Especial

De Brasília para o Peru: voos diretos para destino que aguça todos os sentidos

Retomada da rota aérea direta para Lima é um convite à descoberta pelos brasilienses das maravilhas do Peru. País tem culinária e cenários encantadores, como Machu Picchu

A América do Sul tem sido um destino valioso para os brasileiros. Com destaque entre os vizinhos, o Peru é uma opção deliciosa. Repleto de paisagens fascinantes — como desertos, praias e sítios arqueológicos —, o país oferece uma gastronomia aclamada internacionalmente e, agora, existe um incentivo a mais para o brasiliense embarcar rumo a esse destino: a retomada da rota aérea diária e direta entre Brasília e Lima, confirmada para março. Com a união das duas capitais garantida após uma pausa ocasionada pela pandemia, o convite para desfrutar a receptividade acalorada dos peruanos torna-se irresistível.

Conectado com as mais importantes metrópoles, o Peru se tornou um dos principais carimbos nos passaportes, inclusive para quem viaja a negócios. Uma grande variedade de hotéis de três a cinco estrelas podem ser encontrados nas cidades mais belas e emblemáticas abaixo dos trópicos.

Saiba Mais

Porta de entrada a partir de diversas metrópoles do mundo, a capital Lima é um convite ao encanto: está erguida na costa do Pacífico, com modernos restaurantes, centros comerciais e variadas opções de entretenimento. Ao redor, os bairros coloniais e os museus históricos chamam para a descoberta do lado tradicional da cidade, com um leque vasto de arte, música e diversão nos bairros boêmios. Uma cidade vibrante, e com uma característica peculiar: a quase total ausência de chuvas durante o ano todo permite tranquilidade para programar diversos passeios ao ar livre. 

Lima é o reflexo de grande parte das imensas riquezas do Peru e uma cidade onde o visitante pode viver experiências inesquecíveis. Desde o bairro de San Miguel até o de Chorrillos, com um calçadão cheio de jardins e parques na elevada orla oceânica, as opções saltam aos olhos. No meio do trajeto, antigos casarões de praia vibram com cores no boêmio bairro de Barranco e harmonizam com a modernidade explícita dos bairros de Miraflores e San Isidro — os queridinhos quando se fala em local estratégico de hospedagem.

Em Miraflores, os locais que, por regra, devem ser visitados são: o Parque del Amor — que tem como símbolo uma enorme escultura, chamada O Beijo, assinada pelo artista plástico Victor Délfin — e o Larcomar, um shopping a céu aberto, na beira do mar, com lojas arrojadas, restaurantes bem cotados e uma vista belíssima do horizonte.

Para quem está em busca de história, a capital peruana possui imperdíveis núcleos arqueológicos em meio ao ambiente urbano. Lima oferece diversos museus recheados de coleções de peças de ouro e prata, tecidos e cerâmicas do Peru antigo e obras de arte e artesanato local. Por ter sido berço de uma das mais antigas civilizações do novo continente, é impossível passar pelo país sem antes conhecer o legado milenar que se esconde nas inúmeras ruínas e elementos históricos datados de até cinco mil anos atrás.

Divulgação - Cusco. Plaza de las Armas
Divulgação - Parque del Amor, em Miraflores, Lima
Carlos Ibarra / PROMPERÚ - Localizada na costa do Pacífico, Lima é uma capital vibrante que une modernidade e tradição
Luis Gamero/PROMPERÚ - Lima. Palácio do Governo, na Plaza de Armas
Karina Mendoza/PROMPERÚ - Cusco abrigava, antigamente, a capital Inca e ainda hoje conta com templos e ruínas da época

Os atrativos arquitetônicos presentes na capital incluem a Casa de Aliaga — um museu que preserva o casarão onde viveu uma das mais importantes famílias do país por 16 gerações —, a Catedral — matriz do catolicismo no país —, a Basílica de São Francisco — onde fica uma famosa catacumba aberta à visitação — e, claro, a emblemática Plaza Mayor — sede do governo peruano —, onde é possível presenciar rituais cívicos e culturais que fazem o turista se sentir como parte do povo.

