ESTÉTICA

Saiba mais sobre procedimento feito em Anitta com o próprio sangue

O tratamento com plasma rico em plaquetas (PRP) já existe nos Estados Unidos, mas no Brasil ainda não é regulamentado pela Anvisa como procedimento estético

Cecília Sóter
postado em 06/06/2023 16:45 / atualizado em 06/06/2023 16:50
 (crédito: Reprodução/Instagram)
(crédito: Reprodução/Instagram)

Anitta, que está em Istambul, na Turquia, para o seu show na final da Champions League, usou as redes sociais nesta segunda-feira (6/6) para revelar um segredo de beleza.

Durante uma live no Instagram enquanto esperava a equipe para começar as produções da apresentação, Anitta falou sobre a própria pele e um tratamento inovador que está fazendo nos Estados Unidos.

"Minha pele está muito sonho. Está foda. Foi nessa moça que eu fui, nos Estados Unidos. Ela tira seu sangue e passa em uma máquina, e essa máquina tira toda a parte vermelha do seu sangue. Fica só um plasma, uma parte transparente. Ela pega isso e vai injetando no seu rosto. Depois ela passa um rolinho que fura seu rosto todinho. Dói um pouco. Minha pele está tão clara, que parece que meu dente está amarelo", explicou, completando que além da face, está fazendo o tratamento também na vagina e no ânus.

A dermatologista Amália Mayer Coutinho, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que esse é um tratamento com plasma rico em plaquetas (PRP): "Nele, colhe-se o sangue do paciente e joga numa centrífuga. E aí é separado a parte vermelha, que são as hemácias, do soro, que é o plasma."

Após a separação, aplica-se esse soro, que é rico em células-tronco, sobre a pele ou por meio de microinjeções. "A intenção é tentar regenerar a pele, melhorando a textura, melhorando a densidade. Ainda tem poucos estudos mostrando isso, mas alguns estudos mostram, sim, benefícios", pontua.

Segundo a especialista, o PRP é um tratamento inovador que já existe nos Estados Unidos, mas que no Brasil ainda não é regulamentado pela Anvisa como procedimento estético.

"Os dermatologistas mais sérios, digamos assim, não fazem porque a gente não tem respaldo. Se houver alguma complicação a gente não tem embasamento científico para estar respaldado por estar fazendo aquilo em algum paciente", salienta.

A médica explica que existem alguns riscos com complicação infecciosa: "Se for feita em algum local que não é adequado, que não tem as condições sanitárias de assepsia, tudo correto, existe um risco de infecção."

Além disso, Amália explica que se a pessoa fizer um microagulhamento forte pode dar uma cicatriz, além do risco de o tratamento não dar certo. "Como ainda não é respaldado então às vezes a pessoa nem vai ver tanto benefício", alerta.

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