A essência revolucionária do nascimento da UnB vence o passar dos anos
Há seis décadas, histórias e lutas abastecem a UnB. Convidamos você, leitor, a conhecer e reviver alguns desses momentos em que a academia e a sociedade andaram de mãos dadas
postado em 17/04/2022 09:00 / atualizado em 17/04/2022 13:12
(crédito: Acervo UnB)
Brasília tinha dois anos quando ganhou uma universidade federal. Inaugurada em 21 de abril de 1962, a Universidade de Brasília (UnB) carregava uma proposta tão inovadora quanto a da capital. A palavra de ordem era reinvenção, do verbo reinventar, ou seja, muito trabalho. O desejo era que a produção acadêmica melhorasse a realidade brasileira.
O antropólogo Darcy Ribeiro definiu as bases da instituição, pautadas numa nova cara para a educação superior. O modelo pedagógico foi uma missão para Anísio Teixeira. E o arquiteto Oscar Niemeyer transformou as ideias em prédios.
Por algum tempo, a construção da UnB se misturou a da cidade. Muitos canteiros de obras, poucos prédios prontos. As duas passaram a dividir o dia 21 de abril. E, mais que isso, os acontecimentos e as pautas importantes umas da outra.
Desde então, não é exagero dizer que a essência da capital federal — a humana, política e vibrante Brasília — preenche os campus. O tempo só fez acumular acontecimentos e lutas, combustível que faz ambas se (re)construírem. Então, nada mais justo que, na semana do aniversário de Brasília, reunir registros da UnB, marco pulsante da cidade e que, agora, também chega aos "sessentinha".
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.
Estudantes, professores e representantes da comunidade caminharam do ICC Norte à Biblioteca Central da UnB (BCE) em um ato de repúdio à destruiç de livros com a temática de direitos humanos, em 2018
Foto: Secom/UnB
Sob a premissa de difundir tolerância, amor, direito, respeito, igualdade e justiça, a UnB é palco de cerimônias voltadas à identidade de gênero e orientação sexual, busca por visibilidade e à luta por direitos historicamente negados, como as LGBTfobias.
Foto: UnB Agência
Pertencimento: a UnB foi a primeira universidade federal a adotar cotas raciais nos processos seletivos de ingresso na graduação. Daí em diante, a inclusão é realidade na instituição
Foto: Acervo UnB
Movimento contra a aprovação do marco temporal, que prevê que as populações indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição
Foto: Beto Monteiro
Registro de 2013, dos 10 anos de cotas na universidade. O sistema foi aprovado em 2003 e instituído efetivamente no ano seguinte, em 2004. Estabeleceu 20% das vagas do vestibular para candidatos negros, além da disponibilização de vagas para indígenas de acordo com demanda específica.
Foto: Acervo UnB
Retrato de Rita Segato, professora titular e emérita da UnB, pesquisadora e militante. Trabalhou de 1985 até 2010 no Departamento de Sociologia. Foi coautora da primeira proposta de ação afirmativa para garantir o ingresso de estudantes negros e indígenas na educação superior no Brasil (1999)
Foto: Acervo UnB
Honestino Guimarães foi líder estudantil na Universidade de Brasília. Considerada uma das invasões mais violentas na UnB, em agosto de 1968, cerca de 500 estudantes e professores foram obrigados, por forças militares, a ficarem concentrados em uma quadra esportiva, no campus Darcy Ribeiro. O episódio marcou a época de repressão na universidade, ocorrida nos anos da ditadura
Foto: Acervo UnB
Em 2020, os testes da vacina CoronaVac em Brasília contaram com uma equipe multiprofissional, a maioria do Hospital Universitário de Brasília (HUB)
Foto: Acervo UnB
Aula em Língua de Sinais Brasileira (Libras) na universidade
Foto: Acervo UnB
Pedalada promovida pelo coletivo Bicicleta Livre com Peter Furth, autoridade na área de transportes e mobilidade nos Estados Unidos, pelo campus Darcy Ribeiro
Foto: Secom/UnB
Reunião do movimento das Diretas Já. Na foto, os alunos estão sentados no centro do Teatro de Arena, ao fundo vê-se o ICC
Foto: Arquivo Central. AtoM UnB
Na entrada central do ICC, um cartaz que enuncia a greve dos estudantes
Foto: Arquivo Central. AtoM UnB
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.
As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação