Muito além do dia a dia na academia, o universo fitness também é composto por outras inúmeras formas de se exercitar. Atividades lúdicas ilustram isso, já que melhoram significativamente a qualidade de vida do indivíduo e impactam positivamente em outros aspectos, como na coordenação motora e no fortalecimento muscular.
Um exemplo disso é a simples prática de pular corda. Muito utilizada na infância, em especial na escola, na fase adulta os benefícios são ainda mais notórios. O educador físico e personal trainer Matheus Gonçalves da Silva afirma que a atividade melhora o condicionamento cardiovascular, além de ser um exercício aeróbico eficaz.
"É uma atividade intensa que ajuda na perda de peso e na queima de gordura. A prática constante aprimora a coordenação entre mãos e pés, aumentando a agilidade. Pular corda envolve diversos grupos musculares, especialmente pernas e core, promovendo o fortalecimento muscular. Por ser um exercício de impacto, pode contribuir para a saúde óssea", detalha o profissional.
De acordo com Matheus, a frequência ideal de pular corda pode variar de acordo com os objetivos individuais, o condicionamento físico e a disponibilidade de tempo. No entanto, algumas sugestões incluem: três a quatro vezes por semana, com sessões de 15 a 20 minutos para iniciantes; cinco a seis vezes por semana, com sessões de 20 a 30 minutos, para intermediários; e diariamente ou com uma abordagem de treino intervalado, alternando intensidade, para alunos mais avançados.
Sonho de criança
Assim como a maioria das pessoas, a biomédica Thaysa Dutra, 29 anos, sempre teve o desejo de aprender a pular corda, embora nunca tenha tido aptidão e desenvoltura para isso durante a infância. No entanto, quando iniciou no crossfit, decidiu mergulhar na atividade e foi em busca do aprendizado.
"Comecei a treinar todos os dias, pedindo ajuda com técnicas. Todos os dias tirava uns 20 minutos após o treino para aprender, e a primeira vez que consegui foi motivo de comemoração. Desde então, aprendi a gostar e a buscar melhoria para pular cada vez mais rápido e por mais tempo", afirma.
Há 10 anos praticando, ela destaca que, até aqui, os benefícios foram imensos. Ela descreve uma melhora no controle dos batimentos para ter uma constância boa ao longo do tempo. Thaysa, inclusive, comprou uma corda profissional para não perder o costume.
Além da parte física, o visual da biomédica também teve resultados importantes. "Senti diferença nas coxas e panturrilhas. Pular corda me trouxe uma definição muscular", detalha. Ainda que tenha tido algumas dificuldades no início, principalmente na falta de resistência corporal, Thaysa não pretende deixar a prática de lado tão cedo.
Entretanto, não se engane. Outras atividades lúdicas também garantem um desenvolvimento importante na vida do indivíduo, somado, claro, com muita diversão. Audeyres Alves de Araújo, professor de educação física da Bodytech Brasília, afirma que as práticas também ajudam na socialização e no bem-estar físico e mental.
"As atividades lúdicas ensinam lições para a vida, como os respeito entre as pessoas, competências sociais, ver o mundo e as situações de uma forma mais prazerosa", atesta o profissional. Vôlei e queimada, exemplos bastante conhecidos, são atividades de cooperação entre os participantes, coletiva e totalmente social.
Outros exercícios, como basquete, judô, handebol, dança, futebol, também têm um efeito muito positivo. "É melhor fazer as atividades de muito impacto, para adultos ou crianças, entre duas a três vezes na semana. Se for atividade para alto rendimento, recomenda-se de duas em duas semanas", explica o professor.
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Novo mundo
Nicole dos Santos Bolzan Gonçalves, 21, decidiu introduzir o vôlei na sua vida, ainda no ensino médio, com o objetivo de sair do sedentarismo. Como a prática é coletiva, resolveu adentrar nesse universo, pois contaria com a agradável ajuda e motivação dos amigos.
"Comecei em um dos momentos de maior ansiedade para os jovens, pois é o momento de transição da escola para universidade, e isso me auxiliou muito com a diminuição desse estresse, além de me ajudar com a própria ansiedade. A prática também era um suporte nos estudos, já que conseguia me manter mais concentrada", relembra.
Segundo a estudante de biomedicina, tanto o vôlei de areia quanto o de quadra são queridos por ela, sem distinção entre os dois. Ainda assim, Nicole não para por aí. Há sempre um espacinho para inserir, de vez em quando, outras atividades à rotina, embora ela seja apertada.
"A mais recente que comecei foi beach tênis. Ele ocorre em quadra de areia e é um jogo em dupla que, basicamente, tem o objetivo de passar a bola com ajuda de raquetes por cima da rede para que ela caia no campo adversário", ensina. Para a jovem, estar presente nesse universo é um privilégio. Com isso, Nicole aprende coisas novas, melhora a parte física e, de quebra, se diverte em momentos com amigos e familiares.