Gastronomia premiada

Você já deve ter ouvido falar que um dos sentidos mais aguçados no Peru é o paladar. E não é à toa. Em 2011, a Organização dos Estados Americanos (OEA) distinguiu a gastronomia do país como Patrimônio Cultural das Américas para o Mundo. A culinária local, que figura há anos no The World’s 50 Best Restaurants, destaca-se não só pela sua influência ancestral, mas também por abraçar diferentes referências, como espanhola, japonesa, africana, italiana e chinesa. Muito além do tradicional — e delicioso — ceviche, o Peru preserva técnicas herdadas das civilizações pré-hispânicas temperadas com sabores e ingredientes da costa, da serra e da selva amazônica.

Divulgação - Culinária peruana é uma das mais aclamadas do mundo. Destaque para o ceviche e o pisco sour

Quatro dos dez melhores restaurantes da América Latina no ranking de 2022 estão em Lima, forte concorrente de São Paulo quando o assunto é comida latino-americana premiada. Entre os cardápios selecionados, encontra-se o do Central, de Virgílio Marquez, que no momento está classificado como o melhor restaurante latino-americano e o segundo do mundo. Terceiro na América Latina, o Maido também se sobressai com sua cozinha nikkei, que mescla sabores peruanos com técnicas japonesas. E, no oitavo e nono lugares na lista dos 50 melhores, estão os restaurantes Kjolle — primeiro autoral e exclusivo da chef Pía Leon, esposa de Virgilio Martinez, do Central, e considerada a Melhor Chef Mulher do Mundo — e Mayta — do chef Jaime Pesaque, que recebeu o título de Highest Climber Award na premiação de 2020 e está em 32º entre os top globais. As duas cozinhas trazem pratos que refletem, com sabor, a história do Peru.

Ainda que não tão bem posicionados no ranking The World’s 50 Best Restaurants 2022, a reputação de Lima como um dos polos gastronômicos mais importantes do mundo devese, em grande parte, aos famosíssimos Astrid & Gastón (30º na América Latina) e La Mar (82º) — duas casas assinadas pelo renomado chef Gastón Acúrio e com franquias em outras capitais, como Buenos Aires, Miami e São Paulo. A cozinha tocada por Gastón e pela esposa Astrid Gutsche, por exemplo, já figurou entre as 15 melhores do mundo, segundo a revista Restaurant, e foi a melhor latino-americana entre 2013 e 2015.

Cercada por galerias comerciais e mercados que foram construídos sob influência dos chineses que chegaram ao Peru no século 19, a Rua Capón — localizada no Barrio Chino e enfeitada por seus pilares vermelhos e decoração chinesa — é uma das atrações mais concorridas no centro de Lima e abriga alguns dos melhores
restaurantes especializados na preparação de comida chifa — a fusão da culinária chinesa e peruana. Entre os pratos mais conhecidos estão o arroz chaufa, ostallarines saltados, okam lu wantan, o frango ti pa kaye a sopa wantan.

Inove Aceleradora - Ceviche
  • Receita de ceviche

Serve 2 porções

Para o leite de tigre

250 ml de caldo de limão

125 ml de caldo de peixe caseiro

50 g de aparas de robalo (ou outro peixe branco)

1 talo de salsão (cubos 0,5 cm)

50g de alho-poró fatiado

1 pimenta dedo-de-moça

1 dente de alho

30 g de gengibre fatiado

40 g de cebola roxa fatiada

2 cubos de gelo

Sal a gosto

No liquidificador, coloque todos os ingredientes e bata rapidamente para triturar. Sobre uma tigela, passe o leite de tigre por uma peneira. Reserve.

Para o ceviche

400 g de filé de robalo sem pele (ou outro peixe branco)

1 cebola roxa

1 pimenta dedo-de-moça

125 g de milho-verde cozido debulhado

100 g de cancha (milho peruano tostado)

1 batata salmão cozida em rodelas

folhas de coentro a gosto

Descasque e corte a cebola roxa em pétalas finas. Transfira para uma tigela, cubra com água e adicione cubos de gelo. Prepare o restante dos ingredientes.

Corte o peixe em cubos de 2 cm. Lave, seque e corte a pimenta dedo-de-moça ao meio; raspe as sementes com uma colher e pique fino as metades. Lave, seque e pique grosseiramente as folhas de coentro.

Sobre uma tigela, escorra a cebola numa peneira.

