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Hepatite viral canina: saiba as formas de identificação, diagnóstico e tratamento

Evitada com a imunização correta, a doença pode ser silenciosa e se não cuidada precocemente, pode levar à morte

Assim como os humanos, os cães também estão sujeitos a diversas doenças, incluindo a hepatite viral canina — uma patologia infecciosa que afeta o fígado dos cachorros. A enfermidade pode ser causada por diferentes vírus, com o adenovírus tipo 1 (CAV-1) sendo o agente mais comum, e variar em gravidade, desde casos leves com sintomas sutis até formas mais severas, que podem levar a complicações sérias e até mesmo à morte.

A hepatite viral canina é uma doença muitas vezes silenciosa, mas que pode ser prevenida por meio da vacinação adequada. A identificação precoce dos sintomas é essencial para um tratamento eficaz. Além disso, outras doenças hepáticas podem acometer os cães, e o diagnóstico correto e o tratamento adequado precisam ser conduzidos por médicos veterinários. Os tutores devem sempre estar atentos à saúde de seus pets e seguir as orientações do profissional para garantir o bem-estar e a qualidade de vida de seus animais de estimação.

De acordo com a médica veterinária Fabiana Volkweis e professora do Ceub, a hepatite viral canina é transmitida pelo contato oronasal com as secreções corporais de cães infectados. Para prevenir a doença, a imunização é a medida mais eficaz. Os filhotes devem receber a primeira dose da vacina a partir dos 45 dias de idade, com reforços a cada três a quatro semanas, até completarem 16 semanas de vida. "O reforço pode ser realizado anualmente, entretanto, as diretrizes para a vacinação de cães e gatos compiladas pela Associação Veterinária Mundial de Pequenos Animais (WSAVA) sugere que seja feito a cada três anos, ficando a critério do médico veterinário", ressalta.

Volkweis explica que os sinais clínicos da hepatite viral canina podem ser confundidos com diversas outras enfermidades, o que torna a identificação precoce crucial para o tratamento eficaz. "Dor abdominal, vômito, diarreia e febre são os sintomas mais comuns. Além disso, o cão pode apresentar distúrbios de coagulação, como manchas vermelhas na pele e sangramento nasal, além de alterações oculares, como sensibilidade à luz, coloração azulada e secreção ocular. Em casos mais graves, podem surgir sinais neurológicos, como desorientação, ataxia, convulsões, coma e até mesmo levar à morte do animal."

Reprodução: Freepik - Levar o seu pet para consultas periódicas é essencial para manter a boa saúde

Diagnóstico e tratamento

De acordo com o médico veterinário e especialista em doenças infecciosas em cães e gatos Paulo Tabanez, para cães que já foram infectados, o tratamento é focado em aliviar os sintomas, fornecer suporte ao fígado e combater possíveis complicações, como infecções secundárias. O tratamento deve ser supervisionado por um veterinário para garantir a recuperação do animal. Além das alterações clínicas e laboratoriais, o diagnóstico é feito por meio de exames sorológicos, imunofluorescência e moleculares nos tecidos e fluidos afetados. "O tratamento é sintomático e de suporte."

O especialista ressalta que a higiene do espaço em que o animal vive deve ser sempre reforçada. "O vírus é altamente resistente à inativação ambiental, sobrevivendo à descontaminação por vários agentes químicos. A descontaminação ambiental pode ocorrer pela exposição a altas temperaturas, bem como com o uso desinfetantes potencialmente cáusticos."

Outras doenças hepáticas podem afetar os cães. Hepatites podem ter origem infecciosa, mas também serem autoimunes, por intoxicação medicamentosa ou por envenenamento. "Também é possível serem causadas por neoplasias (tumores), assim como doenças metabólicas e endócrinas."

Saiba Mais

Fique atento

Os sinais clínicos da hepatite viral canina podem variar e nem todos os cães apresentaram todos os sintomas. Alguns são mais adversos que estão ligados à doença, como:

- Apatia
- Prostração
- Desidratação
- Tosse
- Pneumonia


Fonte: médico veterinário Paulo Tabanez

 

*Estagiária sob a supervisãode Sibele Negromonte

 

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Reprodução: Freepik - A doença é mais frequente em cães jovens com menos de um ano de idade, contudo animais não vacinados em qualquer idade são vulneráveis