Sempre gostei de ter nascido em Brasília, sinto uma afinidade fora do normal com esta terra vermelha... Esse céu que oferece aos seus o pôr-do-sol mais lindo do mundo, enfim, sempre senti um amor sem igual pela minha cidade e, quando falam mal dela, meu coração dói como se eu estivesse sendo pessoalmente atacada.
Em minha mente, no entanto, uma imagem restaura a confiança e reforça os argumentos de que a nossa capital é, sim, fenomenal. Aqui, além de milhares de pessoas honestas e incríveis, nasceu o Hospital Sarah Kubitschek — símbolo de excelência que me acompanha desde que saí para "ganhar o mundo" e que não hesito em usar como escudo aos "ataques inimigos" que tentam demolir nossa identidade. Recentemente, tive a chance de botar um rosto a esta imagem; um rosto lindo e iluminado de uma mulher notável: Lúcia Willadino Braga.
Essa mulher maravilhosa vem assumindo o comando do hospital há quase quatro décadas e, neste período, aperfeiçoou serviços, expandiu territórios e, principalmente, impactou a vida de milhões de pessoas que passaram pelo "Sarah", como é carinhosamente conhecido o hospital.
A trajetória surpreendente desta neurocientista merece ser compartilhada, pois, além de servir de exemplo de gestão inteligente e avançada em termos técnicos e práticos, promovendo tratamentos seguros e eficientes a quem está enfrentando momentos delicados, o toque mágico da Dra Lúcia extrapola os aspectos ortopédicos propriamente ditos e ajuda a favorecer a estabilidade emocional dos pacientes e de suas famílias.
Sua decisão de acolher as mães dos pacientes em tratamento foi uma das inovações mais significativas de seu estilo de atuação. Desde a década de 1970, quando, aos 21 anos e recém-formada na UnB, iniciou sua carreira dentro do hospital, ao lado do Dr Aloyzio Campos da Paz, nunca perdeu o brilho nos olhos nem a intuição certeira, que foi sua melhor guia. Ela ousou fazer ciência sem negar a fragilidade humana e assim segue até os dias de hoje. Sempre estudando, aprofundando seus conhecimentos, sem perder as questões subjetivas de vista ou se distrair com os inúmeros prêmios, elogios internacionais e propostas multimilionárias recebidas por dirigentes de países distantes com o intuito de convencê-la a ir construir excelência em algum outro hospital pelo mundo.
Ciente de que a arte restaura a harmonia, e isso ajuda a promover a cura da alma, Dra Lúcia implementou um programa de espetáculos no auditório do hospital e vibra ao contar que no dia em que os pacientes atendem a esse programa, a quantidade de analgésicos diminui.
Que as bênçãos do universo protejam essa e outras figuras extraordinárias que passam os dias em hospitais se dedicando a diminuir o sofrimento do povo deste planeta.
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