Numa tigela grande, coloque o peixe, a cebola fatiada, a pimenta dedo-de-moça e tempere com uma pitada de sal. Regue com o leite de tigre e um pouco da água de cebola. Misture bem e por último adicione as folhas de coentro.

Sirva o ceviche com o milho-verde cozido, as rodelas de batata e o milho peruano tostado.

Marco Espinoza, chef nascido no Peru, comanda os restaurantes peruanos Taypá, no Lago Sul, e Kinjo, no Casapark, especializado em gastronomia nikkey, uma fusão da cozinha peruana com a japonesa.

Para refrescar


Ainda quando falamos de paladar, um dos grandes tesouros nacionais é o pisco, uma bebida alcoólica produzida a partir da uva na costa sul do Peru desde o século 16. Há registros de que a delícia nasceu na cidade que originou seu nome, na região de Ica, e é lá que acontece a Rota do Pisco, no caminho entre Lima e Ica. Experimentar o Pisco Sour é uma regra: feito com xarope de açúcar, clara de ovo, suco de limão e angostura, o drinque pode ser encontrado em praticamente todos os bares e restaurantes.

Divulgação - Inca Kola

Parada obrigatória também é pedir uma Cusqueña, a tradicional cerveja produzida no país que, considerada premium, é a única feita com cevada 100% maltada e os melhores lúpulos aromáticos. Deguste, ainda, o refrigerante Inca Kola, acompanhamento preferido dos peruanos para refrescar a garganta, feito de lúcia-lima, planta nativa da América do Sul. De coloração amarela, tem um gostinho de goma de mascar e é detentora absoluta do título de sabor nacional. Uma vez em território peruano, torna-se também um pecado não
experimentar essas bebidas típicas. 

Cusco e as maravilhas ao redor

A peruana Cusco é considerada uma das 50 cidades mais bonitas do mundo, segundo o ranking realizado pelo site Flight Network. Localizado a uma altitude de 3.399 metros acima do nível do mar, o local tem uma população aproximada de 500 mil habitantes e, sem voos internacionais diretos, é acessível a partir de Lima pelas mais de 10 linhas aéreas diárias, com uma hora de duração, e de ônibus noturno, em uma viagem que leva cerca de 22 horas.

Daniel Silva/PROMPERÚ - Cusco. Trekking a la montanha Vinicunca

Ao chegar à cidade com total clima interiorano, saiba que o melhor bairro para eleger como base é o Centro Histórico, que concentra várias atrações e serviços fundamentais, como mercados, restaurantes, farmácias, bancos, caixas eletrônicos e agências de turismo. É onde se encontra a Praça das Armas, a principal da cidade e ponto de encontro para qualquer passeio. Lá, a sugestão é sentar em uma mesa na varanda do Café Plaza, no pavimento superior ao comércio, e contemplar a vista da Catedral de Cusco, do outro lado do largo.

Caminhando um pouco, você vai encontrar o Mercado Central de San Pedro, o reduto comercial perfeito para adquirir os souvenires da viagem. Situado ao lado do Centro Histórico, o bairro San Blás é famoso pela vida boêmia e cultural. Mas é importante observar, desde já, que o local é composto por muitas ladeiras estreitas, por onde o trânsito de carros é praticamente inviável.

Por conta da altitude elevada na Cordilheira dos Andes, é natural que os turistas fiquem mais cansados, em um fenômeno chamado de soroche — que, em geral, causa náuseas, dores de cabeça, falta de ar, tontura, insônia e perda de apetite. Para evitar o mal estar, não hesite em tomar o chá de coca que é servido gratuitamente em todos os estabelecimentos. Balinhas específicas também são encontradas em mercadinhos, mas, para quem prefere algo mais assertivo, a sugestão é tomar uma pílula chamada Sorojchi Pills, vendida em farmácias, sem prescrição médica.

Fernando López/PROMPERÚ - Cusco. Montanha Vinicunca.

Berço de uma das mais importantes civilizações ancestrais das Américas, Cusco abrigava, nos tempos antigos, a capital do Império Inca. Atualmente, a cidade ainda conta com incríveis templos e ruínas da época, onde a história permanece intacta. Uma sugestão essencial é conhecer o Koricancha, o templo do sol da era inca.

