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Potencial dos sonhos

» Pedro Ibarra
postado em 07/08/2022 00:01
 (crédito:  Netflix/Divulgação)
(crédito: Netflix/Divulgação)

Uma das mais esperadas estreias do streaming de 2022 deu o ar da graça na Netflix na última sexta-feira. A série Sandman estreou com pompa e status de novo grande sucesso e assumiu a responsabilidade que lhe foi dada. Com uma história importante, pertinente aos tempos atuais e fiel aos quadrinhos, obras amadas mundialmente, o perpétuo do Sonho entregou uma produção no nível da expectativa.

Seguindo à risca a história criada por Neil Gaiman, que também é autor da série, a produção conta a trajetória da entidade eterna regente dos Sonhos, Morfeu, um dos sete perpétuos, grupo de seres responsáveis por reger pontos principais da existência de todas as figuras vivas. Após ser aprisionado por engano por mais de um século, ele faz uma busca por tudo que o foi roubado para poder reconstruir o próprio reino, o Sonhar.

Apesar de uma mitologia complexa, a série é bastante clara. A narrativa, cheia de personagens estranhos e mundos fantásticos, gira em torno dessa busca do Sonho, mas atinge além. Com uma proposta que obviamente envolve o onírico, o seriado faz uma alegoria com a sociedade.

Desde os premiados quadrinhos, que começaram a ser lançados em 1988 e tiveram 75 edições, Sandman tratava sobre as chagas sociais, sobre como os seres humanos se sentiam mais importantes. A primeira temporada tem como tônica o egoísmo e como cada pessoa lida com o poder que lhe é dado. Um tema que dialoga diretamente com a atualidade. O poder que cega e a sociedade que não conversa são pontos chaves da primeira temporada.

Na parte técnica, a série destoa ainda mais. É um visual exuberante, que beira o impressionante. A produção abusa do CGI e consegue imergir o espectador em um mundo completamente extraordinário, em que, por vezes, é difícil distinguir o real do surreal — como se as areias de Morfeu estivessem moldando a realidade na tela da televisão.

Sandman é como uma grande mina de ouro e a Netflix tem o criador desse lugar fantástico no comando do seriado. Com uma história verdadeiramente relevante, Neil Gaiman na regência e um material com possibilidade de trabalho a longo prazo, a plataforma tem a faca e o queijo na mão para ser casa de mais um fenômeno de público e crítica. O sonho se torna realidade.

Liga

Sabrina Sato chegou chegando ao grupo Globo. A apresentadora é divertida no comando do Desapegue se for capaz e desfila opiniões bem embasadas como debatedora do Saia justa. Nos dois, ela esbanja espontaneidade, marca registrada que a consagrou.

Desliga

Nunca foi um forte da Apple a acessibilidade ao público maior, devido aos altos preços. Porém, agora, com a plataforma de streaming Apple TV fazendo séries de sucesso em um valor bastante agradável, R$ 9,90 por mês, parecia que melhoraria. Ficou a apenas na impressão, já que é difícil conseguir assistir às produções da plataforma na tela da televisão.

FIQUE DE OLHO

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de Central dos bicos no Multishow

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na sexta, na Netflix

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