Mesmo cheia de padrões, limitações e preconceitos impostos pela indústria e pela sociedade, a beleza, em sua essência, é subjetiva. O que para um é considerado feio, é belo para outro. Muitos abrem mão de alguns de seus gostos para se manter "na moda" ou dentro das tendências; outros conseguem deixar de lado o olhar alheio e se importar apenas com o seu próprio.
Na hora de escolher uma roupa, muitas pessoas consideram as cores, o caimento, se é justa ou não, a cor, o comprimento… São inúmeros aspectos. Mas há quem goste da roupa na arara, experimente no provador, se olhe no espelho e pronto. Gostou, se sentiu bem e levou.
No entanto, quando saem de casa, ouvem críticas e até mesmo aqueles "elogios" bem intencionados. "Por que não escolheu outra cor? Você está linda, mas esta não te favorece" ou "se esse vestido fosse menos justo, você estaria ainda mais linda".
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Pensando em valorizar mais os seus pontos fortes e esconder os pontos fracos, muitas pessoas buscam o serviço de consultoria de imagem. Mas como conciliar "o que funciona melhor" para você e seu corpo sem perder a própria essência e deixar o gosto pessoal de lado?
É esse o foco do trabalho de Débora e Marina Lafetá. As irmãs são sócias na Dicionário de Estilo. Marina foca nos negócios e Débora mergulha na consultoria de imagem. "Sempre me senti meio deslocada no mundo da moda porque priorizava meu estilo, e foi isso que desejei trazer para minhas clientes. Queria autenticidade, senão todos ficam iguais."
Preparando para assumir esse papel, Débora chegou a estudar até técnicas da psicanálise. Para ela, nosso estilo é o resultado de tudo que vivemos, dos nossos gostos construídos, nossas crenças e vivências. Então, antes de usar os métodos de análise típicos da consultoria de estilo, ela busca conversar com seus clientes e entender o gosto e a personalidade de cada um.
"Não adianta eu fazer a análise de coloração pessoal e tirar a cor preferida da pessoa da vida dela só porque ela não está na paleta. O que podemos fazer é descobrir como inserir aquela cor da melhor forma possível, valorizando a cliente", comenta.
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Outro aspecto muito comum é o emagrecimento ou o alongamento da silhueta. Normalmente, se uma pessoa tem um quadril que chama muita atenção, as consultorias recomendam que ele seja disfarçado. Mas nem sempre essa é a vontade do cliente. Débora comenta que já recebeu mulheres que não queriam disfarçar nada em seus corpos, fossem quadris maiores, pernas mais finas ou coxas mais cheias, e defende que isso precisa ser levado em consideração.
O objetivo deve ser que a pessoa se sinta bem, bonita, com a autoestima alta, independentemente se isso vai se encaixar ou não em alguma tendência de moda ou estilo. Marina defende que toda mulher "se vista de si mesma". Neste mês de setembro, as sócias oferecem um curso on-line de imagem, cujas informações podem ser obtidas no link: https://www.dicionariodeestilo.com.br/estilo-descomplicado-o-curso.
Sem regras
Karol Stahr, consultora de imagem e personal stylist, que acabou de lançar seu primeiro livro em Brasília, Linda por dentro e por fora, defende uma linha de moda semelhante a de Marina e Débora. Para Karol, o primeiro passo da jornada para entender seu estilo e eleger as melhores cores, peças e acessórios é o autoconhecimento, a partir do qual é possível descobrir o seu estilo mais autêntico.
A autora defende que o livro não traz regras de moda e que a consultoria não deveria seguir esse caminho unicamente. "A melhor pessoa para definir sua forma de se vestir é você mesma: revisitando seu passado, olhando seu presente e focando em quem almeja ser no futuro", completa.
Nesse cenário, as profissionais defendem a consultoria de estilo mais personalizada, focada no cliente, considerando seus gostos, sua história e seu estilo e os unindo às tendências, ao que se encaixa melhor no tipo de corpo e nas cores que valorizam a pessoa.