A chegada de um filho pode ser um momento muito especial, mas a tarefa de planejar um quartinho que seja funcional, autêntico e lúdico nem sempre é fácil. Na hora de decorar um quarto infantil, é importante ter em mente que esse espaço será onde a criança vai relaxar, brincar, aprender e desenvolver suas habilidades, por isso, a necessidade de escolher elementos inspiram novas experiências, como as pinturas à mão, que têm ganhado destaque em projetos de arquitetura, se tornando tendência.
Para ajudar na missão, escritórios que integram a Archademy Distrito Federal apresentam projetos para inspirar na hora de escolher os elementos feitos à mão, que devem contribuir para a criação de uma atmosfera acolhedora.
A arquiteta Bia Morais pontua que a tendência é ideal para trazer identidade a cada quatro. "Pinturas à mão é uma excelente maneira de adicionar personalização e tornar o quartinho um espaço único e lúdico, proporcionando um ambiente encantador para o desenvolvimento da criança”, explica Bia, que explorou elementos da natureza no quarto da bebê Maria Clara.
No projeto, é possível observar um jardim florido, pintado à mão pelos artistas Raquel e Caio Lobato, que cria um um cenário cativante e alegre. Tons claros de rosa predominam no ambiente e transmitem suavidade e delicadeza, no espaço de aproximadamente 10 m².
Para garantir um resultado mais harmonioso, a dica da arquiteta é repetir as cores da pintura em outros elementos presentes no quarto, como móveis, estofados e objetos decorativos. “Seguir uma paleta de cores vai criar a sensação de unidade no espaço. Os acabamentos amadeirados também são sempre bem-vindos. No quarto da Maria Clara, a madeira foi utilizada como contraponto, adicionando mais aconchego e calor ao ambiente, o que contribui para uma sensação de maior conforto”, sugere a arquiteta, ilustrando com o projeto.
De autoria da Tune Arquitetura, com projetos assinados por Bia Venâncio, os quartos das irmãs Luísa e Anna refletem a identidade de cada uma. Apesar de serem muito diferentes, os projetos possuem elementos criativos em comum, como flores pintadas à mão na parede, pontos coloridos em tons de azul e marcenaria bem trabalhada.
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Com espírito de aventureira e descolada, Luísa quis um espaço de escalada e um mezanino. A estante no formato de árvore, desenhada pelo escritório, é o primeiro elemento que chama atenção ao entrar no cômodo. Uma pintura degradê em tons de azul, na parede maior, segue o conceito de “casa da árvore” e evoca a sensação de estar em um refúgio pessoal, quando se está no mezanino.
“Além de estimular visualmente a criança, ainda é possível definir o tema e a paleta de cores de acordo com a história que está sendo contada naquele ambiente. Nesse projeto, a pintura tem ligação direta com os outros elementos do quarto”, explica Bia Venâncio.
Com personalidade contrária à da irmã, o lado romântico e meigo de Anna manifesta-se em cada detalhe do seu quarto, que conta com uma pintura à mão de flores delicadas na parede, combinada com um painel ripado que envolve o balanço, seu cantinho preferido de leitura.
“Um ponto importante quando falamos de desenhos feitos à mão é que os elementos conversem, estando de acordo com àquela narrativa. Os balanços têm sido uma escolha frequente dos pequeninos, bem como um espaço para se aventurar. A ideia é que a criança esteja inserida como um todo no ambiente que vai a estimular pelos próximos anos”, pontua.
A arquiteta sugere que, quanto mais informação tiver o desenho, menos elementos deverá ter no quarto. “As cores são importantes para a criação de um ambiente acolhedor e estimulante para as crianças. No entanto, é importante lembrar que elas têm impacto direto no humor, na motivação e na atmosfera de um quarto infantil. Então, para ter um resultado equilibrado, é importante que essa dosagem seja feita. MDFs com texturas muito marcadas não são uma boa opção, por exemplo”.
A arquiteta destaca ainda que cores vivas e brilhantes podem ser muito estimulantes e não devem ser usadas em excesso, pois podem acabar distraindo os pequeninos.
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