Moda

Intimidade com estilo: conforto e empoderamento em peças de lingerie

Sensuais, confortáveis, funcionais, ousadas... Escolha o melhor modelo para apimentar o Dia dos Namorados

Tayanne Silva*
postado em 06/06/2021 08:00
Modelos comercializados pela loja on-line @use.liare, marca criada por Liana Réquia: peças vintage e confortáveis -  (crédito: Ayana Saitomira/Divulgação)
Modelos comercializados pela loja on-line @use.liare, marca criada por Liana Réquia: peças vintage e confortáveis - (crédito: Ayana Saitomira/Divulgação)

A peça íntima tem ganhado destaque e cumprido vários papéis no dia a dia. “Ela foi criada, inicialmente, para proteger a área íntima do corpo e/ou modelar as silhuetas. Agora, há cuecas, calcinhas e sutiãs que têm papel fundamental para o consumidor moderno, unindo tecnologia de tecidos e multibenefícios”, garante Sarah Braga, consultora de imagem e estilo.

Umas das tendências é a substituição dos tecidos tradicionais, feitos de algodão, pelos tecnológicos, como microfibra e modal. “As peças sem costura também caem a cada dia no gosto do público feminino e masculino. Inclusive, com o foco no desempenho esportivo, como é o caso do sutiã masculino, uma espécie de top criado com dispositivo tecnológico para avaliar o desempenho do jogador.”

O algodão, certamente, ainda tem muitas vantagens quando o quesito é roupa íntima. “É um tecido natural e oferece conforto, além de evitar problemas como alergias. Porém, os tecidos sintéticos, como microfibra, poliéster e poliamida, oferecem versatilidade para os que amam lingerie multifuncional”, enfatiza Sarah.

A autônoma Julia Loren Oliveira, 21 anos, usa, no dia a dia, lingeries confortáveis, de algodão. “Quando vou namorar, aposto nas mais ousadas.” Diariamente, ela usa tons neutros, como preto, azul-marinho ou nude. “Na intenção oposta, aposto na diversificação de cores: vermelha, vinho, verde-água ou cores mais alegres e chamativas. Já separei a ligerie para o Dia dos Namorados.”

Diante de tantas novidades, as calcinhas absorventes e sustentáveis não podiam ficar de fora. “É um produto que oferece conforto, tecnologia, secagem rápida e é sustentável. por ser reutilizável”, enumera Sarah Braga. “Algumas marcas exploram a oferta de biquínis e de maiôs absorventes, porque juntam a beleza e a funcionalidade no período menstrual.”

Na hora da compra, o mais importante é levar em consideração as suas necessidades. E essa sugestão serve para todos! “A dica é avaliar se, no seu dia, você precisa de tecidos leves ou encorpados; peças sem costuras ou estruturadas; produtos com design tradicional ou que oferecem multifuncionalidades, como bolsos. Por fim, busque sempre o conforto. Uma peça desconfortável pode arruinar qualquer look.”

A pandemia trouxe mudanças no comportamento do consumidor, que passou a valorizar produtos confortáveis, que proporcionam bem-estar e aconchego. “A lingerie é a primeira roupa que é vestida diariamente, tem influência no humor e no estilo de vida”, diz Marloes Hoedeman, fundadora e diretora-criativa da marca holandesa LoveStories, que faz parceria com a Riachuelo — coleção no estilo easy chic.

Sensualidade

A marca holandesa LoveStories fez parceria com a Riachuelo e criou coleção no estilo easy chic
A marca holandesa LoveStories fez parceria com a Riachuelo e criou coleção no estilo easy chic (foto: LoveStories Intimates/Riachuelo)

Cleo Santos, 46 anos, é fornecedora e tem uma loja on-line de lingerie (@Yet_ modaintima). Ela conta que tudo começou em 2018, porque queria aumentar a renda. “A ideia era vender algo no meu trabalho. Como havia muita mulher, optei por lingerie.” Quando veio a pandemia em 2020, ela ficou desempregada. “Investi todo o meu dinheiro de seis anos de empresa na loja. Continuei vendendo on-line e, hoje, tenho clientela tanto de atacado quanto de varejo.”

A empresária enfatiza que o modelo sexy nunca é esquecido. “As peças mais vendidas são os conjuntos sexy, como cinta liga, camisola, baby doll, calcinhas avulsas e robe”, diz. “A tendência para o Dias dos Namorados são as peças de sex shop, que tem uma pequena variedade de conjuntos bastante sensuais.”

A designer e empreendedora Liana Réquia, 22 anos, criou uma loja de lingerie on-line (@use.liare), porque nada a agradava na hora da compra. “A maioria das lingeries disponíveis no Brasil são pequenas, desconfortáveis e feitas para um olhar masculino. Eu queria peças que fossem bonitas em todos os corpos e que valorizassem o conforto.” Depois de quase um ano de planejamento, ela abriu a loja há cerca de dois meses. “O objetivo é atender às mulheres que gostam de moda vintage, que valorizam a diversidade e o conforto, e acreditam que a lingerie pode ser um instrumento de empoderamento feminino”, explica.

Geralmente, Liana usa lingeries de cintura alta ou bodies, porque a deixa confortável e a faz se sentir mais bonita. “Também gosto de peças versáteis, para usar tanto por dentro quanto por fora da roupa, como uma outwear”, afirma. “A peça ideal precisa valorizar as minhas curvas e fazer com que eu me sinta bem com o meu corpo, porque, no fim das contas, vestir uma lingerie é um exercício de autoestima. Ela tem que agradar a você, antes de qualquer pessoa”, completa a jovem. O namorado dela apoia e a incentiva a continuar o empreendimento. “Peças com renda, tule, transparência e menores são escolhas de mulheres mais jovens. Já as mais velhas preferem os modelos confortáveis e maiores.”

Para homens

A variedade de modelos não é privilégio delas. A empresa Bunker, que trabalha no ramo de cuecas, explica o que faz a cabeça dos homens

Samba-canção
Há quem odeie, há quem ame. A razão disso é que, por um lado, ela é bem confortável e facilita a circulação de ar — o que ajuda em relação à transpiração na região, especialmente em dias mais quentes. Por outro, essa peça tem muito tecido e acaba se tornando uma peça folgada e volumosa. Não é indicada para utilizar com roupas que também têm volume, como bermudas e calças de moletom. Também não traz muito conforto em roupas mais justas, como calça social e jeans. Esse modelo pode até ser uma boa pedida em um dia de preguiça em casa ou para dormir, mas não será a melhor escolha para o batente da rotina.

Boxer
São consideravelmente mais confortáveis do que as slips. Como têm as pernas mais compridas, evitam o atrito com a virilha e reduzem o contato entre as coxas. Encaixa-se em qualquer tipo de corpo. Mas não se esqueça de escolher o tamanho certo. Dê preferência para os modelos com bojo. Muita atenção à falsa promessa de conforto das cuecas sem costura. Se por um lado há menos atrito, por terem menos costuras, por outro, a área do bojo não tem volume extra, sendo praticamente um tecido plano, o que acaba apertando.

Sungão
Um pouco menores que as boxers e ligeiramente maiores que as slips, as cuecas tipo sunga (também conhecidas como cueca trunk) são bem democráticas. Esse tipo de cueca, como o próprio nome diz, lembra bastante a sunga que usamos para pegar uma praia ou curtir uma piscina.

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

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