Espaços divertidos, que convidem a criança a relaxar e a brincar, são uma das tendências de decoração quando falamos em quartos infantis. E se os adultos precisam de momentos e ambientes nos quais possam se desligar do mundo e curtir a si mesmos, por que as crianças não podem desfrutar do mesmo?
É nesse contexto que balanços suspensos, redes, pufes e futons ganham destaque na hora de montar um quarto infantil. "É importante trazer a brincadeira para o quarto. Uma cabana ou um tablado em cima de uma bicama também são opções que permitem que aquele espaço seja só da criança", comenta a arquiteta Vivi Cirello.
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Existe uma valorização do lúdico e da leitura. Vivi comenta que, buscando incentivar que os filhos leiam, muitos pais pedem por porta-livros e arandelas e luminárias perto da cama ou desses espaços de descanso.
Outro ponto que a arquiteta destaca é a importância de ter uma bicama ou uma cama extra para que as crianças possam receber amigos e viver momentos proporcionados por noites do pijama, muito importantes para a socialização e a criação de laços.
Dessa forma, ao pensar na decoração de um quarto infantil, não são apenas as cores e o estilo que precisam de atenção. Ao escolher determinados objetos e móveis, os pais estão moldando o tipo de rotina e experiências que os filhos viverão no ambiente.
Para incentivar a autonomia, por exemplo, a arquiteta Ana Paula Ribeiro, responsável pelo Quarto da Criança na edição deste ano da CasaCor Brasília, sugere que os móveis sejam acessíveis para as crianças. "Baús e gavetões onde ficam guardados os brinquedos devem estar na altura deles. Eles precisam poder interagir e usar o quarto de todas as formas."
Cor não tem gênero
Quando falamos nos tons escolhidos, é mais difícil encontrar projetos voltados para as cores mais tradicionais usadas para meninos ou meninas, como o azul e o rosa. Assim como na moda, cada vez mais se perde a ideia de que exista algo que seja voltado para apenas um gênero.
"Acredito que hoje queremos, inclusive, passar e ensinar para as crianças que não importa se é menino ou menina. É legal que o quarto tenha a cor que a criança gosta. Nesse linha, o amarelo, o verde e o azul bem clarinho têm ganhado bastante espaço", comenta Ana Paula.
Outro aspecto muito trabalhado nos projetos infantis é a durabilidade e a versatilidade do mobiliário. Para que o quarto possa crescer com o bebê e com a criança, é importante investir em móveis atemporais e em um quarto com mobilidade — assim o berço é facilmente trocado por uma cama, por exemplo.
A madeira em tons neutros está entre as preferidas para o mobiliário mais permanente. A cor e a personalidade da criança podem ser inseridas em quadros, móbiles, papéis de parede, almofadas, jogos de cama e outros objetos que podem ser trocados com facilidade com o passar dos anos e a mudança do gosto do dono do quarto.