Quando nos tornamos pais, faz-se necessário alterar a logística de muitas áreas da vida, e a casa é uma das primeiras a sofrer com a mudança. No caso dos bebês recém-nascidos, é indicado que não se use muitas almofadas e lençóis dentro do berço, que se procure um modelo que seja em formato arredondado e que ele seja colocado em um ambiente de fácil acesso pelos pais.
Cada etapa da infância requer cuidados e medidas diferentes para garantir segurança plena no ambiente. De acordo com a arquiteta Vivi Lopa, criadora estúdio de arquitetura Tivi (@studiotivi), ao entrarem na fase da exploração, na qual se coloca muitos objetos na boca, elementos decorativos, como tecidos bordados com miçangas ou muito pequenos, pedrinhas soltas com seixos rolados e argila expandida, devem ser evitados. “São medidas que impedem que objetos sejam manuseados ou engolidos,” explica.
Até plantas tóxicas devem ficar fora do local de acesso das crianças. E sempre vale lembrar de guardar os carregadores soltos ligados à tomada. Instalar o dispositivo DR no lar é outra orientação importante. “Os dispositivos DR (dispositivo diferencial residual) desarmam os circuitos quando detectam fugas de corrente. Ele é instalado no quadro de distribuição de energia e faz parte do circuito elétrico, evitando choques elétricos e curtos circuito,” indica Vivi.
“Criança quer correr, brincar e explorar. Nada melhor do que dar espaço ao espaço! Quanto menos móveis soltos, melhor. Com o tempo, as possibilidades de decoração vão aumentando naturalmente, não tenha pressa. Talvez, seja prudente deixar a aquisição daquele móvel assinado dos seus sonhos para um momento futuro. A fase, agora, pede peças práticas, de fácil limpeza, macias, estáveis e confortáveis,” orienta a arquiteta.
Dicas de segurança
Quando a criança começa a engatinhar ou andar, deve-se evitar pisos ásperos ou muito escorregadios, pois eles podem machucar a pele do pequeno e deixar o espaço propício para quedas. “Cuidado com as quinas e arestas vivas em móveis, armários e bancadas, pois são pontiagudas e cortantes,” diz Vivi Lopa.
- Use “travas gavetas” em geladeiras e gavetas;
- Evite o uso de toalhas à mesa, para que não se puxe e derrube nada;
- Evite a circulação das crianças em ambientes de risco, como cozinha, banheiro e varanda;
- Adote "salva-dedos", peças que evitam prender os dedos nas portas;
- Ao cozinhar, deixe as panelas mais para o fundo do fogão e com os cabos para dentro;
- Instale portas que impeçam acesso a locais perigosos; em vãos maiores, são mais eficiente peças moduladas e resistentes;
- Evite comprar qualquer superfície de vidro, como painéis e portas. Caso use, opte por materiais laminados e temperados e sinalize-as;
- Coloque telas de proteção em locais de risco, como janelas, guarda-corpos de escadas e varandas;
- Cuidado com pendentes e luminárias muito baixas;
- Os móveis infantis precisam ser estáveis, de boa qualidade e com material de acabamento seguro (tintas que não sejam tóxicas, por exemplo).
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*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
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