Na hora de comprar ou construir uma casa, as pessoas observam o tamanho do espaço, o número de quartos e cômodos e o estilo da decoração. Porém, existe um aspecto que interfere diretamente na qualidade de vida dos moradores e que nem sempre recebe a devida atenção: a altura das pias e bancadas do banheiro e da cozinha.
Quando é alta ou baixa demais, a pia pode causar dores nas costas, braços e pernas depois de muito tempo de uso. Além disso, quando está em uma altura que não atende aos moradores, o uso diário pode ser incômodo.
Sergio Fagundes, gerente industrial da Fani Metais e Acessórios, explica que, algumas vezes, os clientes questionam sobre a altura ideal. “Depende de quem vai utilizar. Normalmente, se a pessoa vai construir ou reformar, sugerimos que seja feita uma média da estatura dos moradores ou que seja determinado de acordo com o morador que usará a pia ou bancada.”
Se somente um indivíduo vai usar aquela pia, seja do banheiro, seja da cozinha, a altura pode ser escolhida de forma personalizada. No caso de pessoas altas, pias baixas costumam causar dores. Já no caso de pessoas baixas com pias altas, o próprio uso acaba sendo dificultado.
Segundo Sérgio, a altura padrão usada no Brasil costuma ficar entre 90cm e 94cm, considerando uma estatura média da população de 1,70m. “É uma média bem geral, não é uma regra. A personalização pode ser uma boa saída. Daí, é feito um cálculo de ângulo, dependendo da estatura”, comenta.
A arquiteta Silvana Albuquerque afirma que, em seus projetos, a maioria segue o padrão de 90cm a 92cm, mas que já teve clientes que pediram pias em tamanhos diferenciados para atender às particularidades dos moradores.
Cubas e torneiras
Ela acrescenta que, na hora de escolher o tamanho da bancada, é importante considerar o tipo de cuba que será usada no projeto. Cubas sobrepostas ou apoiadas costumam ter de 13cm a 20cm e ficam por cima da bancada, de forma que esta precisa ser rebaixada para que a pia fique na altura padrão. Já no caso de cubas esculpidas, a altura final deve ser escolhida pela bancada.
Outro aspecto importante ao determinar o tipo de cuba é escolher a torneira. Silvana recomenda que cubas de mesa ou esculpidas dão mais liberdade, uma vez que a torneira fica mais aparente e pode ter um design sofisticado. Para as cubas sobrepostas, que geralmente têm uma estética que chama mais atenção, as torneiras costumam ser mais discretas.
Além da questão estética, a arquiteta ressalta a importância da proporção e de se observar a diferença de altura entre torneira e cuba. Se a distância for grande demais, os respingos serão mais frequentes e, se for curta, dificulta o uso, deixando pouco espaço para as mãos.
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