Muito falamos sobre mães e pais de pets, mas e os irmãozinhos deles? No geral, crianças amam animais, e há muitos benefícios em crescer com eles. Ajudam a reduzir a ansiedade e a solidão e auxiliam os pequenos no desenvolvimento de hábitos mais saudáveis, como cuidar da casa e limpar os espaços em conjunto. Além de fazerem parte da construção do senso de responsabilidade e independência.
Neste Dia das Crianças, vamos celebrar a convivência entre os irmãozinhos de espécies diferentes e que tiveram a vida transformada logo após a chegada do amiguinho de quatro patas.
Uma grande família
Mel chegou há dois anos à casa da família Zanette e já foi fazendo a festa. Nicole Zanette, de 10 anos, gosta muito de quando Mel fica chorando para ir passear. “Eu acho legal ter um cachorro porque tenho companhia e também tenho alguém para brincar quando meus amigos vêm aqui para casa”, comenta.
Além da Mel, a família tem outra cadela, a Kiara, que já tem 18 anos, e seis calopsitas. Para onde os Zanettes vão, todo mundo vai. “Quando a gente viaja, tem que levar todos porque, se não, é como se estivesse ficando um para trás. Já tem que ir para um lugar que aceita calopsitas e cachorros”, divertem-se Nicole e a mãe dela, Andreia Zanette.
Muito mais que um simples nome
No início, Hellena Prates de Paula Pimentel, de 8 anos, não sabia explicar muito bem por que tinha escolhido o nome de Athena para a sua cadela yorkshire. Mas logo ela encontrou as palavras: “Coloquei o nome de Athena porque é uma deusa grega”, conta a pequena.
Athena faz parte da família desde quando Hellena tinha 4 anos. Assim que ela chegou à casa, o amor foi imediato e a convivência nunca parou. Athena é uma pet muito brincalhona e carinhosa. Juntas, a menina e a cadela se divertem correndo pela casa, saem para passear, e Hellena sempre está ajudando nos cuidados com a amiga.
Para Hellena, a melhor parte de todas, é saber que pode dar muito carinho e também receber da amiga inseparável.
“Um cachorro maluco que adora pegar minhas coisas”
Fernanda Gabriel, 11 anos, conta que o seu pet, Kapuccino, um dachshund de 5 anos, pegou seu material escolar — lápis, borracha e cola —, mas a menina nunca conseguiu realmente brigar com ele. “Eu fiquei com raiva, mas ele é tão fofo que não dá para resistir”, admite.
A garota conta que ama muita coisa no seu cachorrinho, mas não gosta quando ele rosna para ela. Além de passear muito com Kapuccino no parque e nas áreas de convivência onde moram, Fernanda tem um perfil nas redes sociais para postar vídeos e fotos com o seu pet.
Kapuccino é um pet bem agitado. Fernanda explica que houve uma vez em que eles estavam gravando um vídeo e o cachorro saiu da coleira, começou a correr no chão molhado e os dois escorregaram muito. Apesar das traquinices, eles são muito companheiros. Quando a menina chega da escola e da aula de balé, ele sempre está à espera dela. “Hoje, quando estava lá embaixo, ele ficou paradinho na frente da câmera. Ficou fofo”, conta Fernanda.
Amigos em dose tripla
Brilhante, Floquinho e Jorge são os porquinhos-da-índia de Kellen Ferreira, 7, que estão na família há um ano e meio. Ela explica que a escolha dos nomes deles não ocorreu por acaso. O batismo aconteceu de acordo com o que a garota estava fazendo no momento. “Quando escolhi Brilhante, eu estava mexendo com gliter; Floquinho ganhou este nome porque eu comi sorvete; e Jorge porque estava assistindo a Peppa Pig”, conta.
A garota brinca diariamente com eles. Uma vez, aconteceu uma situação engraçada: ela escondeu os porquinhos-da-índia e, depois, não lembrava onde os tinha colocado. “A gente ligava a TV e ficava ouvindo eles chorarem, quando desligava a televisão, eles paravam”, conta. “Eu chorei muito quando não os vi.” Mas, ao serem encontrados, foi só alegria.
Kellen conta com uma poupança própria para cuidar dos pets. Todo o dinheiro que recebe, ela guarda para comprar ração, alface e serragem para a gaiola. A menina afirma que gosta muito dos seus pets e acha até mais fácil de cuidar do que se fossem cachorros, por exemplo.
Além disso, diariamente, ela ajuda a dar comida, água e fazer a limpeza dos espaços onde os porquinhos-da-índia ficam. “Eles são espertos. Quando abrimos a geladeira, já sabem que é hora de comer e, por isso, ficam chorando perto da cozinha.”
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte