É com brilho nos olhos e empolgação que a professora da educação infantil Iuly Monteiro explica sobre a importância de desenvolver o hábito da rotina de estudos das crianças em casa. O exemplo e a demonstração de carinho são importantes para estimular a aprendizagem, afirma a professora, que também é mãe de três crianças. "Alfabetizei minha filha mais velha, Elisa, de 6 anos, durante a pandemia, e sei, por experiência própria, como isso pode ser desafiador em casa."
A professora afirma que a educação infantil é diferente dos outros níveis. Folhas, misturas, tintas, brincadeiras no chão são alguns dos recursos explorados por ela no Colégio Marista, que completa este ano 60 anos de tradição na capital. "As pessoas têm uma ideia errada de que a educação infantil é só brincadeira, mas é necessário criar hábitos desde o início da aprendizagem", afirma.
"Desde o momento de leitura ao de brincar, você vai criando uma cultura na criança de que tem hora em casa para fazer todas as coisas, e isso é importante para criar rotina. Depois, quando ela estiver na escola, será mais fácil introduzir o hábito dos estudos mais abstratos, de fazer a atividade da escola", explica. "Por exemplo, a criança está com dificuldade de cortar com a tesoura então em casa vamos criar o hábito de fazer atividades que desenvolvem essa coordenação motora fina".
Aprendizagem durante o ensino fundamental
O ensino fundamental compreende a fase do 1º ao 9º ano e atende crianças dos 6 aos 14 anos de idade. Esta fase também pode ser dividida em duas partes, a primeira compreende do 1º ao 5º ano, a segunda do 6º ao 9º ano. "Até o ensino fundamental 1, eles estão na fase muito lúdica e concreta, então tudo que falamos que for abstrato pode ser mais difícil a compreensão. Nesta fase é importante usar palavras mais simples ou explicar o significado delas", explica Learice Barreto Alencar, orientadora de projetos educacionais do Centro Educacional Leonardo Da Vinci.
"Durante a faixa etária do 6° ao 9° ano, no ensino fundamental 2, os alunos estão passando por uma transição do concreto para o abstrato, ninguém é totalmente concreto nem é totalmente abstrato, é uma transição. As crianças até 10 anos, ainda gostam muito do lúdico, por exemplo". A educadora explica que além de aprender coisas novas, nesta fase há também um reforço de tudo o que foi ensinado, desde o início da educação infantil.
Nesta segunda fase, a orientadora reforça a importância de não fazer comparações. "O principal cuidado não é nem a questão só da faixa etária. O aprendizado é individual, então é preciso evitar comparações para não gerar cobranças desnecessárias", explica.
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