Assim como atua nos humanos, com o intuito de prevenção e proteção contra bactérias e doenças infecciosas, as vacinas são extremamente importantes para a vida saudável dos animais de estimação. Além de promover qualidade de vida, elas protegem, também, os tutores e as pessoas que convivem diariamente com os animaizinhos.
Cães e gatos devem, indispensavelmente, ser vacinados ainda quando filhotes, pois é nessa fase que estão mais suscetíveis às doenças, já que não estão com o sistema imunológico completamente desenvolvido.
Lucas Alvim, médico veterinário especialista em clínica de pequenos animais, explica que é importante, ao adotar um pet, ter em mente que os animais precisam de cuidados com vacinas durante toda a vida e que a proteção não serve exclusivamente para eles. “Essa prevenção é importante não só para a saúde dos animais, como também para a proteção de seus tutores, já que algumas doenças de cães e gatos (como leptospirose, em cães, e raiva, em cães e gatos) são zoonoses, ou seja, podem passar do animal para o ser humano.”
A ação de vacinar os animais de estimação é, para além do zelo pela vida, um ato de amor. A jornalista Ingrid Castilho acredita que a vacina está diretamente relacionada ao afeto e cuidado: “Eu amo minha cadela. Se é algo para o bem dela, inclusive, nesse caso, algo vital, então eu, como tutora, tenho a responsabilidade de fazer”.
A importância de vermifugar
Vermifugação é o processo de dar a cães e gatos medicamentos com a finalidade de eliminar vermes. Na fase primária da vida, quando ainda são filhotes, a primeira dose de vacina acontece, geralmente, entre os 15 e 30 primeiros dias após o nascimento. Posterior a isso, o médico veterinário do pet definirá quais serão os períodos de vermifugação.
O especialista explica que cães e gatos têm jeitos distintos de viver e isso é um ponto importante a se observar quando falamos em vermifugação. “Cães e gatos têm diferentes rotinas, portanto a forma de administrar não será a mesma. O gato, por ser um animal mais autônomo, independente e higiênico (lambendo a si mesmo), está mais propenso a contrair vermes, geralmente através de pulgas e em forma de larvas ou ovos”, esclarece.
Perdi as datas , e agora?
A estudante Clarisse Ferreira tem dois gatinhos de estimação, Mel e Puff. Ela conta que, por falta de tempo, já aconteceu de atrasar as vacinas algumas vezes, mas que tem o hábito de colocar lembretes na agenda/calendário e monitorar as campanhas para saber o momento certo de levar os felinos para se vacinarem. Já Ingrid Castilho, tutora da cadela Bali, costuma anotar as datas. "Eu tenho um planner no qual anoto. Sempre levo em referência a última ida. A clínica, onde a Bali se vacina, também avisa poucos dias antes.”
“Ao atrasar as doses de vacinas do seu pet, o mesmo estará fora do período de imunidade vacinal, estando, assim, suscetível aos agentes infecciosos, levando ao risco de contágio e desenvolvimento das doenças”, alerta Lucas Alvim.
A médica veterinária Amanda dos Anjos explica que a vacinação antirrábica é fornecida de forma gratuita em campanhas das prefeituras dos municípios, mas alerta para casos de perda do prazo da campanha: “É importante entrar em contato com a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) do município ou clínica veterinária particular para que seja realizada a imunização do animal”.
Quais são as vacinas obrigatórias?
A veterinária explica que, de acordo com a lei, o único imunizante obrigatório é a antirrábica. “A obrigatoriedade dessa vacina acontece porque a raiva é uma doença zoonótica (transmitida entre animais e pessoas), sendo considerada muito grave e fatal.”A vacina antirrábica é realizada a partir do 4° mês de vida do animal, em dose única e reforços anuais.
Amanda explica que, apesar de não serem obrigatórias, existem vacinas essenciais para cães e gatos. “Essas são responsáveis por proteger seu animalzinho de diversas doenças, como a vacina múltipla canina (V8 ou V10), que protege contra cinomose, parvovirose, leptospirose, hepatite infecciosa, entre outras doenças. E a tríplice ou V3, para felinos, que pode proteger contra diversas doenças que acomete essa espécie, como rinotraqueíte, calicivirose e panleucopenia.”
Assim como nos humanos, os animais também estão sujeitos a reações pós-imunização. É importante que, portanto, haja monitoramento do animal.
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Reações
Saiba distinguir quando as reações são normais e quando exigem atendimento profissional:
Normais:
-Dor no corpo ou local da aplicação
- Aumento de temperatura corporal
Essas reações podem ser amenizadas com compressas de geladas e antitérmicos.
Reações graves:
- Coceiras
- Edema (inchaço de face e pescoço)
- Tremores
- Agitação
- Salivação
- Vômitos
Em caso de reações graves, procurar, imediatamente, atendimento do médico veterinário.
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
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