eles estarão esgotados no momento da visita.
Curiosidade
Apesar de os muçulmanos não consumirem bebida alcoólica, a venda não é proibida no país. Mas, como para obter a licença de comercialização, é cobrada uma alta taxa, poucos estabelecimentos oferecem a opção. E, quando oferece, os preços são bem salgados.
Desfrutando do mar e do luxo
Os bairros de Palm Jumeirah, Jumeirah e Marina Dubai, provavelmente, hoje, concentram os endereços mais caros da cidade. A região, próxima ao mar, abriga restaurantes, lojas, condomínios, hotéis de luxo e uma das mais impressionantes construções feitas pelo homem: a ilha artificial erguida a partir de terra recuperada numa série de arquipélagos artificiais. A Palm Jumeirah tem a forma de uma palmeira quando vista do alto.
Nessa área, tive a oportunidade de visitar dois dos mais luxuosos hotéis de Dubai. Um dos ícones da arquitetura da cidade, o Burj Al Arab, aquele prédio em forma de vela, é conhecido pelo status, propagado durante a inauguração, de ser o único sete estrelas do mundo, o que lhe rendeu uma cobiçada lista de hóspedes VIPs e celebridades de todo o planeta. Construído em sua própria ilha, o edifício tem 321 metros de altura, proporcionando uma vista incrível do Golfo Pérsico.
As diárias para um casal começam a partir de aproximadamente R$ 7 mil e podem chegar a quase R$ 60 mil, lembrando que os preços são rotativos e variam bastante. Mas, para quem não tem condições de bancar a estadia, o Al Arab oferece pacotes para o visitante que deseje passar o dia no complexo de piscinas do local. De segunda a quinta, é possível desfrutar o lugar exclusivo por aproximadamente R$ 665, e sábado e domingo por R$ 950. Detalhe: metade do valor é convertido em consumação.
Se o Burj Al Arab é considerado sete estrelas, o que dizer, então, do exclusivíssimo Atlantis - The Royal, inaugurado no início do ano com um show de Beyoncé? Criado pelos principais designers, arquitetos e artistas do mundo, o hotel tem 795 elegantes quartos, suítes e coberturas, sendo que 44 delas contam com piscinas infinitas privativas. Ao todo, são 17 restaurantes, alguns, inclusive, com estrela Michelin, praia exclusiva, parque aquático e aquário. As diárias para um casal começam, em média, a R$ 4 mil, e podem chegar a R$ 48 mil.
Se você quer ficar na região de Jumeirah, mas não pretende pagar diárias tão altas, o Sofitel Dubai The Palm é uma boa opção. O resort é luxuoso, confortável e ideal para quem viaja com a família, já que oferece muitas atrações para as crianças. Inspirado na arquitetura da Polinésia Francesa, o local oferece praia privada, de onde assistimos ao lindo pôr do sol.
A piscina no 77º andar
Uma das experiências marcantes da viagem foi passar uma tarde na piscina com borda infinita mais alta do mundo, de acordo com o Guiness Book, a 293,906 metros de altura. Ela fica no Adress Beach Resort e tem uma vista estonteante para o Golfo Arábico e a Jumeirah Beach. Inesquecível!
Profusão de sabores
Reza a lenda que é possível passar 12 anos comendo em diferentes restaurantes de Dubai sem nunca repetir uma refeição. De fato, a gastronomia local chama a atenção por sua variedade e qualidade. Como 90% dos moradores são forasteiros, praticamente todas as cozinhas do mundo são representadas por lá — há desde fiéis representantes da comida de rua a casas premiadas.
Para se ter uma ideia de como a gastronomia é levada a sério, Dubai só entrou no tradicional Guia Michelin, que classifica os melhores restaurantes do mundo, em 2022, e, em duas edições, já conta com uma casa com duas estrelas e 11 com uma estrela. Sem falar nas 17 agraciadas com o título de Bib Gourmand, que reconhece lugares que oferecem excelente culinária a preços razoáveis. Para se ter ideia do feito, o Brasil, um país com dimensões continentais, tem praticamente a mesma quantidade de restaurantes estrelados: 14, concentrados no eixo Rio-São Paulo.
Como o foco de nossa viagem era o turismo gastronômico, tive acesso a excelentes restaurantes, alguns, inclusive, com preços compatíveis aos praticados em Brasília. Um desses com ótimo custo-benefício é o rústico Al Fanar, localizado no souk de Al Seef, mercado que, aliás, vale a visita. A casa, indicada pelo Guia Michelin como Bib Gourmand, é uma fiel representante da cozinha dos Emirados Árabes.
Os pratos são fartos e a especialidade são os frutos do mar. Comi um prato em que vinha um mix de peixe, lulas e camarões sobre uma cama de baby shark desfiado com especiarias e arroz que custou, em média, R$ 130. Detalhe: dava para alimentar uma família de quatro pessoas. O Al Fanar, assim como muitos restaurantes de Dubai, não vende bebida alcoólica.
