Quando Game of Thrones anunciou que chegaria ao fim, imediatamente os amantes de série de televisão levantaram a questão: "Qual vai ser a próxima grande série?". A disputa pelo trono de ferro dos seriados estava aberta, era necessária uma produção com impacto social, com uma legião de fãs e, principalmente, com qualidade irrefutável para assumir um lugar daquela que, por oito anos, juntou milhões de pessoas em frente ao sofá nas noites de domingo.
Por ironia do destino, ou uma coincidência muito peculiar, a sucessora de Game of Thrones tem sucessão como nome. Succession, série que chega ao último episódio da terceira temporada na noite de hoje, trouxe aos fãs a trama que fazia falta nas noites de domingo. Logan Roy (Brian Cox), o dono do multibilionário conglomerado de comunicação Waystar Royco, começa a lidar com problemas da idade e precisa pensar em quem será o próximo nome no comando. Os postulantes ao cargo são justamente três de seus filhos, Kendall (Jeremy Strong), Roman (Kieran Culkin) e Siobhan (Sarah Snook).
Porém, a questão que fica é como uma história de uma família bilionária vivendo das burocracias, logísticas e politicagens pode ser a herdeira de um lugar ocupado por guerras, dragões e monstros de gelo. A resposta está apenas em uma palavra: poder. Tanto Succession quanto sua antecessora fantástica de sucesso falam sobre a disputa pela coroa, sobre quem no final sentará acima do restante e terá o poder.
São as dinâmicas de poder que interessam ao público. Afinal, a maioria dos espectadores tem a mesma familiaridade com 1 bilhão de dólares e com um dragão — são duas realidades inimagináveis para a pessoa média que acompanha séries de televisão. O interesse é pelo drama, pela tensão, por saber quem vai ter a melhor estratégia para conquistar o tão sonhado poder. E, nesse sentido, a família Roy e suas reuniões de acionistas levantam o público da cadeira tanto quanto qualquer batalha travada pelos Starks na obra criada por George R.R. Martin.
Succession é uma jornada shakespeariana. Assim como Rei Lear, três herdeiros querem provar ao pai que são dignos do poder que está por vir com o passar do implacável tempo. A ansiedade pelo desfecho de mais uma temporada com a qualidade para dominar premiações voltou, só que, desta vez, não foi preciso grandes explosões e seres fantásticos, mas, sim, algumas ligações, papeladas para assinar e, principalmente, bilhões de dólares.
Finalmente, o Brasil está investindo nos programas de competição de drag queens. Enquanto versão brasileira do Ru Paul's Drag Race ainda não é anunciada oficialmente, três outros programas já representam o Brasil no tema. Queen of the universe, reality estrangeiro com a brasileira Greg Queen, disputando na Paramount ; Caravana das Drags da Amazon, com Xuxa no comando; e Queen stars, regido por Pabllo Vittar e Luiza Sonza na HBO Max.
Com certeza o número de acertos de Um lugar ao sol supera e muito o de erros. Mas parece que todos os erros recaem sobre Lara. A trama da personagem de Andréia Horta não decola e as situações nas quais entra para entender a morte de Christian (Cauã Reymond) não são muito críveis. Destoa de uma novela tão boa.
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