Caso queira explorar os arredores, é possível fazer excursões por cenários deslumbrantes, como a Moradas dos Deuses, o Templo da Lua, o Vale Sagrado dos Incas e, claro, Machu Picchu, uma das sete novas maravilhas do mundo moderno.

Machu Picchu


A partir de Cusco, há algumas formas de chegar efetivamente a Machu Picchu: com excursões em grupo, em uma viagem de trem ou pelas trilhas. Em todos os casos, a referência será Águas Calientes, o vilarejo mais próximo e por onde se tem acesso ao sítio arqueológico. Se optar pelo trajeto de trem — apaixonante, especialmente se o trajeto for feito de Vista Dome, uma opção de vagão de luxo —, a estação São Pedro fica a
poucos quarteirões da Plaza de Armas. As partidas são pela manhã, começando às 6h40, com a Peru Rail — única empresa que opera a rota atualmente —, em uma viagem que dura cerca de 3h30 e é um convite à contemplação.

Gihan Tubbeh/PROMPERÚ - Machu Picchu. Ciudad de Machu Picchu.

Ao desembarcar, a um quarteirão da estação de Águas Calientes fica o terminal de onde partem os ônibus para Machu Picchu. Eles saem a cada 15 minutos e é possível comprar o bilhete no mesmo lugar. Até a entrada da reserva, são 30 minutos de estrada, em mais uma sessão de belas paisagens para serem admiradas. Caso esteja com tempo e disposição para explorar locais novos, a dica é reservar um hotel em Ollantaytambo, um
povoado charmoso e tranquilo que se encontra no trajeto até Águas Calientes. A partir daí, já é possível interagir com as lhamas, mamíferos ruminantes bastante comuns em regiões acima de três mil pés de altitude da América do Sul.


O acesso a Machu Picchu — que em 2021 ganhou o World Travel Awards nas categorias de Leading Tourist Attraction no mundo e na América do Sul — foi reduzido em 40% desde a pandemia. Com 3.244 visitantes diários, divididos nos turnos das 6h às 14h, as enormes filas desapareceram. Hoje, os grupos são, no máximo, de 10 pessoas, sempre acompanhadas por um guia credenciado — sem o qual não é mais permitido
entrar. Em média, a visita dura entre duas e quatro horas. O passeio pelo sítio arqueológico possui o circuito pelas ruínas da cidade antiga e as trilhas das duas montanhas próximas, Huayna Picchu e Machu Picchu.

Em qualquer um dos locais, a sensação de paz e magia é indescritível. O cenário rende muitas fotos, mas o convite à contemplação orgânica é quase uma ordem. Atmosfera e perspectiva pedem uma pausa na correria para uma conexão maior com o lado espiritual, energético e místico que cada indivíduo consegue alcançar dentro de suas crenças. Mas é somente vivenciando a experiência para compreender a magnitude desse passeio

De tirar o fôlego

"O Peru é um país singular e diferente de tudo que já vi! As paisagens naturais são verdadeiros presentes! A culinária, que já coleciona algumas estrelas Michelin, faz jus à fama. Experimentei a exótica carne de alpaca, os anticuchos, o arroz doce, a chica morada, a Inca Kola, o mate de coca, o Pisco Sour. Em Lima, conheci a parte principal da cidade, como a Praça das Armas, o Convento de Santo Domingo, o Parque do Amor e a Catedral da cidade. Em Cusco, alguns dos lugares que visitei foram a Praça de San Cristóbal, o Templo de Koricancha, o Mercado de San Pedro, a cidadela de Sacsayhuamán, atalaia de Puca Pucará e o monumento Tambomachay. De Cusco, fui até o povoado de Águas Calientes, de trem, e foi um trajeto muito bacana, com dança típica no vagão e a vista dos cânions. A visita à cidade perdida dos Incas, Macchu Picchu, é incrível! Além de toda a história que há ali, o lugar realmente parece conservar uma energia sagrada e, não à toa, é uma das sete maravilhas do mundo. Este é meu veredicto: explorar o Peru é de tirar o fôlego — em ambos os sentidos!"

