Correr, brincar ou jogar. A infância é uma época marcada pelo desenvolvimento. Isso, certamente, acontece em diversos aspectos dessa fase. Estimular a atividade física na criança, além de outras práticas, é fundamental para que ela cresça com habilidades, boa coordenação motora e outros inúmeros benefícios.
Incentivar essa prática é garantir qualidade de vida. A personal trainer Renata Costa acredita que os exercícios ajudam no comprometimento, disciplina, sobretudo, com a própria saúde e o cuidado com o corpo. "Elas terão menores chances de se tornarem adultos sedentários. Esses pilares são essenciais", descreve.
Ainda quando bebês, o estímulo advém, em primeiro lugar, da vontade de andar. A partir desse momento, as interações começam a aparecer e outras tarefas começam a surgir. Jogos e esportes competitivos, segundo estudos mencionados pela profissional, podem ser introduzidos aos 9 anos. Entretanto, não há uma definição correta, de fato, sobre qual idade é vista como um terreno fértil para esse suporte.
Ainda sim, é necessário respeitar as limitações do pequeno, sem esquecer de fazê-lo descansar durante a rotina."Quando falamos de atividades regulares, como musculação e ginástica, as academias, normalmente, liberam a partir dos 14 anos, de forma moderada e gradativa", detalha Renata.
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Boas práticas
Em qualquer lugar Bernardo Guimarães, 13 anos, está praticando alguma atividade. Futebol, handebol, beach tênis ou ping pong. O garoto ama esporte e acredita que essas tarefas são muito importantes de serem estimuladas. "Gosto porque me ajuda a socializar, a ter condicionamento para fazer tudo melhor, aliviar o estresse, durmo melhor e presto atenção na aula", acrescenta.
A rotina é recheada de exercícios, incluindo a academia. Além de se divertir muito, ele ressalta que está cuidando da saúde física e mental. Desde pequeno, os exercícios fazem parte da vida de Bernardo. A natação foi a primeira modalidade a ser introduzida. Até lutas, como o karatê, já fizeram parte dessa grade de atividades. Não tem um dia sequer em que o garoto não esteja praticando alguma coisa.
Entretanto, a grande paixão, sem sombra de dúvidas, é o futebol. "Ele sempre gostou de chutar uma bola, e está sempre fazendo parte de escolinhas em Brasília", descreve a mãe, Cristiane Guimarães, 42. Os benefícios vistos no filho são inúmeros, segundo ela. Abrir mão dessas ocupações não é uma opção para a família.
Muito pelo contrário, a ideia, tanto de Bernardo quanto de Cristiane, é continuar com essa energia até a fase adulta. "Isso é muito bacana de ver. Ele sempre faz amizades, curte praticar alguma coisa, onde estivermos, estamos praticando e sempre incentivando", finaliza.
Benefícios
Atividades físicas têm, por si só, a natureza de desenvolver habilidades, quaisquer que sejam elas, motoras ou cognitivas. Carlos Roberto Teles, coordenador de Educação Física e Esportes do Colégio Sigma, destaca que há uma relação pertinente entre esporte e elementos como criatividade, concentração, equilíbrio hormonal e fisiológico. "A importância da evolução de forma integral, em todos os seus aspectos, em competições e na disciplina de saber ganhar e perder", complementa.
Segundo o profissional, o primeiro incentivo ao pequeno, por vezes, pode partir do exemplo dentro de casa. Ter um pai ou uma mãe que também esteja inteirado e desenvolto no esporte pode facilitar esse processo. Se essa realidade não estiver presente, tudo bem, pois a família deve continuar oferecendo possibilidade, observando possíveis habilidades, para que a criança consiga ser inserida em um contexto em que os talentos sejam melhor explorados.
"Temos vários estímulos importantes, a notar, nesse momento, no desenvolvimento da criança: maturação muscular, criatividade, concentração, melhora de índices hormonais, diminuição de perspectivas de doença, sedentarismo, obesidade e outros.
Talento mirim!
Desde os quatro anos, o judô é uma parte importante na vida de Gabriel Silva Kitamura, 10. Tão apaixonado pela luta fez com que ele se tornasse o 1º colocado na categoria sub 11 do Distrito Federal. Mas, antes de ser um judoca de primeira prateleira, começou no esporte com apenas 6 meses. A natação foi o pontapé inicial para uma trajetória, ainda que recente, cheia de boas práticas.
"Depois veio o interesse por futebol com 3 anos e com 4 entrou no judô da escola. O futebol foi o primeiro que ele se interessou, até falando que queria ser jogador de futebol. Mas, com o início dele participando da competição de judô, virou a chave e está super empolgado com os treinamentos", conta o pai, Marcel Kitamura, 53.
Convívio sadio com os amigos, melhora na autoestima e cerca de 10 kilos perdidos, que foram ganhados durante a pandemia. Até aqui, não há que se queixar sobre como o esporte tem ajudado o garoto. A mãe, Talitha G. Silva Kitamura, 39, ressalta que o judô, para o filho, é algo inegociável. Uma paixão que só tende a crescer com o passar dos anos.
"Ele ama fazer, competir. Gosta tanto que pediu de aniversário uma viagem para Curitiba para assistir um campeonato brasileiro de judô como presente de aniversário. Como ele mesmo diz: Pretendo continuar o judô até pegar minha faixa coral.
Dicas
De acordo com Carlos Roberto, quando criança, o importante é experimentar várias modalidades: lutas; natação; esportes coletivos; futebol; handebol; e basquete. Individuais ou coletivos, ele pode escolher aquilo que mais habilidade no decorrer desse crescimento, algo em que ele se sinta bem, nesse âmbito de saúde, para resultados físicos.