Closet funcional ou guarda-roupa tradicional? Eis a questão. Na hora da mudança ou da reforma, há quem opte pela primeira alternativa, mais moderna e, se bem planejada, mais autêntica. Porém, para obter esses requisitos, vale atentar-se a detalhes indispensáveis, como as dimensões, o layout e o acabamento.
No geral, as proporções recomendadas quanto à profundidade do armário, segundo o arquiteto Pedro Grilo, da CoDA Arquitetura, são: 50cm, se o closet for aberto; 60cm, caso tenha uma porta giro ou, como é mais conhecida, “porta de abrir”; e 67 a 70cm, se tiver portas de correr. O espaço de circulação mínimo é de 90cm, mas o ideal, se possível, seria 1,20m.
Em termos de largura, o especialista adverte que, apesar de os clientes geralmente pedirem o tamanho máximo de armário, o mais aconselhável é não fazer um closet grande demais, dado o risco de impulsionar o acúmulo de roupas e objetos desnecessários ou que serão pouco usados. Assim, a medida indicada gira em torno de 1,50m e 2m por pessoa.
Além de um espaço para circulação agradável, é importante que haja boa iluminação no local, parte imprescindível do projeto. Desse modo, closets separados dos quartos são uma opção favorável para que não haja interferências da luz de um ambiente no outro, afetando, por exemplo, o sono de quem está no cômodo ao lado.
Já no momento de decidir sobre a disposição de gavetas, cabideiros e sapateira, não faltam possibilidades, porém a arquiteta Juliana Mendes destaca a funcionalidade da seguinte organização, de baixo para cima: sapateira, gavetas rasas para peças íntimas e acessórios, cabideiro para camisas, vestidos e casacos e, por fim, na parte superior, o maleiro, que não costuma ser usado com tanta frequência e pode ter um acesso mais limitado.
Quanto às calças, há a alternativa de colocá-las no calceiro, na parte inferior ou intermediária do closet, ou mesmo empilhadas em nichos. Tais objetos, inclusive, são bastante versáteis para guardar demais pertences, como bolsas, maletas ou carteiras.
Closet em ambientes pequenos. É possível?
Para ambos os arquitetos é possível adaptar os closets para locais mais apertados; Pedro Grilo, entretanto, não recomenda. “Acaba-se gastando mais em circulação do que se deveria dispor normalmente”, ressalta. Juliana, por outro lado, sugere, como primeiro passo, conversar com o cliente para saber quais são as suas necessidades e analisar o espaço.
O mais relevante é garantir a boa iluminação e ventilação, a fim de evitar umidade e, consequentemente, mofo. Ademais, em alguns casos, vale a pena descartar peças já não utilizadas. “Outra dica é escolher móveis que possam contribuir para a organização do lugar, como sapateiras, baús e caixas organizadoras. O objetivo é conseguir aproveitar o espaço”, explica a arquiteta.
Projeto criativo e inovador
Aventurar-se na criação ou no planejamento de closets autênticos demanda criatividade, mas é a tarefa perfeita para quem quer fugir dos armários neutros e excessivamente padronizados. O segredo está em considerar materiais para o acabamento que vão além do MDF branco.
Há, por exemplo, a possibilidade de usar metal ou vidro nas prateleiras. Já os materiais reciclados, como canos ou paletes, em um estilo mais rústico, além de serem práticos, têm um custo mais acessível. Por fim, evitar muita marcenaria e tentar fazer um espaço mais delimitado por paredes, semelhante ao modelo conhecido como walk in closet — no qual é possível entrar e existem apenas algumas barras para cabides e poucas gavetas — torna o ambiente mais funcional e minimalista.
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
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