Quem nunca quis ter um pedacinho do mar dentro de casa? Algumas pessoas descobriram nos aquários de água salgada não só um hobby, mas, também, um estilo de vida. Além de proporcionar um ambiente com ar mais natural, a diversidade de espécies de peixes e corais encanta pessoas de todas as idades.
É o que conta André Luis Rodrigues, biólogo e sócio-proprietário da Fish in a Box, loja especializada em aquarismo marinho há nove anos. Ele conta que muitos descobrem esse interesse específico enquanto buscam pelo primeiro aquário: “Como os corais e os peixes de água salgada têm cores mais fortes e formatos diferentes, os clientes ficam encantados e querem saber mais sobre como cuidar de um em casa. E, com a tecnologia de hoje, não é mais tão difícil”.
Para Aurélio de Souza, que trabalha com aquarismo há cinco anos e atua na Andressa Aquários, não há praticamente nenhuma dificuldade em manter um aquário marinho. Mas ele alerta que é importante prestar atenção aos níveis dos reagentes e minerais que estão na água. Os parâmetros de amônia, nitrito, cálcio e magnésio são os principais, segundo ele. “Amônia e nitrito, por exemplo, são tóxicos, então, é importante que estejam zerados. Mas existem testes fáceis para verificar todos esses fatores, que fazem muita diferença em um aquário marinho”, afirma.
Paixão antiga
Quem viveu essa transição de tecnologias foi Edgar Ashiuchi, professor de física de 42 anos. Desde a infância, Edgar já praticava o aquarismo de água doce, com peixes amazônicos. Mas descobriu o marinho há mais ou menos 20 anos. Segundo ele, na época, os equipamentos e materiais eram menos acessíveis e rudimentares em comparação com os atuais.
Os peixes de Edgar já fazem companhia há bastante tempo — o mais velho é um peixe-palhaço de nove anos e o mais novo, um achilles de um ano e meio. Ele conta que este último, apesar de ser originalmente um animal selvagem, desenvolveu um comportamento muito dócil: “Eles brincam de pegar bolhas na superfície. O achilles, por exemplo, pega uma bolha de ar e leva para o fundo e a solta. No meio do caminho, ele a pega de novo com a boca. Este é um comportamento que, muito provavelmente, eles não têm na natureza. São animais fascinantes!”
Passatempo que virou estilo de vida
Quem também encontrou no aquarismo marinho uma forma de terapia foi Rafael Lino, bancário de 27 anos que descobriu o hobby por meio de um colega de trabalho. Quando a pandemia começou e o expediente passou a ser realizado em home office, ele buscou conhecer mais sobre o assunto e comprou um aquário para ocupar o tempo. Começou com um aquário de água doce, mas, em menos de um mês, mudou para um marinho.
“Agora não é mais um hobby, é um estilo de vida. É superterapêutico e ajudou muito com a minha saúde mental”, conta. Rafael comenta ainda que o aquarismo também o ajudou a descobrir habilidades que nem imaginava. No último ano, por exemplo, ele criou uma página de humor sobre aquarismo marinho em que compartilha sua rotina.
Apoio emocional
Gustavo de Oliveira tem 38 anos, mas o gosto por peixes como bichinhos de estimação começou na infância, aos 6 anos, quando ganhou um aquário de aniversário. A paixão pelo aquarismo marinho foi apresentada por amigos e, há aproximadamente 10 anos, quando começou a perceber os primeiros sintomas de uma doença genética e degenerativa, tornou-se uma forma de terapia para amenizar as fortes dores.
“Eu montei o aquário, primeiro, porque sou apaixonado; segundo, para ver se me ajudava a superar este momento difícil que estou passando. E foi perfeito, me ajudou muito, me trouxe paz e tranquilidade. Chega ao ponto de ter um efeito analgésico, porque paro de pensar na dor e passo a pensar no meu aquário”, diz ele.
Entre pai e filho
A história do jornalista Daniel Rebouças, 41 anos, é um pouco diferente. A paixão começou quando o filho Felipe ganhou o primeiro aquário. Agora, Felipe tem 13 anos e, juntos, eles compartilham o hobby e as experiências. Daniel já teve aquários marinhos com predadores, como tubarões e moreias, e afirma que o gosto pelo hobby aumenta gradativamente. “Você começa ali com um peixe betta, cria seu primeiro aquário e vai crescendo. Depois que um aquário marinho grande se estabiliza, cria um sistema próprio, é mais fácil de cuidar.”
Rotina de cuidados
Felipe Guimarães tem 27 anos e acredita que a rotina é o principal fator para manter um aquário marinho com sucesso. O primeiro contato com o hobby aconteceu quando criança, com aquários de água doce. Pela internet, passou a conhecer mais sobre os marinhos e, hoje, tem um de corais e peixes. “Testes, manutenção de limpeza dos vidros, do sistema de filtragem, alimentação dos animais, dosagem de produtos fazem parte da minha rotina diária.”
Serviço
Fish in a Box
WhatsApp: (61) 39637272
Instagram: @fishinaboxaquarios
Andressa Aquários
WhatsApp: (61) 98319-6002
Instagram: @andressaaquarios
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.