Com o avançar da idade, é comum ouvirmos falar em perda de massa óssea. O problema pode ser causado por várias situações clínicas, como doenças renais, hematológicas (do sangue), hepáticas (do fígado) e endócrinas. Quando essa perda é significativa, pode causar alterações na estrutura e na qualidade dos ossos, ocasionando fragilidade e aumentando o risco de fraturas. Esse quadro é conhecido como osteoporose.
Existem várias doenças distintas que podem afetar a qualidade dos ossos, por meio de mecanismos diferentes do corpo, e ter como consequência comum a osteoporose. Descrita da mesma forma, a osteotomia indica uma perda de massa óssea leve, enquanto na osteoporose esse problema é bem mais relevante.
Mas, para quem pensa que essas condições são parte natural do processo de envelhecimento, elas também podem ser consequências da soma de diversos outros fatores.
"A maioria das pessoas com essas condições não apresenta nenhum sinal aparente, por isso se houver algum fator de risco, é muito importante fazer uma avaliação médica e iniciar um tratamento precoce para melhores resultados e evitar complicações futuras", explica Ana Paula Gomides, médica reumatologista, professora universitária e membro de comissões científicas na área de reumatologia.
Saiba Mais
- Revista do Correio Pobreza atrapalha desempenho cerebral e contribui para o retardo mental
- Revista do Correio Como usar a tecnologia a favor do paciente e do médico
- Revista do Correio Feng shui, técnica milenar chinesa pode mudar sua casa e sua vida
- Revista do Correio O que é o dermaplaning, técnica que caiu no gosto das influenciadoras
- Revista do Correio Sempre cansado! Entenda o que é a síndrome da fadiga crônica
- Revista do Correio Para não gastar muito, evite tomar café antes de ir às compras
Perda óssea
Causa
Não existe uma causa específica que resulte diretamente no enfraquecimento ósseo, mas há fatores que favorecem o surgimento das doenças, como hereditariedade, uso de alguns tipos de medicamentos (como os corticoides), dieta pobre em cálcio e em Vitamina D, consumo excessivo de álcool, tabagismo e sedentarismo.
O processo de envelhecimento e a menopausa também podem aumentar a incidência da doença. A queda hormonal que ocorre na menopausa acelera a redução da massa óssea. Desta forma, as mulheres na pós-menopausa são mais propensas à osteoporose e devem dar uma maior atenção a esses cuidados de saúde.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio do exame de densitometria óssea, que permite ao profissional avaliar a massa óssea do paciente e acompanhar as mudanças durante o tratamento.
Sintomas
Na maioria das vezes, não existem sintomas iniciais. Quando o quadro já está estabelecido, podem ocorrer queixas de dor, fraturas até mesmo sem quedas, redução de altura corporal e alteração nas curvaturas da coluna.
Tratamento
O tratamento é realizado com medicamentos específicos, avaliados de acordo com cada caso. Em geral, porém, a reposição de cálcio e Vitamina D, além da prática frequente de exercícios físicos e um planejamento alimentar adequado, é fundamental.
Idades atingidas
A perda óssea pode se manifestar em ambos os sexos, mas idosos e mulheres na pós-menopausa têm mais chance de desenvolver a doença.
Prevenção
A prevenção pode ser feita com uma alimentação adequada — dieta rica em cálcio — durante toda a vida, realização frequente de exercícios físicos, controle dos níveis de Vitamina D, abandono do tabagismo e do consumo em excesso de bebidas alcoólicas.
Palavra do especialista
Além da queda hormonal resultante da idade ou da menopausa, quais outros fatores podem ocasionar o enfraquecimento ósseo?
Conhecida também como osteoporose secundária, o enfraquecimento ósseo é resultado de complicações de doenças anteriores, como diabetes, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, hipovitaminose e depressão.
Se a doença já tiver evoluído, quais medidas devem ser tomadas para evitar maiores sequelas?
Nesse caso, é necessário o tratamento medicamentoso, acompanhamento com especialista, exames periódicos para avaliação do caso, além de mudança drástica hábitos de vida —alguns visando a melhora do quadro e outros pela incapacidade da realização de algumas atividades.
Quais mudanças podem ser inseridas no cotidiano para evitar a doença futuramente?
A mudança de hábitos é muito importante, como a prática frequente de atividades físicas, uma dieta balanceada, a exposição moderada à luz solar.
Daniel Carvalho de Toledo é ortopedista e traumatologista especialista em ombros e cotovelos
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.