Crônica

Crônica da Revista do Correio: Nosso povo unido por laços de amor

Amor ao Brasil, incluindo cada um, independentemente de suas escolhas ideológicas

No ano em que comemoramos nossos 200 anos de independência, uma reflexão importante merece alcançar a direita e a esquerda: a quem interessa um país partido? Alguém se beneficia com a cisão vivida pelos brasileiros hoje?

Não é justo que nossa bandeira se torne um símbolo deste momento conflituoso; por isso, no próximo dia 19 de novembro — Dia da Bandeira, todos os brasileiros estarão convidados a fazer uma escolha pautada no amor.

Vamos juntos declarar a paz e, como prova desse ato supremo, colocar a palavra amor em nossa bandeira.

Amor ao Brasil, incluindo cada um, independentemente de suas escolhas ideológicas.

Amor ao futuro que todos temos em comum.

Amor aos nossos símbolos, bandeira, Hino, e o que temos de mais apreciado pelo mundo afora: soft power, ou, se preferir, o jeitinho brasileiro.

Por isso, devemos retomar o amor em nossa bandeira!

A citação filosófica que inspirou a bandeira brasileira dizia: "O amor por princípio, a ordem por base; o progresso por fim". Foi cunhada por Augusto Comte, que afirmava que "o amor deve ser sempre o princípio de todas as ações".

Portanto, tanto a ordem quanto o progresso, sem amor, não fazem sentido. Se hoje nos encontramos divididos entre os que querem ordem e os que querem progresso, talvez seja pela falta do amor a nos orientar e unir.

Os vínculos de afeto podem ajudar a superarmos a fase complexa que estamos vivendo de modo abrangente e sem contraindicações. Essa é a mais bela e grandiosa experiência humana, e foi isso que viemos fazer aqui na terra: aprender a amar.

Do seio materno até o suspiro final, nenhuma chance deve ser desperdiçada, principalmente em tempos desafiadores como o que estamos enfrentando.

Qual é, então, o destino que o povo brasileiro merece?

A escolha de destinos é mais fundamental do que aquela que as urnas nos oferecem. A escolha de destinos requer de nós olharmos mais além. Mas, para isso, precisamos reconhecer de onde viemos. E este caminho já está em curso: a Constituição de 1988 pode ser vista como uma grande expressão de amor. Ela nos conclama a "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação". Portanto, decreta, em lei, o que preconizaram os grandes líderes humanistas da história.

Neste momento crítico, convém recordarmos o que nosso Hino proclama: "Brasil de Amor eterno seja símbolo".

Confiemos em quem somos como nação. Levantemos a bandeira do amor, até que a palavra amor esteja em nossa bandeira. Com seu lema completo, "amor, ordem e progresso", nossa bandeira poderá voltar a ser de todos nós. E, unidos, poderemos fazer com que o Brasil floresça, e dê sua contribuição ao florescimento de toda a humanidade.

Esta crônica foi escrita por mim em parceria com Eduardo Rombauer, que é pesquisador da alma brasileira, especialista em colaboração e facilitador em diálogos.

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