Você pode até nunca ter assistido à versão original nem acompanhar o remake de Pantanal, atual novela das 21h da Globo, mas é quase impossível que não tenha ouvido falar da menina onça ou do "véio do rio", personagem que se transforma em uma sucuri.
A versão de Bruno Luperi, neto do autor original de Pantanal, Benedito Ruy Barbosa, traz algumas novidades, como discussões sobre homofobia, feminismo e até as queimadas no bioma brasileiro. Seja pelas mudanças, seja pelo sucesso estrondoso da trama original, o folhetim ganhou o coração dos espectadores de todas as idades.
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Enquanto as gerações que acompanharam a novela nos anos 1980 e 1990 curtem o clima de nostalgia e comparam cenas, os mais jovens passam as noites ligados na televisão e nas redes sociais, comentando cada capítulo. Desde a estreia, o folhetim já foi mencionado mais de um milhão de vezes no Twitter. Dados levantados pela plataforma mostram que esses conteúdos já foram visualizados mais de 329 milhões de vezes, com 8,7 milhões de curtidas, além de 618 mil retweets e 166 mil comentários.
No Google, as buscas por "novela Pantanal" aumentaram mais de 500%. No Spotify, a música Chalana, de Roberta Miranda, teve um aumento de mais de 800% nas reproduções. E a influência do folhetim não se restringe ao entretenimento. Nos salões de beleza, o corte de cabelo da personagem Guta e as ondas selvagens de Juma estão entre os queridinhos.
A Revista também entrou na febre pantaneira e as nossas seções de Moda e Casa foram invadidas pelas cores, estampas e texturas de Pantanal.
Oncinha, Juma e Maria
E que tal começarmos falando sobre o mais óbvio: a estampa de oncinha? Um dos símbolos mais icônicos de Pantanal é a onça. As personagens Juma e Maria Marruá se transformam no animal quando estão com "reiva". O animal print é uma tendência atemporal e sempre está presente de alguma maneira nas coleções de moda, mas a oncinha se tornou ainda mais procurada.
Para as mais ousadas, vestidos, macacões e calças na estampa podem transformar qualquer look, sugere a consultora de moda Suelen Arrigo. Mas a especialista não esquece dos mais discretos. "Uma camiseta, uma echarpe, um lenço ou uma bolsa são algumas das maneiras de deixar o visual mais interessante."
E apesar da menina-onça ser uma das grandes protagonistas, assim como sua estampa, Suelen chama a atenção para as estampas de cobra, que têm tudo a ver com a novela e seu personagem místico, o velho do rio.
Pantanal urbano
Os personagens que vieram da cidade para a fazenda de Zé Leôncio trazem suas influências urbanas mescladas com os ares rústicos do Pantanal. Jove, Guta e Irma trazem estilos diferentes e se destacam.
Inicialmente, os looks de Joventino se restringiam a calça jeans e camiseta, típico de um jovem mais descontraído. Com o tempo, a produção básica ganhou chapéus, botas e cintos com fivela — detalhes que podem ser incluídos por quem quer incorporar a vibe cowboy moderno.
Chamada de Guta regatinha nas redes sociais, a personagem quase sempre está vestindo camisetas sem manga e com amplos decotes laterais, que mostram biquínis e tops. O short jeans e as botas de cano curto completam a produção.
Suelen define o estilo de Guta como sensual e despojado. É fácil copiar o visual da mulher moderna e autêntica com o que temos no guarda-roupa. O recorte das camisetas tem ares de faça você mesmo e, com uma tesoura, é possível transformar uma camiseta do pai, irmão ou namorado. Óculos de sol, braceletes, brincos e pulseiras prateadas são a cereja no topo do bolo.
Rústico sofisticado
A personagem Irma mostra que não é impossível manter uma aparência elegante mesmo quando estamos em uma fazenda no coração do Pantanal. Camisas e calças amplas, usadas com a cintura marcada e bem ajustada em tecidos leves são marca registrada da personagem.
Botinhas curtas e baixas deixam a produção mais despojada e adequada. Os tecidos como linho cru, sarja e viscose se mesclam com o algodão confortável dos vestidos de Filó. As cores são neutras, mesmo os laranjas e verdes surgem em tons mais suaves e desbotados.
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