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Educadores dão dicas sobre como ajudar crianças a estudar

Os pais, com a orientação de especialistas, têm papel fundamental no sucesso escolar dos filhos

O estudo é um hábito que pode ser desenvolvido. Investir na obtenção de conhecimento é algo que deve ser estimulado desde cedo. Para cada faixa etária existem formas de explorar melhor o desenvolvimento da educação e é algo que pode ser estimulado também pelos pais quando os filhos não estão na escola. Pensando nisso, o Correio conversou com educadores sobre as melhores formas de ajudar as crianças e adolescentes a estudar também fora da escola.


Atualmente, no Brasil, a educação básica escolar é dividida em três grandes etapas: a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. Em cada uma destas, a faixa etária das crianças e o desenvolvimento cognitivo também marcam a melhor forma do processo de ensino-aprendizagem. “Cada faixa etária tem uma necessidade específica que precisa ser trabalhada”, afirma a professora Iuly Monteiro, do colégio Marista.


A orientação dos pais é muito importante para o desenvolvimento dos filhos durante todo o percurso escolar. “É importante ficar atento a individualidade da criança, pois cada uma aprende de um jeito e tem seu ritmo de aprendizado”, alerta a coordenadora do Ensino Fundamental II do Colégio Mackenzie, Christiane Zanin.


Durante o período letivo, as filhas da técnica de laboratório Ana Caroline Mota, 31 anos, têm o costume de sentar com ela ou com o pai, Rafael Mota, 33, para realizar as lições de casa ou a leitura de livros infantis. As crianças estão no ensino infantil e fundamental. Heloísa, 7, e Helena, 4, são pequenas, mas desde cedo seus pais fazem questão de incentivar os estudos em casa.


“Fazemos isso para criar uma rotina, tornar a vida escolar delas mais fácil”, explica o empresário. “Crio brincadeiras, monto e compro apostilas com exercícios indicados para a idade delas, livros, jogos, estudo com elas todos os dias, matemática, língua portuguesa, literatura, jogos de raciocínio como xadrez e dominó”, complementa.


As educadoras afirmam com unanimidade que o importante é criar uma rotina, desenvolver o hábito de realizar atividades desde muito cedo. “Da mesma forma que é estipulado um horário para comer, tomar banho e dormir, é necessário adequar um horário desde cedo para desenvolver atividades: um momento de estudo, de leitura, de uma brincadeira intencional”, explica Iuly.


Heloísa aprendeu a ler durante a pandemia graças ao esforço dos pais. “As aulas online não funcionaram muito para ela. Então, meu esforço aumentou neste período, pois eu tinha medo de ela voltar defasada para escola. Comprei cadernos e livros, ensinei a ler suas primeiras palavras. Heloísa entrou na pandemia sem saber ler e voltou às aulas lendo”, comenta o pai orgulhoso.

 

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