Mesmo que por poucos minutos, sentar em um balanço — é quase irresistível não fazê-lo —, jogar as pernas para frente e para trás e sentir o movimento distrai e ajuda a relaxar. Assim como as plantas, que se destacaram no último ano, o item tem aparecido mais na decoração, principalmente em casas contemporâneas. Para a arquiteta Gabriela Gontijo — à frente do Studio Gontijo, com a arquiteta Mariana Hummel —, os balanços suspensos têm tudo a ver com afeto e natureza. E a presença deles, no ambiente, garante fluidez.
O Studio Gontijo apostou em um balanço para o espaço Living Kit House e Tektons, jardim que integra a mostra deste ano da CasaCor Brasília. O item está em uma área de contemplação, em meio ao verde, e funciona como ponto focal do ambiente: "Quisemos tirar a atenção dos mobiliários e deixar somente o balanço. Em meio a uma decoração monocromática e minimalista, a simplicidade ganha destaque, e o balanço dá essa sensação de continuidade", explica Gabriela.
E os formatos, estilos e materiais disponíveis permitem que ele seja incorporado muito além da área externa ou varanda: cantinhos de leitura, quartos e salas — que costumam pedir aconchego — também vêm comportando a tendência.
É esse clima intimista que dá o tom do projeto Casa Cosmopolita, também em exposição na CasaCor 2021. Os arquitetos do quarto, Guilherme Bussamra e Elisa Fraga, da Guel Arquitetos, entendem que o balanço é ideal para aproveitar uma leitura ou tomar um chá ou café. "O balanço parece um grande ninho e, posicionado no cantinho do cômodo, fica superconfortável e tranquilo de se aninhar", aponta Elisa.
"Além disso, é marcante, quase como uma escultura, e chama a atenção para o espaço", acrescenta Guilherme. Para ambientar o balanço, eles pensaram em um jardim ao lado, que, mais que dar a possibilidade de a pessoa passar para uma área externa, conversa com a ideia do balanço. "Por ser despojado e remeter à infância, as crianças também adoram", completam.
Cuidados para a colocação
O balanço, justamente por ser um item permanente (e diferente do usual), pede um layout muito bem arranjado. Gabriela diz que o uso em jardins e varandas é o mais tradicional e costuma ser a maneira mais fácil de harmonizá-lo, podendo ficar pendurado até em árvores.
O espaço livre, que tende a ser maior nessas áreas, também é um aspecto importante para se aproveitar melhor o balanço. É preciso calcular bem essa área para, assim, não estragar móveis que estejam colocados próximos demais nem prejudicar a circulação do dia a dia. "Afinal, o ponto principal (e básico) é que a pessoa tenha espaço o suficiente para se balançar", pontua Gabriela. Ela também destaca a importância de um bom pé direito para garantir profundidade.
Mas é sempre bom lembrar que, se usado na área externa, o balanço tem que ser feito de materiais próprios, tanto a estrutura quanto os tecidos. "Precisam suportar chuva e sol, além de facilitar a limpeza", lembram Guilherme e Elisa. Dentro de casa, tecidos comuns, como algodão ou linho, caem bem.
No que se refere à instalação interna, o balanço pode ir em vigas ou direto na laje. Quando a casa tem forro de gesso no teto, a estrutura do balanço vai direto na laje. A recomendação geral é analisar a construção do imóvel com a ajuda de um profissional e checar se ele é resistente o suficiente para comportar um balanço. Outra orientação é respeitar o peso suportado por cada modelo, para não comprometer a peça, a casa nem a segurança de quem sentar nele.
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