Brasília tinha dois anos quando ganhou uma universidade federal. Inaugurada em 21 de abril de 1962, a Universidade de Brasília (UnB) carregava uma proposta tão inovadora quanto a da capital. A palavra de ordem era reinvenção, do verbo reinventar, ou seja, muito trabalho. O desejo era que a produção acadêmica melhorasse a realidade brasileira.
O antropólogo Darcy Ribeiro definiu as bases da instituição, pautadas numa nova cara para a educação superior. O modelo pedagógico foi uma missão para Anísio Teixeira. E o arquiteto Oscar Niemeyer transformou as ideias em prédios.
Por algum tempo, a construção da UnB se misturou a da cidade. Muitos canteiros de obras, poucos prédios prontos. As duas passaram a dividir o dia 21 de abril. E, mais que isso, os acontecimentos e as pautas importantes umas da outra.
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Desde então, não é exagero dizer que a essência da capital federal — a humana, política e vibrante Brasília — preenche os campus. O tempo só fez acumular acontecimentos e lutas, combustível que faz ambas se (re)construírem. Então, nada mais justo que, na semana do aniversário de Brasília, reunir registros da UnB, marco pulsante da cidade e que, agora, também chega aos "sessentinha".