Em 2021, a Organização Pan-Americana da Saúde, órgão da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), publicou um estudo com dados alarmantes sobre a ingestão abusiva de álcool nas Américas: entre 2013 e 2015, cerca de 85 mil mortes a cada ano foram 100% atribuídas ao seu consumo.
Na pandemia, inclusive, essa ingestão se agravou. Entre os 55% da população brasileira que têm o hábito de beber, 17,2% declararam aumento, em vista de quadros de ansiedade por conta do isolamento social, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig). Compreender as diferenças entre a ingestão moderada e a dependência é fundamental para tratar condições que se desenvolvam em decorrência do alcoolismo.
Saiba Mais
A psiquiatra, professora e especialista em dependência química Helena Moura esclarece que considerar apenas a quantidade e a frequência de uso não é suficiente para o diagnóstico da doença. Levar em conta o quanto o consumo tem interferido nas relações interpessoais, no trabalho, nos estudos e no cuidado de si mesmo é essencial.
Além disso, outro ponto pertinente é a ingestão compulsiva, que ocorre quando a pessoa bebe sempre em maior quantidade e por mais tempo que o planejado, e há dificuldade em parar, apesar de perceber os prejuízos. Por isso, a importância de atentar-se aos sinais, já que os efeitos nocivos do álcool podem ser duradouros, mesmo quando o vício é interrompido.
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
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