Fernanda Santoro, 32 anos, dentista, moradora do Lago Sul

Planeje-se


•O ingresso para entrar no reduto arqueológico custa 152 soles (pouco mais de R$ 200) e pode ser comprado pela internet, com até seis meses de antecedência, pelo site do Ministério da Cultura (https:// www.machupicchu.gob.pe/). Mas, em Cusco, também é possível ir pessoalmente a um dos escritórios do Ministério, que ficam na Rua Maruri, 340, e na Rua Garcilaso, s/n, ou a uma agência de turismo da cidade.


•Atenção: é proibido entrar em Machu Picchu com itens como pau de selfie, tripé, mochilas muito grandes, guarda-chuva, drones e carrinhos de bebê. Também não se atreva a fumar ou fazer dancinhas do TikTok, sob pena de ser retirado do local sem aviso prévio ou chance de defesa. Tudo em nome da preservação de um dos mais emblemáticos patrimônios da humanidade.


•Dica: se estiver com seu passaporte, não se esqueça de pegar o carimbo com o símbolo de visita a Machu
Picchu.

 

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De tirar o fôlego!

"O Peru é um país singular e diferente de tudo que já vi! As paisagens naturais são verdadeiros presentes! A culinária, que já coleciona algumas estrelas Michelin, faz jus à fama. Experimentei a exótica carne de alpaca, os anticuchos, o arroz doce, a chica morada, a Inca Kola, o mate de coca, o Pisco Sour. Em Lima, conheci a parte principal da cidade, como a Praça das Armas, o Convento de Santo Domingo, o Parque do Amor e a Catedral da cidade. Em Cusco, alguns dos lugares que visitei foram a Praça de San Cristóbal, o Templo de Koricancha, o Mercado de San Pedro, a cidadela de Sacsayhuamán, atalaia de Puca Pucará e o monumento Tambomachay. De Cusco, fui até o povoado de Águas Calientes, de trem, e foi um trajeto muito bacana, com dança típica no vagão e a vista dos cânions. A visita à cidade perdida dos Incas, Macchu Picchu, é incrível! Além de toda a história que há ali, o lugar realmente parece conservar uma energia sagrada e, não à toa, é uma das sete maravilhas do mundo. Este é meu veredicto: explorar o Peru é de tirar o fôlego — em ambos os sentidos!"

Fernanda Santoro, 32 anos,

dentista, moradora do Lago Sul

Receita de ceviche

Serve 2 porções

PARA O LEITE DE TIGRE

250 ml de caldo de limão

125 ml de caldo de peixe caseiro

50 g de aparas de robalo (ou outro peixe branco)

1 talo de salsão (cubos 0,5 cm)

50g de alho-poró fatiado

1 pimenta dedo-de-moça

1 dente de alho

30 g de gengibre fatiado

40 g de cebola roxa fatiada

2 cubos de gelo

Sal a gosto

No liquidificador, coloque todos os ingredientes e bata rapidamente para triturar.

Sobre uma tigela, passe o leite de tigre por uma peneira. Reserve.

PARA O CEVICHE

400 g de filé de robalo sem pele (ou outro peixe branco)

1 cebola roxa

1 pimenta dedo-de-moça

125 g de milho-verde cozido debulhado

100 g de cancha (milho peruano tostado)

1 batata salmão cozida em rodelas

folhas de coentro a gosto

Descasque e corte a cebola roxa em pétalas finas. Transfira para uma tigela, cubra com água e adicione cubos de gelo. Prepare o restante dos ingredientes.

Corte o peixe em cubos de 2 cm. Lave, seque e corte a pimenta dedo-de-moça ao meio; raspe as sementes com uma colher e pique fino as metades. Lave, seque e pique grosseiramente as folhas de coentro.

Sobre uma tigela, escorra a cebola numa peneira.

Numa tigela grande, coloque o peixe, a cebola fatiada, a pimenta dedo-de-moça e tempere com uma pitada de sal. Regue com o leite de tigre e um pouco da água de cebola. Misture bem e por último adicione as folhas de coentro.

Sirva o ceviche com o milho-verde cozido, as rodelas de batata e o milho peruano tostado.

Marco Espinoza, chef nascido no Peru, comanda os restaurantes peruanos Taypá, no Lago Sul, e Kinjo, no Casapark, especializado em gastronomia nikkey, uma fusão da cozinha peruana com a japonesa.