Outro local onde se come bem a preços competitivos é o TimeOut Market, localizado no complexo que engloba o Dubai Mall e o Burj Khalifa. Trata-se de uma espécie de praça de alimentação que reúne restaurantes com cozinha do mundo inteiro. Eu comi um delicioso bacalhau, com ponto perfeito, do português Lana Lusa.
Uma dica é, ao fim da tarde, sentar-se na varanda do TimeOut, que fica de frente para o lago artificial do Dubai Mall, e assistir ao show das águas dançantes, que ocorre a cada 15 minutos. A partir das 18h, as fontes são iluminadas, proporcionando um espetáculo único, com o Burj Khalifa ao fundo. Lá, foi um dos poucos lugares, além de hotéis e alguns restaurantes, onde encontrei bebida alcoólica. Mas esqueça os fartos happy hours brasileiros — uma caneca de chope de 500ml não sai por menos de R$ 50.
Experiência estrelada
Um dos momentos mais aguardados do nosso tour gastronômico foi o jantar no 11Woodfire, um dos 11 restaurantes de Dubai que carregam uma estrela Michelin. O local é chique, mas casual, centrado no conceito de reunião em torno de uma fogueira quente. Aliás, um forno a lenha, no centro do restaurante, chama logo a atenção.
Por sugestão do chef e dono do restaurante, Akmal Anuar, natural de Cingapura, comemos um Black Angus Bone-in Rib Eye. Com o ponto perfeito, a carne se desmanchava na boca. O preço, porém, é um pouco salgado, cerca de R$ 530 — mas vale lembrar que o prato é para compartilhar, já que traz 800g da proteína. Durante o almoço, porém, o 11Woodfire oferece um menu bem mais em conta, com duas entradas e um prato principal, que sai por cerca de R$ 170.
Outro restaurante agraciado com o Bib Gourmand do Guia Michelin é o grego Estiatorio Milos. Localizado no luxuoso hotel Atlantis, The Royal, oferece o que há de melhor da gastronomia mediterrânea. Logo na entranda da casa, os pescados mais frescos do dia são exibidos no gelo para os clientes. Comemos de tudo um pouco, inclusive polvo e lagosta, mas o que mais me chamou a atenção foi o frescor das saladas, especialmente a grega de tomate.
A poucos quilômetros dali, no hotel Burj Al Arab, uma outra experiência gastronômica que vale o registro. Com uma vista estonteante para o mar, o Sal também reúne o que há de melhor da comida mediterrânea e da Península Ibérica. A casa é comandada pelo premiado chef italiano Paolo Mannis. Também provamos vários pratos do menu, inclusive um tartare de atum com caviar e um leve polvilhado de ouro (entrada que custa cerca de R$ 220), mas o que conquistou mesmo o meu estômago foi uma massa verde, leve e de sabor incomparável, e lagosta.
Uma aventura no deserto
Quando for preparar o roteiro para Dubai, não deixe de reservar uma tarde para passar no deserto. O acampamento, montado a cerca de 40 minutos de Dubai, oferece uma experiência imersiva aos visitantes. Chegamos por volta das 16h30 e fomos acomodados em uma das charmosas tendas para degustar alguns petiscos e drinques sem álcool. Ao fundo, um músico toca suaves canções com alaúde, antigo instrumento de corda árabe.
O local é perfeito para crianças — e adultos também —, que podem andar de camelo, segurar um falcão, ave símbolo de Dubai, e escorregar nas dunas do deserto. O pôr do sol é um espetáculo à parte. Muitos aproveitam o cenário para realizar celebrações, como aniversários e pequenos casamentos. Quando a noite cai, somos convidados a ir ao Restaurante Sonara, onde é servido um delicioso jantar assinado por um chef francês. Vários shows, com malabarismo, dança do ventre e espetáculos com fogo, são apresentados durante a refeição.
Serviço
Acampamento Sonara
É possível escolher três opções de experiência. A completa, com pôr do sol e jantar, sai por cerca de R$ 1.200 (adultos) e R$ 500 (criança). Se preferir apenas desfrutar o pôr do sol, adultos pagam cerca de R$ 650 e crianças, R$ 250. Só jantar fica por aproximadamente R$ 920 (adultos) e R$ 380 (crianças). Reservas podem ser feitas no site oficial https://www.nara.ae/.
Curiosidade
Apesar de os muçulmanos não consumirem bebida alcoólica, a venda não é proibida na cidade. Mas, como para obter a licença de comercialização, é cobrada uma alta taxa, poucos estabelecimentos oferecem a opção. E, quando oferece, os preços são bem salgados.
A jornalista viajou a convite do Departamento de Economia e Turismo de Dubai