A endometriose se caracteriza por ser uma patologia inflamatória e crônica, em que o tecido endometrial, que deveria cobrir o interior do útero, aparece em outros locais do corpo. Há diversos estudos teorizando as causas, mas a hipótese mais aceita é a de que tal condição é causada por uma “menstruação retrógrada”. Ou seja, em que o sangue, em vez de seguir o fluxo natural e ser descartado todos os meses, permanece em áreas da região pélvica, como trompas uterinas, bexiga e ovários, mas pode chegar até o intestino, diafragma e outros órgãos e tecidos, em alguns casos.
Esse sangue endometrial fora do útero continua sendo estimulado pelos hormônios, principalmente o estrogênio, mas não sai do corpo, gerando um processo inflamatório na paciente, que vai sentir muitas dores todos os meses, até mesmo fora do período menstrual. O tratamento é muito individualizado, pois depende dos locais onde a doença ocorre e, por isso, cada caso deverá ter um cuidado específico. Em algumas localizações, a doença ganha nomes próprios. Nos ovários, por exemplo, é chamada de endometrioma ovariano, já nas paredes do útero, de adenomiose.
Apesar de haver um maior risco para o desenvolvimento da doença de forma hereditária — quando há outras mulheres na família com a condição —, ainda não há um mapeamento que aponte com clareza qual seria o gene responsável. Portanto, não é possível garantir que funciona da mesma forma que o câncer de mama e de ovário, por exemplo, que estão diretamente ligados ao gene BRCA 1 e 2.
Quanto aos hábitos diários, não se pode afirmar que há um estilo de vida específico que leve a maior propensão de desenvolvimento da doença, porém, para aquelas que já apresentam alteração, existem dietas e recomendações para melhor controle.
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
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